
“Com o passar dos dias, a fase de replica��o do v�rus vai passar por uma fase inflamat�ria. Fico pensando: porque n�o vou usar o medicamento se as pessoas est�o usando e deu certo para muita gente? Temos exemplos em todas as cidades que usam e t�m baixa incid�ncia”, disse.
Jean Freire, infectado pelo v�rus em agosto do ano passado, defende que os m�dicos possam optar por ministrar rem�dios que integram o “kit COVID-19”.
Apesar disso, ele argumentou que a maioria dos usu�rios da hidroxicloroquina j� est� no grupo de pacientes que n�o vai desenvolver complica��es em virtude do cont�gio.
“Oitenta por cento das pessoas que adquirem COVID-19 t�m �tima evolu��o e n�o precisam ir a hospitais. Essas pessoas, usando ou n�o cloroquina — e a maioria dos usu�rios est� a� — v�o melhorar. Pensando assim, poderia dizer que, onde n�o se faz nada, h� uma melhora”, explicou.
O petista, que testou positivo ap�s refor�ar a “linha de frente” m�dica no Vale do Jequitinhonha, contou ter visto pessoas com quadros cl�nicos delicados em virtude do uso descontrolado de rem�dios ineficazes. Uma das principais consequ�ncias, segundo ele, � a diminui��o abrupta da satura��o.
“J� recebi pacientes em UTIs que ficaram tomando cloroquina e deixaram de fazer o verdadeiro tratamento precoce, que � procurar um m�dico ao in�cio dos sintomas”, disparou.
Pimenta argumentou, sem entrar em detalhes, que “vasta literatura m�dica” mostra a import�ncia das subst�ncias.
“Existem pessoas que falam ‘isso n�o funciona, a ci�ncia n�o recomenda’. A ci�ncia recomenda, sim. Hoje, metade da ci�ncia recomenda — e, outra metade, n�o”.
Bolsonaristas ‘apostam’ em S�o Louren�o
Na semana passada, pol�ticos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ic�nico entusiasta do tratamento precoce ineficaz, passaram a explorar o caso de S�o Louren�o, no Sul mineiro.
O prefeito da cidade, Walter Lessa (PTB), disse ter zerado interna��es por meio dos rem�dios. Apesar disso, o Hospital de S�o Louren�o, que atende moradores de munic�pios vizinhos, tem 100% das UTIs ocupadas. O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) apura o caso.
Clamor por ajuda
Ap�s tecer cr�ticas ao uso indiscriminado do coquetel precoce, Jean Freire pediu apoio aos hospitais do interior mineiro. “Enquanto gasta-se bilh�es com cloroquina, os CTIs clamam pelo kit intuba��o, j� que se fala tanto em kit. S�o as medica��es importantes para sedar o paciente e mant�-lo no respirador”, falou.
Ainda nesta quarta, o secret�rio de Estado de Sa�de, F�bio Baccheretti, assegurou que o Minist�rio da Sa�de envia, at� sexta, nova leva de medicamentos necess�rios ao processo de intuba��o.