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Estado de Minas POL�TICA

Alagoas: Renan quer tr�gua com Lira, mas CPI pode dificultar

Senador do MDB � relator da comiss�o que investiga a��es do governo Bolsonaro na pandemia; deputado do Progressistas preside a C�mara


09/05/2021 08:00 - atualizado 09/05/2021 09:50

Renan Calheiros voltou ao protagonismo após assumir relatoria da CPI da COVID-19(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Renan Calheiros voltou ao protagonismo ap�s assumir relatoria da CPI da COVID-19 (foto: Jefferson Rudy/Ag�ncia Senado)
A elei��o do l�der do Centr�o, deputado Arthur Lira (Progressistas), para a presid�ncia da C�mara e a escolha do senador Renan Calheiros (MDB) como relator da CPI da COVID devolveram protagonismo � "Rep�blica de Alagoas" no cen�rio nacional. Mais do que isso, transportaram para Bras�lia uma rivalidade que domina o Estado nos �ltimos anos.

� frente do Progressistas, a fam�lia de Lira desafia a cada elei��o o dom�nio do cl� Calheiros num dos estados mais desiguais do Pa�s, famoso pelos destinos tur�sticos, mas que tem um dos piores �ndices de Desenvolvimento Humano (IDH) e sofre para se reerguer economicamente.

Desde o governo de Fernando Collor de Mello (1990-1992), o presidente que renunciou para n�o sofrer impeachment, Alagoas n�o figurava com tanto destaque nesse jogo do poder com reflexos n�o s� no Congresso como no Pal�cio do Planalto. A for�a dos cl�s Lira e Calheiros e a proje��o do deputado e do senador se explicam pelo controle da m�quina partid�ria do Progressistas e do MDB no estado.

Agora, as rivalidades tamb�m est�o expostas na CPI da COVID. Lira sempre discordou da abertura da comiss�o. Disse v�rias vezes que a investiga��o � inoportuna e serve mais � "briga pol�tica e ideol�gica". Para o presidente da C�mara, a CPI n�o ter� efeito imediato, interpreta��o oposta � de Renan, que v� o governo cada vez mais pressionado a agir. Na lista das diverg�ncias, outro destaque: Lira apoia o presidente Jair Bolsonaro, enquanto Renan ï¿½ aliado do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Bolsonaro e Lula prometem se enfrentar na disputa de 2022. Mas onde estar�o os dois alagoanos? "Desde 2014, tenho tentado fazer alian�a com Arthur Lira. Ele que n�o quer. Eu sempre quis que a gente subisse junto no palanque", disse o relator da CPI ao Estad�o.

Feijoada


No 1º de Maio, um s�bado, os dois demonstraram descontra��o num almo�o oferecido pela senadora K�tia Abreu (Progressistas-TO), em Bras�lia. A feijoada preparada por Mois�s, marido de K�tia, animou o encontro e serviu para Renan se aproximar do antigo advers�rio.

"Eu disse ao Arthur Lira que, no fundo, fiquei orgulhoso com a vit�ria dele. Torci pelo Baleia, mas a vit�ria do Lira � significativa. Foi a vit�ria da pol�tica", afirmou Renan. "Sei o que � uma pessoa de Alagoas se tornar presidente da C�mara", afirmou ele, que foi presidente do Senado por tr�s per�odos e pretende disputar mais uma vez o cargo, em 2023. Em fevereiro deste ano, o MDB de Renan ficou contra Lira e apoiou a candidatura de Baleia Rossi (SP).

Naquele Dia do Trabalho, o almo�o na casa de K�tia reuniu tamb�m o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, e os ministros do Tribunal de Contas da Uni�o Bruno Dantas e Vital do R�go Filho, al�m do ex-presidente do TCU Jos� M�cio Monteiro.

A conversa tratou de CPI, economia, China e vacina, entre outros temas. A sucess�o de erros cometidos por Bolsonaro tamb�m se fez presente. "Falamos sobre tudo", resumiu Renan. "Eles acham que eu sou terrorista, mas o Bin Laden l� � o Omar Aziz", afirmou o senador, rindo, numa alus�o ao presidente da CPI. Questionado se Lira foi emiss�rio de algum recado do Pal�cio do Planalto, o senador respondeu: "Absolutamente, ningu�m me pediu nada". O deputado, por sua vez, tem dito que Bolsonaro nunca lhe solicitou ajuda para a articula��o pol�tica da CPI. "N�o sou senador", retruca ele, sempre que perguntado sobre o tema.

Viagem


Ao acompanhar, na sexta-feira, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho, na entrega de casas populares em Junqueiro (AL), seu reduto eleitoral, Lira anunciou que Bolsonaro desembarcar� em Macei� no pr�ximo dia 13. Vinte e quatro horas antes, o presidente dava sinais de ter armas engatilhadas para fustigar Renan, prometendo investigar o filho dele, que � o atual governador de Alagoas.

O ataque ocorreu porque o senador destacou na CPI uma s�rie de manifesta��es de Bolsonaro contr�rias � vacina��o. "As insinua��es do presidente sobre Alagoas, sem apresentar fatos concretos, causam estranheza e soam mais como amea�a de retalia��o � CPI", reagiu o governador Renan Filho. Seu pai foi na mesma dire��o. "O que mata � a pandemia, pela ina��o, in�pcia, que, tor�o, n�o seja dele", disse o relator da CPI, numa refer�ncia a Bolsonaro.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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