
Witzel foi � CPI, nesta quarta-feira, 16, mas desistiu de falar e encerrou o depoimento ap�s um bate-boca com os senadores Fl�vio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC), aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ex-governador prometeu revelar fatos grav�ssimos que comprovam a interfer�ncia do governo federal na gest�o estadual do Rio e desvios de recursos da sa�de do Estado por meio das organiza��es sociais que administram os hospitais.
Durante o depoimento, Witzel disse que os hospitais federais no Rio "t�m um dono", sem citar nomes. Ele foi afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e sofreu um processo de impeachment por acusa��es de desvios nos recursos da sa�de. "Voc� imagina o quanto � preocupante um depoente vir dizer que essa rede tem um dono permanente a se beneficiar dela", afirmou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), em entrevista coletiva. Para ele, com a presen�a de Fl�vio Bolsonaro e de deputados bolsonaristas na comiss�o, o depoimento do ex-governador "permitiu um reencontro da CPI com a mil�cia".
Fl�vio Bolsonaro acusou Witzel de fazer palanque pol�tico na comiss�o e de fugir na hora de responder sobre as acusa��es das quais � alvo. Nas redes sociais, ap�s a sess�o da comiss�o do Senado, o filho do presidente Jair Bolsonaro fez uma transmiss�o ao vivo citando perguntas que faria ao ex-governador. Ele acusou a c�pula da CPI de promover um "jogo combinado" e "passar a m�o na cabe�a" de Witzel, livrando o ex-governador de responder o destino das verbas federais enviadas ao Estado. Witzel nega qualquer desvio.
Depoimentos
A CPI vai ouvir nesta quinta-feira, 17, o auditor do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Alexandre Marques, autor de um estudo paralelo que questionou o n�mero de mortes por COVID-19 no Pa�s e foi usado por Bolsonaro, sendo desmentido pelo pr�prio TCU. Para o mesmo dia, a comiss�o pautou o depoimento do empres�rio Carlos Wizard, que est� fora do Brasil e pediu para ser ouvido de forma virtual - pedido negado pela CPI.
Os senadores n�o esperam a presen�a de Wizard amanh�. A c�pula da comiss�o decidiu pedir a apreens�o do passaporte do empres�rio at� que ele compare�a no Senado. A medida depende de autoriza��o judicial. O convocado � apontado como integrante do gabinete paralelo que assessorou o presidente Jair Bolsonaro na pandemia do novo coronav�rus. "Ele n�o vem amanh�", afirmou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, ao falar da medida. O presidente da comiss�o, Omar Aziz, ironizou a aus�ncia de Wizard: "espero que ele pegue um avi�o e venha amanh�".