
O crime aconteceu em setembro do ano passado, durante a campanha para as elei��es municipais. Jorge Marra � irm�o do prefeito reeleito, Deir� Marra (DEM). C�ssio vinha denunciando supostas irregularidades cometidas pelo ex-secret�rio.
Segundo den�ncia do Minist�rio P�blico, em 24 de setembro, C�ssio fazia uma transmiss�o ao vivo nas redes sociais. Ele estava em frente ao comit� de campanha de Deir�, denunciando a realiza��o de obras pela prefeitura nas imedia��es do local. A inten��o do advogado era mostrar a utiliza��o da m�quina administrativa para a campanha eleitoral.
Jorge Marra chegou ao local e conseguiu retirar o aparelho das m�os de C�ssio. Depois disso, voltou para a prefeitura. Conforme a den�ncia, C�ssio foi atr�s de Marra, exigindo a devolu��o do equipamento. Ap�s discuss�es, o acusado sacou uma arma. C�ssio tentou correr, mas foi atingido por cinco disparos pelas costas. O acusado se apresentou � pol�cia tr�s dias depois do crime.
Imagens de c�mera de seguran�a mostram a discuss�o e os disparos. Veja:
V�deo mostra momento em que candidato a vereador � assassinado em Patroc�nio
%u2014 Estado de Minas (@em_com) September 25, 2020
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Leg�tima defesa rejeitada
Ao analisar o caso, o juiz rejeitou a tese da defesa, que pedia a absolvi��o sum�ria do acusado alegando leg�tima defesa. Segundo o magistrado, para haver absolvi��o sum�ria � necess�rio que exista uma justificativa para a conduta, o que n�o ocorreu.
Quanto �s qualificadoras (motivo torpe e com uso de meio que impossibilitou a defesa da v�tima), tamb�m questionadas pelo r�u, o juiz entendeu que essas circunst�ncias devem ser analisadas pelo Conselho de Senten�a. O conselho � formado pelos jurados que v�o julgar o caso.
O magistrado manteve, ainda, a pris�o cautelar do acusado por entender que existem ind�cios suficientes de materialidade e autoria do crime.

Na mesma decis�o, foi extinta a punibilidade de um homem que ajudou o r�u a fugir, logo depois do crime. Ele celebrou transa��o penal com o Minist�rio P�blico. O juiz determinou que se certifique se outro r�u que respondia pela mesma conduta, um empres�rio, cumpriu os termos de negocia��o semelhante.
A transa��o penal � permitida em casos de crimes de baixo potencial ofensivo, com pena m�xima de dois anos. O r�u deve ser prim�rio e ter bons antecedentes. O acusado aceita cumprir as determina��es e as condi��es propostas pelo promotor em troca do arquivamento do processo.
O julgamento de Jorge Marra ainda n�o foi marcado, j� que a defesa pode recorrer da decis�o.
*Estagi�ria sob supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz