
O objetivo agora consiste em retirar Guedes do comando ou no esvaziamento da pasta da Economia, fatiando os minist�rios da Fazenda, Planejamento, Previd�ncia, Trabalho e Ind�stria e Com�rcio, que foram incorporados no in�cio do mandato e que hoje contam com o maior or�amento na Esplanada. A ideia � retirar responsabilidades das m�os do ministro e desafog�-lo.
No come�o do ano, Guedes apostou suas fichas na troca dos comandos do Legislativo para destravar sua agenda no Congresso, j� com um desgastado relacionamento com o ex-presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Atento � movimenta��o do centr�o, no meio da semana, Bolsonaro fez quest�o de levar o “posto Ipiranga" a um jantar em S�o Paulo para mostrar a empres�rios e investidores que aquele que j� foi considerado um "superministro" continua firme no cargo. Ainda assim, a ideia n�o teve a repercuss�o esperada. Interlocutores afirmam que o ministro conta com menor influ�ncia sobre Bolsonaro e crescente incapacidade de di�logo com o Congresso, o que vem contribuindo para o fracasso na condu��o da pol�tica econ�mica.
Atento � movimenta��o do centr�o, no meio da semana, Bolsonaro fez quest�o de levar o “posto Ipiranga" a um jantar em S�o Paulo para mostrar a empres�rios e investidores que aquele que j� foi considerado um "superministro" continua firme no cargo. Ainda assim, a ideia n�o teve a repercuss�o esperada. Interlocutores afirmam que o ministro conta com menor influ�ncia sobre Bolsonaro e crescente incapacidade de di�logo com o Congresso, o que vem contribuindo para o fracasso na condu��o da pol�tica econ�mica.
A confus�o em torno do or�amento aprovado no m�s passado, que vem sendo chamado de “pe�a de fic��o”, � visto como uma falha na articula��o pol�tica e um enfraquecimento da equipe econ�mica, que n�o conseguiu barrar a manobra que busca burlar as regras fiscais e pode desembocar em um rombo do teto de gastos em mais de R$ 30 bilh�es.
A data m�xima para o presidente decidir o impasse de san��o ou n�o do Or�amento � o dia 22 de abril. Guedes aconselhou o presidente a n�o aprovar, pois poderia incorrer em crime de responsabilidade fiscal. Ele defende que as emendas parlamentares caibam no or�amento.
A data m�xima para o presidente decidir o impasse de san��o ou n�o do Or�amento � o dia 22 de abril. Guedes aconselhou o presidente a n�o aprovar, pois poderia incorrer em crime de responsabilidade fiscal. Ele defende que as emendas parlamentares caibam no or�amento.
"O fato de o Or�amento ser considerado uma obra de fic��o causa enorme descontentamento de parlamentares com Guedes"
Creomar de Souza, analista pol�tico da Consultoria Dharma
Descontentamento
Creomar de Souza, analista de risco pol�tico da Consultoria Dharma, ressalta o descontentamento da classe pol�tica e empresarial. Por�m, aponta, tudo depender� de como Guedes enfrentar� o momento. “O Parlamento deseja uma fun��o mais ativa. Esse � o movimento e o motivo dessa costura.
O fato de o or�amento ser considerado uma obra de fic��o, causa enorme descontentamento de parlamentares com Guedes. Resta saber se o ministro consegue atravessar mais essa tempestade porque ele j� passou por algumas. Caso n�o, provavelmente haver� uma press�o dessa base parlamentar do governo para impor um novo nome”, destaca.
O fato de o or�amento ser considerado uma obra de fic��o, causa enorme descontentamento de parlamentares com Guedes. Resta saber se o ministro consegue atravessar mais essa tempestade porque ele j� passou por algumas. Caso n�o, provavelmente haver� uma press�o dessa base parlamentar do governo para impor um novo nome”, destaca.
O especialista completa que nos pr�ximos dias haver� um choque ainda maior entre o ministro que representa os interesses do Executivo e de outro lado os interesses dos parlamentares. “Eles t�m tentado assumir controle do or�amento, isso foi dando o tom do desenho final do processo e tamb�m tem gerado dificuldade para o ministro”, exp�e.
Para Vera Chemim, especialista em direito constitucional e mestre em administra��o p�blica pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV), tem sido dif�cil para Guedes lidar com as demandas de estados e munic�pios por recursos para combater a pandemia e com as despesas destinadas �s emendas parlamentares concedidas pelo presidente.
Para Vera Chemim, especialista em direito constitucional e mestre em administra��o p�blica pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV), tem sido dif�cil para Guedes lidar com as demandas de estados e munic�pios por recursos para combater a pandemia e com as despesas destinadas �s emendas parlamentares concedidas pelo presidente.
Na vis�o do centr�o, no entanto, o ministro tem sido visto como um obst�culo para a amplia��o dos seus poderes pol�ticos �s custas de Bolsonaro. “Partindo do pressuposto de que persiste uma crise or�ament�ria e financeira de s�rias consequ�ncias no curto e m�dio prazo, Guedes ser�, obviamente, o bode expiat�rio do centr�o, como forma de minar o seu poder e substitu�-lo por outro de seu interesse", diz Vera Chemim.