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Estado de Minas CPI DOS 'FURA-FILAS'

�rea t�cnica da Sa�de de MG pediu que n�o houvesse vacina��o em Confins

Recomenda��o dada por Jana�na Passos de Paula, subsecret�ria de Vigil�ncia, n�o foi seguida pelo ex-secret�rio Carlos Eduardo Amaral


20/05/2021 11:29 - atualizado 20/05/2021 14:43

Ex-secretário de saúde presta depoimento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
Ex-secret�rio de sa�de presta depoimento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
O ato simb�lico que iniciou a vacina��o contra COVID-19 em Minas Gerais foi permeado por diverg�ncias entre integrantes da Secretaria de Estado de Sa�de. Uma �rea t�cnica da pasta recomendou ao ex-secret�rio Carlos Eduardo Amaral que o evento n�o fosse sediado no Aeroporto de Confins. Ele, contudo, alegou ter seguido orienta��es da Secretaria Geral do governo de Romeu Zema (Novo) e da �rea de comunica��o do Pal�cio Tiradentes.

�udios revelam que Jana�na Passos de Paula, subsecret�ria de Vigil�ncia em Sa�de, reprovava o formato da solenidade.

Nesta quinta-feira (20/05), Amaral dep�e � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) criada pela Assembleia Legislativa para apurar ind�cios de “fura-filas” na vacina��o de servidores. Aos deputados estaduais, ele alegou n�o ter ignorado a recomenda��o de Jana�na Passos de Paula sobre n�o imunizar pessoas em Confins.

Em �udios entregues � CPI, Jana�na se dirige a Amaral e ao ex-chefe de gabinete da secretaria de Sa�de, Jo�o Pinho. A este segundo, a t�cnica diz temer repercuss�es negativas do ato no aeroporto e defende o cumprimento da programa��o original, que previa que a solenidade ocorresse no Hospital Eduardo de Menezes em, Belo Horizonte

“Se der, minimamente, uma coisa errada, isso vai reverter contra a gente, n�o �? Tecnicamente, n�o concordo, realmente, com essa realiza��o l�”, argumenta, no �udio. 

Para Amaral, ela tamb�m se queixou. “Ainda gostaria que fosse considerado fazer no Eduardo de Menezes, em vez de fazer no Aeroporto de Confins”, cita trecho de outra grava��o, dessa vez dirigida ao secret�rio.

Questionado pelos parlamentares a respeito do teor dos �udios, o ex-secret�rio alegou que a decis�o foi tomada em conjunto. “N�o houve desacordo com orienta��o t�cnica. Houve constru��o. A vacina��o seguiu um consenso de que, no final das contas, depois de discuss�o, poderia ser feita no aeroporto. Isso era uma orienta��o da comunica��o do governo e da Secretaria-Geral”.

Ainda conforme Amaral, a orienta��o da Secretaria-Geral sobre detalhes do evento veio do chefe da pasta, Mateus Sim�es, favor�vel a iniciar a vacina��o em 18 de fevereito, data do evento em Confins. Ao Estado de Minas, ele explicou a op��o e disse que a estrat�gia foi tra�ada em conjunto com outros estados e o Minist�rio da Sa�de 

"Havia um compromisso de todos os governadores de iniciar a vacina��o naquela noite. Todos os estados fizeram um esfor�o: o Rio de Janeiro vacinou no Corcovado, v�rios fizeram vacina��o em bases a�reas e alguns se vacinaram na sede do governo", explicou.

O aval da Sa�de a um evento no aeroporto tranquilizou a Secretaria Geral, que tentava evitar aglomerar profissionais de imprensa em hospitais, espa�os considerados de risco.

A CPI j� recebeu informa��es que, ap�s o ato simb�lico, outras 30 doses foram aplicadas em funcion�rios da rede de frios (onde as vacinas s�o armazenadas), a fim de evitar desperd�cio. As ampolas estavam na caixa que abrigava as inje��es utilizadas na cerim�nia de abertura da imuniza��o. Se n�o fossem usadas de pronto, teriam que ser descartadas, pois sofreram varia��o de temperatura

Deputados se irritam

A postura de Amaral ante a cerim�nia em Confins irritou os integrantes da CPI. O presidente do grupo, Jo�o V�tor Xavier (Cidadania), mostrou descontentamento com o fato de a alta c�pula da Sa�de ter ignorado a sugest�o de n�o fazer o ato simb�lico no aeroporto.

“O setor t�cnico, que o senhor disse que validou as listas, te desaconselhou. O setor t�cnico, me parece, s� servia quando interessava ao senhor ou ao seu entendimento”, disparou.


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