Braga Netto: 'Movimento de 1964 � parte da trajet�ria hist�rica do Brasil'

Em um dos primeiros atos como novo ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto publicou nesta ter�a-feira (30/03) "Ordem do Dia Alusiva ao 31 de mar�o de 1964", em refer�ncia � data do golpe militar no pa�s, que completa 57 anos nesta quarta-feira. No texto, dispon�vel no portal da pasta, Braga Netto cita que os eventos daquele dia, "assim como todo acontecimento hist�rico, s� podem ser compreendidos a partir do contexto da �poca" e sustenta que o "movimento de 1964 � parte da trajet�ria hist�rica do Brasil". Segundo o ministro, "assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de mar�o".

Na ordem do dia, Braga Netto lembra que o S�culo XX foi marcado por dois grandes conflitos b�licos mundiais e pela expans�o de ideologias totalit�rias, com importantes repercuss�es em todos os pa�ses. Ap�s a Segunda Guerra Mundial, o mundo, com participa��o do Brasil, "derrotou o nazi-fascismo e o mapa geopol�tico internacional foi reconfigurado e novos vetores de for�a disputavam espa�o e influ�ncia".

No entanto, de acordo com a publica��o, a Guerra Fria entre Estados Unidos e a ent�o Uni�o Sovi�tica envolveu a Am�rica Latina e trouxe "um cen�rio de inseguran�as com grave instabilidade pol�tica, social e econ�mica" ao Brasil. "Havia amea�a real � paz e � democracia", sustenta Braga Netto.

Diante disso, na avalia��o do ministro, "brasileiros perceberam a emerg�ncia e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideran�as pol�ticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das For�as Armadas, interrompendo a escalada conflitiva, resultando no chamado movimento de 31 de mar�o de 1964".

Ap�s o golpe militar, classificado como "movimento" pelo ministro, as For�as Armadas pacificaram o Pa�s, "enfrentando os desgastes para reorganiz�-lo e garantir as liberdades democr�ticas que hoje desfrutamos".

Braga Netto lembra tamb�m que, em 1979, a lei da Anistia, aprovada pelo Congresso Nacional, "consolidou um amplo pacto de pacifica��o a partir das converg�ncias pr�prias da democracia" foi a "transi��o s�lida, enriquecida com a maturidade do aprendizado coletivo". A partir de ent�o, "o Pa�s multiplicou suas capacidades e mudou de estatura".

Para o ministro da Defesa, o cen�rio geopol�tico atual apresenta novos desafios, entre eles as quest�es ambientais, amea�as cibern�ticas, seguran�a alimentar e pandemias. "As For�as Armadas est�o presentes, na linha de frente, protegendo a popula��o", escreveu. "Marinha, Ex�rcito e For�a A�rea acompanham as mudan�as, conscientes de sua miss�o constitucional de defender a P�tria, garantir os Poderes constitucionais, e seguros de que a harmonia e o equil�brio entre esses Poderes preservar�o a paz e a estabilidade em nosso Pa�s", completa.