
O senador Fl�vio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da Rep�blica, com tip�ia no bra�o, acompanhou a abertura dos trabalhos da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid-19, na manh� desta ter�a-feira (27/4). Antes de ir para o plen�rio, ele disse � imprensa que considerou falta de gratid�o do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a instaura��o dos trabalhos. Pacheco teve ajuda do governo federal para chegar � presid�ncia da Casa, mas apenas cumpriu uma decis�o judicial ao instaurar a CPI.
“Eu tenho um CPF e o presidente da Rep�blica tem outro. Da minha parte, eu entendo, sim, que houve uma ingratid�o, uma falta de considera��o por parte do presidente (Pacheco), para, pelo menos nos buscar, para que a gente possa dar o nosso ponto de vista sobre a conveni�ncia e oportunidade de se instaurar uma CPI como esta”, afirmou Fl�vio.
Ainda sobre a judicializa��o da comiss�o, o filho do presidente da Rep�blica disse que Pacheco deveria, ent�o, ter obedecido a decis�o judicial da 2ª Vara Federal do DF que impediria a nomea��o de Renan Calheiros (MDB-AL) como relator, que, no entanto, foi desfeita pelo desembargador federal Francisco de Assis Betti, presidente em exerc�cio do TRF da 1ª Regi�o.
Fl�vio Bolsonaro disse que a CPI � uma interfer�ncia do Poder Judici�rio no Senado, e insistiu que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) � suspeito para relatar os trabalhos do grupo, por ser pai de Renan Filho, governador de Alagoas, e por ser opositor aberto ao governo. Insistiu, ainda, que Pacheco aceite uma quest�o de ordem colocada pelo l�der do governo, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que pede que o trabalho da comiss�o s� possa acontecer de forma presencial.
“O m�nimo que ele poderia fazer agora � acatar a quest�o de ordem do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que est� sendo prudente, pensando nas vidas, para que os trabalhos sejam, sim, presenciais. O virtual d� preju�zo par produ��o de provas, oitivas de testemunhas, acarea��es”, argumentou.
“V�rios passos ser�o presenciais. Ent�o, por que n�o acatar a quest�o de ordem, preservar as vidas dos senadores, assessores e funcion�rios? E, depois que todos estiverem devidamente vacinados e imunizados, vamos investigar tudo. Sem problema nenhum. Ningu�m est� com medo de investiga��o. Agora, por que esse a�odamento? Porque essa correria para instaurar a CPI no momento que a Casa est� parada? Nenhuma comiss�o funciona. � proibido reuni�o nos gabinetes, pois n�o podemos trazer ningu�m de fora dos quadros do senado para dentro da Casa, pensando na preserva��o de vida. Ent�o, lamento, sim, que o presidente Rodrigo Pacheco n�o tenha sido mais prudente e mais respons�vel na hora de tratar essa quest�o da CPI”, disparou.
Palco eleitoreiro
Assim como o senador Eduardo Gir�o (Podemos-CE), Fl�vio acusou a CPI com Calheiros de ser um “palco eleitoreiro”. Para Fl�vio, Calheiros teria antecipado o relat�rio ao afirmar que a condu��o da pandemia do governo foi “omisso e incompetente”. Ele antecipa o parecer. “Lamento que ele queira insistir em fazer parte. Obviamente, ele � uma pessoa que n�o deveria estar na CPI”, pontuou. “N�o tem nenhuma sombra de d�vida que ele � suspeito. Tem um filho governador de estado. Ele vai conduzir o trabalho na relatoria para proteger o trabalho de todos os governadores”, completou.
O filho do presidente tamb�m apelou para o argumento utilizado pelo general Eduardo Pazuello, de que a CPI tomaria tempo do governo. Tempo que, segundo ele, poderia ser usado no combate � pandemia. “Qual � a ajuda que essa CPI vai dar nesse momento mais dif�cil que passamos? Vai ser um palanque pol�tico. Eu lamento que alguns senadores v�o usar os caix�es de quase 400 mil mortos para fazer pol�tica barata e rasteira contra o governo federal”, atacou.