
Em manifesta��o enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) disse ser contra um pedido para afastar do cargo e prender o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por obstru��o de Justi�a na Opera��o Akuanduba, que fez buscas contra ele.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes pediu parecer da PGR sobre a not�cia de fato, formalizada por uma advogada, indicando que Salles teria ocultado seu celular e alterado o n�mero de telefone no curso das investiga��es, como revelou o jornal O Globo, o que demandaria medidas cautelares para resguardar o andamento do inqu�rito.
O vice-procurador-geral da Rep�blica, Humberto Jacques de Medeiros, deu a quest�o por encerrada sob o argumento de que Salles j� entregou o celular �s autoridades. O aparelho foi colocado � disposi��o da Pol�cia Federal 19 dias ap�s as buscas contra o ministro do Meio Ambiente. "Eventuais ila��es acerca de resist�ncia a determina��o judicial pelo investigado est�o superadas pela entrega volunt�ria de seu telefone celular", escreveu o vice-procurador.
Medeiros disse ainda que pessoas sem envolvimento no processo n�o t�m legitimidade para pedir medidas de apura��o ou cautelares. "Tratando-se de investiga��o em face de autoridades de foro por prerrogativa de fun��o perante o Supremo Tribunal Federal, como corol�rio da titularidade da a��o penal p�blica, cabe ao Procurador-Geral da Rep�blica o pedido de abertura de inqu�rito, bem como a indica��o das dilig�ncias investigativas, sem preju�zo do acompanhamento de todo o seu tr�mite por todos os cidad�os", afirmou.
A investiga��o que motivou as buscas apura ind�cios de favorecimento de empresas na exporta��o ilegal de madeira. Salles tamb�m � alvo de um segundo inqu�rito, conduzido pela ministra C�rmen L�cia, sob suspeita de obstruir a maior investiga��o ambiental da Pol�cia Federal em favor de quadrilhas de madeireiros. Ele nega irregularidades.