
A resposta se deu ap�s questionamento do Estado de Minas em entrevista coletiva concedida nesta manh�, na Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, em Belo Horizonte.
“Quando analisamos �bitos por milh�o de habitantes, fica claro que o desempenho do Brasil n�o � bom, poderia ser muito melhor. Lamentamos muito que esse inimigo t�o perigoso tenha sido menosprezado l� atr�s”, disse Zema. E completou: "Realmente o governo federal subestimou a periculosidade do v�rus".
O ponto alto da displic�ncia de Bolsonaro quanto ao v�rus, que pode ser vista at� a��es recentes - como defesa do tratamento precoce, negado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e demora para ingressar na busca pelas vacinas -, aconteceu em mar�o de 2020.
Naquela ocasi�o, com o primeiro m�s de pandemia do coronav�rus e com a maioria das cidades iniciando o processo de restri��es, o presidente disse, em pronunciamento nacional de r�dio e televis�o, que a COVID-19 se tratava de uma “gripezinha” para ele.
Naquela ocasi�o, com o primeiro m�s de pandemia do coronav�rus e com a maioria das cidades iniciando o processo de restri��es, o presidente disse, em pronunciamento nacional de r�dio e televis�o, que a COVID-19 se tratava de uma “gripezinha” para ele.
"No meu caso particular, pelo meu hist�rico de atleta, caso fosse contaminado com o v�rus, n�o precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso m�dico daquela famosa televis�o. Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doen�a", afirmou o presidente, � �poca.
Apesar da cr�tica inicial, Zema ponderou a excepcionalidade da COVID-19. O governador, que at� ent�o n�o assinou nenhuma das cartas de rep�dio formuladas pelos chefes estaduais contra as a��es de Bolsonaro na pandemia, disse que poucos pa�ses lidaram bem com a pandemia e que at� na��es desenvolvidas sofrem nos dias de hoje, mesmo com mais de um ano do v�rus espalhado.
“Mas temos assistido tamb�m, inclusive em pa�ses desenvolvidos que t�m todos os recursos financeiros que nos faltam, toda estrutura burocr�tica eficiente, onde a taxa de �bito foi maior que no Brasil. Culpar � muito f�cil, dar a solu��o � que � dif�cil. Pa�ses que realmente foram bem na pandemia s�o rar�ssimos, e os casos est�o muito ligados �queles pa�ses que s�o tipo uma ilha, Austr�lia, Nova Zel�ndia, que conseguem realmente barrar entrada de pessoas, que n�o tem fronteiras, esses sim conduziram de forma adequada. Estamos esta semana assistindo, inclusive, um pa�s desenvolvido, a Fran�a, em total lockdown”, afirmou.
Por fim, Zema uniu os dois pontos: a novidade da COVID-19, comparando com os casos de Aids na d�cada de 1980, com a neglig�ncia do governo federal no combate ao novo coronav�rus.
“Fica claro que o v�rus � algo que a ci�ncia, nosso conhecimento, ainda n�o tem conhecimento suficiente para estar tratando. Talvez daqui a dois anos, cinco, vamos descobrir muita coisa que hoje n�o sabemos. Quem aqui � mais velho, como eu, lembra perfeitamente o que aconteceu com a Aids na d�cada de 80, ningu�m sabia nada sobre Aids. E hoje sabemos que � uma doen�a tratada, que n�o se transmite com a mera proximidade f�sica, o que na �poca n�o se sabia. O v�rus ainda � desconhecido, mas, realmente, o governo subestimou a periculosidade desse v�rus. Deveria, quando n�s n�o sabemos, dar mais aten��o ao inimigo. Realmente, nesse ponto, houve defici�ncia, algo a mais poderia ter sido feito”, completou o governador.
Segundo dados divulgados nessa quinta-feira (8/4) pelo Minist�rio da Sa�de, o Brasil registrou 3.829 mortes pelo v�rus e 92.625 infectados em 24 horas. O pa�s chegou a 340.776 vidas perdidas e 13.193.205 diagn�sticos positivos para a doen�a em solo brasieliro. Minas Gerais � o terceiro estado com mais mortes, ainda de acordo com os dados do governo federal, com 25.303 �bitos pela pandemia.