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Estado de Minas CPI DA COVID

Pfizer deve confirmar neglig�ncia do governo na CPI da COVID

Um dos pontos principais que parlamentares querem abordar � a forma como o Executivo se comportou em rela��o � vacina desenvolvida pela empresa norte-americana


13/05/2021 08:03 - atualizado 13/05/2021 08:08

Murillo foi procurado por Wajngarten praticamente dois meses após laboratório sondar o interesse do governo(foto: Reprodução/Panorama Farmacêutico)
Murillo foi procurado por Wajngarten praticamente dois meses ap�s laborat�rio sondar o interesse do governo (foto: Reprodu��o/Panorama Farmac�utico)
Com as declara��es dadas nesta quarta-feira (12/5) por Fabio Wajngarten, ex-secret�rio especial de Comunica��o Social da Presid�ncia, � CPI da COVID de que o presidente Jair Bolsonaro e outros membros do governo ignoraram por dois meses a oferta estabelecida pela Pfizer de vacinas contra o novo coronav�rus, os senadores do colegiado tentar�o refor�ar a tese de que houve omiss�o do Pal�cio do Planalto na aquisi��o dos imunizantes com o depoimento, hoje, do ex-presidente da farmac�utica no Brasil Carlos Murillo.

Um dos pontos principais que os parlamentares querem abordar na sess�o � a forma como o Executivo se comportou em rela��o � vacina desenvolvida pela empresa norte-americana. Como dito por Wajngarten, al�m de Bolsonaro, a Pfizer enviou, em 12 de setembro de 2020, cartas propondo um acordo com o governo brasileiro.

Os destinat�rios foram o vice-presidente Hamilton Mour�o, os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Defesa, Walter Braga Netto (que chefiava a Casa Civil), e o ex-ministro da Sa�de Eduardo Pazuello, al�m do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman. O primeiro contato do Executivo com o documento, entretanto, s� aconteceu em 9 de novembro, por meio de Wajngarten.

Al�m de protelar a an�lise ao acordo proposto pela Pfizer, o governo emitiu um comunicado, em janeiro deste ano, para criticar a oferta feita pela empresa. Segundo o Executivo, o laborat�rio prometeu entregar, em um primeiro momento, 2 milh�es de doses at� mar�o, n�mero considerado como “insuficiente” pelo governo.

“As doses iniciais oferecidas ao Brasil seriam mais uma conquista de marketing, branding e growth para a produtora de vacina, como j� vem acontecendo em outros pa�ses. J� para o Brasil, causaria frustra��o em todos os brasileiros, pois ter�amos, com poucas doses, que escolher, num pa�s continental com mais de 212 milh�es de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem”, afirmou o Planalto, � �poca. S� em mar�o deste ano, o Executivo concluiu um contrato de compra de vacinas com a Pfizer.

Para alguns dos senadores da CPI, a demora do Planalto em responder � oferta da empresa � a confirma��o de que o governo errou no enfrentamento � pandemia e que isso contribuiu para que mais mortes pela covid-19 acontecessem. O relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), ponderou que esse epis�dio “demonstrou inabilidade do Minist�rio da Sa�de na condu��o e no planejamento da vacina��o”.

“O governo federal declarou que a empresa tinha exig�ncias contratuais draconianas que impediam a assinatura do contrato, inclusive por falta de amparo legal. A Pfizer informou que as condi��es do contrato proposto eram padronizadas e tinham sido aceitas por todos os pa�ses onde houve negocia��o — as mesmas, as mesm�ssimas”, destacou o senador.

Carta

A carta elaborada pela Pfizer foi apresentada ontem � CPI por Wajngarten. O ex-secret�rio detalhou que o documento ofertava 500 mil doses de vacinas ao Brasil. Ele disse que acessou a proposta ap�s ter sido informado pelo propriet�rio de uma emissora de TV que o governo n�o tinha respondido � farmac�utica.

Wajngarten ainda garantiu que, assim que encontrou a carta, telefonou para Murillo no mesmo dia e mostrou a proposta da Pfizer a Bolsonaro e a Guedes. O presidente respondeu que “aguardaria a aprova��o da Anvisa e que compraria toda e qualquer vacina, uma vez aprovada pela Anvisa”, segundo o ex-secret�rio.

Autor do requerimento de convoca��o de Murillo, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), criticou o fato de “metade da c�pula” do governo ter recebido a correspond�ncia da farmac�utica e nenhuma provid�ncia ter sido tomada ainda em setembro de 2020. Ele citou, por exemplo, que o governo s� veio a publicar, em janeiro deste ano, uma medida provis�ria destinada a facilitar a compra de vacinas contra a COVID-19, inclusive a da Pfizer.

“A empresa foi uma das primeiras a apresentar ao mundo uma vacina contra a covid-19. Diante disso, diversos pa�ses adquiriram lotes de doses da vacina produzida pela Pfizer para a imuniza��o de suas popula��es ainda em meados do ano de 2020. Por outro lado, o Brasil, mesmo com essa possibilidade � vista e diante de todos os dados presentes at� ent�o, parece n�o ter optado pelo caminho da imuniza��o nesse momento”, analisou. 


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