(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DEBATE

'Kit COVID': na ALMG, deputados m�dicos divergem sobre tratamento ineficaz

Enquanto Carlos Pimenta defendeu distribui��o de rem�dios como a hidroxicloroquina, Jean Freire lembrou que pr�tica n�o pode ser 'pol�tica p�blica'


24/03/2021 18:51 - atualizado 24/03/2021 21:58

Embora seja receitada, cloroquina não tem eficácia contra a COVID-19 atestada(foto: Juarez/Rodrigues/EM/D.A Press)
Embora seja receitada, cloroquina n�o tem efic�cia contra a COVID-19 atestada (foto: Juarez/Rodrigues/EM/D.A Press)
A reuni�o plen�ria desta quarta-feira (24/3) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi marcada por disson�ncias em torno do uso de medicamentos como a hidroxicloroquina e a ivermectina para tratar o novo coronav�rus. M�dicos, os deputados Carlos Pimenta (PDT) e Doutor Jean Freire (PT) abordaram o tema. Enquanto Pimenta se mostrou favor�vel ao “tratamento precoce”, Freire lembrou que as subst�ncias n�o podem ser distribu�das livremente como “pol�tica p�blica” de combate � doen�a.


Carlos Pimenta, que j� teve coronav�rus, contou a colegas que, quando testou positivo, fez uso de um coquetel de rem�dios. Ele � partid�rio da entrega dos compostos aos infectados.

“Com o passar dos dias, a fase de replica��o do v�rus vai passar por uma fase inflamat�ria. Fico pensando: porque n�o vou usar o medicamento se as pessoas est�o usando e deu certo para muita gente? Temos exemplos em todas as cidades que usam e t�m baixa incid�ncia”, disse.

Jean Freire, infectado pelo v�rus em agosto do ano passado, defende que os m�dicos possam optar por ministrar rem�dios que integram o “kit COVID-19”.

 

Apesar disso, ele argumentou que a maioria dos usu�rios da hidroxicloroquina j� est� no grupo de pacientes que n�o vai desenvolver complica��es em virtude do cont�gio.

“Oitenta por cento das pessoas que adquirem COVID-19 t�m �tima evolu��o e n�o precisam ir a hospitais. Essas pessoas, usando ou n�o cloroquina — e a maioria dos usu�rios est� a� — v�o melhorar. Pensando assim, poderia dizer que, onde n�o se faz nada, h� uma melhora”, explicou.

O petista, que testou positivo ap�s refor�ar a “linha de frente” m�dica no Vale do Jequitinhonha, contou ter visto pessoas com quadros cl�nicos delicados em virtude do uso descontrolado de rem�dios ineficazes. Uma das principais consequ�ncias, segundo ele, � a diminui��o abrupta da satura��o. 

“J� recebi pacientes em UTIs que ficaram tomando cloroquina e deixaram de fazer o verdadeiro tratamento precoce, que � procurar um m�dico ao in�cio dos sintomas”, disparou.

Pimenta argumentou, sem entrar em detalhes, que “vasta literatura m�dica” mostra a import�ncia das subst�ncias.

“Existem pessoas que falam ‘isso n�o funciona, a ci�ncia n�o recomenda’. A ci�ncia recomenda, sim. Hoje, metade da ci�ncia recomenda — e, outra metade, n�o”.

Bolsonaristas ‘apostam’ em S�o Louren�o


Na semana passada, pol�ticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ic�nico entusiasta do tratamento precoce ineficaz, passaram a explorar o caso de S�o Louren�o, no Sul mineiro.

O prefeito da cidade, Walter Lessa (PTB), disse ter zerado interna��es por meio dos rem�dios. Apesar disso, o Hospital de S�o Louren�o, que atende moradores de munic�pios vizinhos, tem 100% das UTIs ocupadas. O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) apura o caso.

Clamor por ajuda


Ap�s tecer cr�ticas ao uso indiscriminado do coquetel precoce, Jean Freire pediu apoio aos hospitais do interior mineiro. “Enquanto gasta-se bilh�es com cloroquina, os CTIs clamam pelo kit intuba��o, j� que se fala tanto em kit. S�o as medica��es importantes para sedar o paciente e mant�-lo no respirador”, falou.

Ainda nesta quarta, o secret�rio de Estado de Sa�de, F�bio Baccheretti, assegurou que o Minist�rio da Sa�de envia, at� sexta, nova leva de medicamentos necess�rios ao processo de intuba��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)