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Estado de Minas Poder

Bolsonaro prioriza evang�licos de olho na elei��o de 2022

Em meio ao avan�o do novo coronav�rus, , presidente recebe l�deres de igrejas com cerca de 60 milh�es de adeptos


20/04/2021 10:30

Encontro com Pastor Silas Malafaia, Presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (CIMEB)(foto: ISAC NOBREGA)
Encontro com Pastor Silas Malafaia, Presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evang�licos do Brasil (CIMEB) (foto: ISAC NOBREGA)

Numa agenda fren�tica com lideran�as evang�licas, o presidente Jair Bolsonaro trabalha para n�o perder apoio, nas igrejas, � reelei��o em 2022. Nesta segunda-feira (19/4), ele reuniu-se com os pastores Silas Malafaia, presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evang�licos do Brasil (Cimeb), e F�bio Sousa, da Igreja Fonte da Vida.

O entrave no caminho do chefe do Executivo � o avan�o da pandemia, que tem provocado o fechamento de templos. A dissemina��o do v�rus no meio religioso e a perda de vidas entre fi�is e pastores geram forte impacto no respaldo pol�tico ao governo.

Ao mesmo tempo, o Planalto v� o PT, com foco no pleito do ano que vem, e partidos do Centr�o iniciarem uma cruzada em meio �s lideran�as evang�licas. A disputa � por uma grande fatia do eleitorado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�sticas (IBGE), em 2010, havia 42,3 milh�es de evang�licos. Como a religi�o est� em franco crescimento no Brasil, hoje j� seriam mais de 60 milh�es de fi�is.

Ao contr�rio da Igreja Cat�lica, os evang�licos n�o t�m uma lideran�a �nica, muito menos entidade ou grupo em n�vel nacional com influ�ncia sobre todas as vertentes — h� diversas subdivis�es, muitos templos independentes, que n�o atuam em coliga��es ou associa��es.

As declara��es de Bolsonaro contra o uso de m�scaras, o distanciamento social e as demais medidas sanit�rias s�o vistas como uma desvaloriza��o da vida da popula��o, o que desagrada a fi�is e pastores. Nos cultos, pastores e bispos t�m destacado a import�ncia do uso de �lcool em gel e medi��o de temperatura, al�m de manter dist�ncia dentro e fora dos templos para evitar a propaga��o da doen�a.

O pastor Josimar Francisco da Silva, presidente do Conselho de Pastores Evang�licos do Distrito Federal (Copev), afirmou que a igreja tenta se manter longe da pol�tica.

“Os evang�licos oram muito por ele (Bolsonaro), n�o sei por qu�. Quando houve essa mudan�a de governo, a igreja estava sendo muito perseguida pela esquerda… N�s tentamos manter dist�ncia da pol�tica”, frisou. “N�o � pelo presidente que oramos, � pelo pa�s, pela estabilidade. J� oramos pelo ex-presidente Lula, pelo Temer, que representam os rumos do Brasil.”

Ele destacou que Bolsonaro � a favor de pautas em comum com a igreja evang�lica, mas que n�o existe apoio irrestrito. “Ele defende muito a liberdade religiosa, o que j� � uma grande coisa, mas n�o estamos ligados � pessoa do Bolsonaro, mas, sim, � figura de presidente da Rep�blica. Estamos tomando nossos cuidados, usando m�scaras, independentemente do que o presidente diz”, assegurou. “Respeitamos os decretos dos estados e atuamos seja presencial seja a dist�ncia. A igreja � independente, apesar de muitos l�deres serem pr�ximos de pol�ticos.”

Mestre e doutoranda em teologia pela Escola Superior de Teologia do Rio Grande do Sul, Denise Santana enfatizou que pastores das grandes igrejas n�o falam por todo o segmento. “Os dois pastores que se encontraram com Bolsonaro falam em nome deles, respondem pela igreja deles, e n�o em nome de todo o segmento evang�lico do Brasil, que � muito fragmentado. Ele tem um amplo apoio, mas n�o � de 100%”, disse.


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