Ao lan�ar uma campanha comemorativa dos 25 anos da urna eletr�nica no Brasil, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Lu�s Roberto Barroso, destacou nesta sexta-feira (14/5) a inviabilidade do voto impresso, um dos desejos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Al�m de caro e fazer parte de um sistema em desuso no pa�s, Barroso afirmou que reinventar o voto de papel seria um “risco”.
“O voto impresso ser� in�til para quem queira fazer um discurso de fraude. Nos Estados Unidos, que � o espelho, havia voto impresso, e boa parte das pessoas que defende o voto impresso no Brasil afirma que a vota��o nos Estados Unidos foi fraudada. Portanto, vai ser um custo, um risco e uma inutilidade, porque eles v�o continuar achando a mesma coisa”, afirma Barroso.
Ele afirma que voto eletr�nico veio justamente para encerrar um per�odo de votos fraudulentos no Brasil durante d�cadas: As urnas eletr�nicas serviram para terminar com um passado de fraudes eleitorais que marcavam o processo democr�tico brasileiro desde a Rep�blica Velha, machada pelos votos de cabresto e pela elei��o chamada de bico de pena. Quando as urnas n�o correspondiam aos resultados que os listamentos dominantes desejavam, eles eram adulterados no momento do lan�amento no mapa".
Nesta semana, a C�mara dos Deputados instalou comiss�o especial para analisar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso no Brasil. A proposta � da deputada Bia Kicis (PSL-DF), uma das principais aliadas de Jair Bolsonaro no Congresso.
Recentemente, Bolsonaro disse em sua transmiss�o ao vivo semanal que, se n�o tivesse voto impress�o, n�o haveria elei��o no Brasil.
"Conhecendo o sistema de dentro, h� muitos problemas. Antes da alta do d�lar, fal�vamos em R$ 2 bilh�es do custo do voto impresso. O Congresso � um bom lugar para discutir se o pa�s deve fazer esse tipo de investimento. Al�m disso, quanto o STF declarou a inconstitucionalidade, ele revelou a exist�ncia de um perigo, que era a quebra do sigilo do voto. Recentemente, o pr�prio painel secreto do Senado foi violado. Vimos tamb�m que � um retrocesso que piora o sistema. Houve filas, atrasos e aumento de votos brancos e nulos. N�o foi boa experi�ncia. E tamb�m h� um risco de judializa��o das elei��es. Queremos que as urnas falem e n�o o poder judici�rio”, afirmou.