(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas 'FURA-FILAS'

'O senhor est� mentindo', diz presidente da CPI a ex-secret�rio de Minas

Questionado sobre crit�rios para vacina��o de servidores da pasta, Carlos Eduardo Amaral deu respostas que deixaram deputados descontentes


20/05/2021 12:16 - atualizado 20/05/2021 12:40

(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
O ex-secret�rio de Estado de Sa�de de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, foi acusado de mentir aos integrantes da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) que apura ind�cios de “fura-filas” na vacina��o contra COVID-19 de servidores da pasta. Nesta quinta-feira (20/5), ele dep�e aos integrantes do comit�, instalado pela Assembleia Legislativa.

O m�dico garantiu aos deputados que a Secretaria seguiu as regras de prioriza��o estabelecidas pelo Minist�rio da Sa�de. A explica��o, entretanto, n�o deixou os deputados satisfeitos: Amaral foi questionado sobre o fato de, mesmo pertencendo a um n�vel que tinha posi��es inferiores na ordem de prioridades, ter sido vacinado em 19 de fevereiro.

�quela �poca, pessoas que exerciam fun��es com mais riscos de contrair o novo coronav�rus ainda n�o haviam sido contempladas com a dose inicial.

“Eu tinha v�rias perguntas para fazer. At� porque isso � um direito de defesa do senhor. Mas s�o desnecess�rias as minhas perguntas a partir deste momento. N�o vou gastar meu tempo e o tempo de quem est� aqui para perguntar a algu�m que se disp�e, clara e nitidamente, a mentir”, disse Jo�o V�tor Xavier (Cidadania, presidente da CPI.

Carlos Amaral argumentou que estava no terceiro grupo de prioridades, que contempla servidores em trabalho de campo. Em depoimentos anteriores, contudo, integrantes da equipe do ex- secret�rio asseguraram que ele pertencia ao n�vel quatro.

O m�dico, que ainda aguarda a segunda dose, alegou ter sido convocado pela diretoria de Agravos Transmiss�veis da SES-MG para receber a vacina. “O chamamento n�o fui eu que fiz. Na hora em que fui chamado, compareci (para a imuniza��o)”, justificou.

Jo�o V�tor Xavier, no entanto, protestou contra “informa��es falsas” prestadas pelo secret�rio. “O senhor puxou a fila (da vacina��o), indignou-se.

Na mesma data da imuniza��o de Amaral, tamb�m receberam a dose inicial o ex-adjunto da pasta, Luiz Marcelo Cabral Tavares, e o antigo chefe de gabinete, Jo�o Pinho.

Reservas t�cnicas geram diverg�ncia

Insatisfa��es dos deputados tamb�m sobre as explica��es de Carlos Amaral quanto ao uso de vacinas da reserva t�cnica para imunizar os servidores administrativos da Sa�de. Depoentes anteriores admitiram aos parlamentares que o contingente originalmente pensado para suprir eventualidades como extravios ou problemas no acondicionamento foi utilizado. 

Indagado sobre o uso desse contingente, Amaral alegou que as vacinas reservas podem ser destinadas a grupos priorit�rios em determinado momento. 

“A reserva t�cnica se destina � reposi��o de perdas daquele lote que chegou. Quando se chega uma nova remessa, a reserva t�cnica expira e pode ser usada para a vacina��o, seguindo a prioridade dos grupos conforme o Plano Nacional de Imuniza��o (PNI). Quando iniciamos a vacina��o, est�vamos na quarta remessa. Portanto, t�nhamos tr�s reservas t�cnicas expirantes”, sustentou.

Em tese, as reservas t�cnicas pertencem aos 853 munic�pios do estado. Por isso, a resposta deixou descontente o relator da CPI, C�ssio Soares (PSD). “O senhor disse que elas (as vacinas reservas) seriam distribu�das conforme os crit�rios t�cnicos. Os crit�rios t�cnicos dizem que devem ser distribu�das a todos os munic�pios mineiros”, pontuou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)