
Como adiantou o Correio, o Planalto pressiona os parlamentares, nos bastidores, para retirarem assinaturas, ou ampliar o escopo da CPI para atingir governadores e prefeitos. Na conversa com Kajuru, divulgada neste domingo (11/4), Bolsonaro diz que "tem que fazer do lim�o uma limonada" e reclama que a comiss�o s� vai ouvir gente do governo.
"Se n�o mudar a amplitude, a CPI vai simplesmente ouvir o Pazuello, ouvir gente nossa, para fazer um relat�rio sacana. Tem que fazer do lim�o uma limonada. Por enquanto, � um lim�o que t� a�. D� para ser uma limonada", disse o presidente ao senador.
Em um v�deo publicado junto com a grava��o, Kajuru apoia as declara��es do presidente. O chefe do Executivo reclama que as dilig�ncias v�o ter ele como foco. "A CPI hoje � para investigar omiss�es do presidente Jair Bolsonaro, ponto final. Quer fazer uma investiga��o completa? Se n�o mudar o objetivo da CPI, ela vai vir s� pra cima de mim. O que tem que fazer para ser uma CPI que realmente seja �til para o Brasil? Mudar a amplitude dela. Bota governadores e prefeitos. Presidente da rep�blica, governadores e prefeitos", completou Bolsonaro.
A CPI deve ser instalada na pr�xima ter�a-feira (13/4), por determina��o do ministro Lu�s Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta, a Corte se re�ne para avaliar a decis�o de Barroso. A tend�ncia � de que os demais magistrados confirmem a decis�o, por maioria.
Impeachment
Na mesma conversa, Bolsonaro pressionou Kajuru a ingressar com pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente d� a entender que, se houver pedidos de impeachment contra ministros da Corte, pode ocorrer mudan�as nos rumos sobre a instala��o da comiss�o."Tem de peticionar o Supremo para colocar em pauta o impeachment (de ministros) tamb�m", disse Bolsonaro ao senador. "Sabe o que eu acho que vai acontecer, eles v�o recuperar tudo. N�o tem CPI... n�o tem investiga��o de ningu�m do Supremo", disse Bolsonaro, durante a conversa. Kajuru respondeu que j� tinha entrado com pedido de afastamento do ministro do STF Alexandre de Moraes, ao que Bolsonaro respondeu: "Voc� � 10".
