
“A entrega da vacina n�o est� atrasada s� agora n�o. Desde aquela �poca (do Mandetta), j� dever�amos estar comprando vacina, n�o � mesmo? O dinheiro estava l�. Ent�o � muito f�cil atribuir a A ou a B. N�s temos que responder a essa crise coletivamente”, afirmou Guedes em entrevista concedida na manh� desta quarta-feira (17/3) � CNN.
Hoje cr�tico � condu��o da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Mandetta comandou o Minist�rio da Sa�de de 1º de janeiro de 2019 a 16 de abril de 2020. Ele deixou o cargo ap�s discordar de Bolsonaro sobre o uso de cloroquina no combate ao coronav�rus.
Segundo Guedes, os recursos para a compra de imunizantes foram liberados pelo legislativo e pelo governo federal desde o in�cio da epidemia.
“N�o adianta as pessoas quererem subir em cad�veres para fazer pol�tica. No primeiro dia (da oficializa��o da pandemia), n�s demos R$ 5 bilh�es. No dia em que houve a comunica��o. O Ministro ainda era o Mandetta. No dia em que ele comunicou, ele saiu do Congresso com R$ 5 bilh�es no bolso. Nunca faltou dinheiro”, ponderou.
“Era poss�vel ter sido mais r�pido? Sim. Era poss�vel que a m�dia fosse mais construtiva? Era poss�vel que os governadores ajudassem tamb�m? O dinheiro foi para os estados. Ent�o, por que os leitos foram desativados? Pois todos n�s ach�vamos que a pandemia estava indo embora.”, complementou o dirigente.
Nesta ter�a-feira (17/3), o pa�s registrou o 18° recorde consecutivo de mortes pela doen�a. Foram 2.798 mortes pela COVID-19 em 24 horas - 282.400 �bitos desde o in�cio de mar�o de 2020. O infectados somam 11.609.601, 84.124 deles confirmados na ter�a (17/3). Segundo a Fiocruz, o Brasil passa pelo maior colapso hospitalar da hist�ria. Em 25, das 27 unidades da Federa��o, a ocupa��o das UTIs ultrapassa 80%. Dezesseis estados registram lota��o acima de 90%.
Aux�lio emergencial
Guedes comentou tamb�m a libera��o do aux�lio emergencial, autorizada nesta segunda-feira (15/3) pelo Congresso por meio da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) Emergencial 109. Para o ministro, o benef�cio � crucial para que 38 milh�es de brasileiros que hoje atuam na informalidade consigam aderir ao isolamento social imposto pelo agravamento pand�mico.
Ainda segundo o gestor, al�m do aux�lio, o governo quer repetir programas que demonstraram bons resultados no ano passado e impediram que a queda da atividade econ�mica fosse ainda maior que 4,1%.
Entre eles, Guedes cita o Programa Nacional de Apoio �s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que distribuiu cr�dito para os empreendedores, e do Benef�cio Emergencial que, na avalia��o do ministro, preservou 11 milh�es de empregos.
“Em vez de dar seguro-desemprego, em que voc� espera a pessoa ser demitida para dar R$ 1,1 mil, que � o sal�rio-m�nimo, vamos nos antecipar. Vamos dar a metade desses recursos para ele continuar empregado”, explicou.