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Estado de Minas PARLAMENTO ESTADUAL

Bolsonarista e petista batem boca na ALMG sobre facada e debates de 2018

Deputados estaduais Bruno Engler (PRTB) e Bet�o Cupolillo (PT) protagonizam acalorado debate na Assembleia Legislativa, durante reuni�o sobre privatiza��es


24/06/2021 18:54 - atualizado 24/06/2021 19:35

Bruno Engler (à esq., de pé, de máscara verde) e Betão (dir., de pé) travaram intenso debate na ALMG nesta quinta-feira(foto: Willian Dias/ALMG)
Bruno Engler (� esq., de p�, de m�scara verde) e Bet�o (dir., de p�) travaram intenso debate na ALMG nesta quinta-feira (foto: Willian Dias/ALMG)
Os deputados estaduais Bet�o Cupolillo (PT) e Bruno Engler (PRTB) protagonizaram acalorado debate nesta quinta-feira (24/6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Em reuni�o que tratava de privatiza��es, quando falavam sobre Jair Bolsonaro (sem partido), o petista alegou que, diferentemente de Romeu Zema (Novo), o presidente n�o deixou claro, na campanha eleitoral, ser simp�tico � venda de estatais.

Eles passaram a discutir sobre a facada recebida por Bolsonaro �s v�speras do pleito. Houve acusa��es e interrup��es.

Em determinado momento, Engler, que � bolsonarista de primeira hora, chamou Bet�o de “mentiroso”. O deputado do PT lembrou as aus�ncias do atual presidente em debates eleitorais. O apoiador do capit�o reformado, ent�o, afirmou que as faltas ocorreram por causa do atentado cometido por Ad�lio Bispo de Oliveira em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.

Antes, Bet�o j� havia afirmado que Bolsonaro n�o consegue debater sequer “com uma crian�a de 12 anos”.

“O senhor querer ditar como um homem que sofreu um atentado terrorista, uma tentativa de assassinato, se recupera ou n�o. Se tem condi��o, ou n�o, de ficar uma hora e meia em p� num debate… E, ao contr�rio do que o senhor disse, ap�s a facada ele n�o foi a com�cio algum. Deu algumas entrevistas, sentado, com limite de tempo e ambiente controlado”, rebateu Engler.

Durante o bate-boca, o bolsonarista, al�m de acusar o colega de mentir, chegou a cham�-lo de “leviano”.

As falas deixaram Bet�o irritado, que pediu a palavra para rebater e apontou contradi��es na trajet�ria pol�tica do presidente.

“N�o sou mentiroso. Gostaria que o senhor n�o falasse mais essa palavra. Coloquei aqui uma discuss�o. N�o houve debate. O presidente Jair Bolsonaro, enquanto era congressista, falava contra a Reforma da Previd�ncia e as privatiza��es”, sustentou.

“(Bolsonaro) N�o deixou �s claras � popula��o brasileira os prop�sitos dele. Se ele colocasse claramente que era a favor das reformas da Previd�ncia e Trabalhista, com certeza n�o teria mais votos”, completou.

Para garantir que Bolsonaro tem, sim, ideias liberais, Engler recorreu � presen�a de Paulo Guedes no Minist�rio da Economia. Segundo ele, o atual presidente anunciou com anteced�ncia a inten��o de seguir uma agenda privatista.

“(Bolsonaro) angariou confian�a e apoio de setores importantes da sociedade porque j� havia anunciado o ministro Paulo Guedes e sua inten��o privatizante”.

Nos momentos finais da reuni�o, a dupla reconheceu os excessos cometidos durante o debate.


Privatiza��es pautam deputados


O bate-boca entre os parlamentares ocorreu em reuni�o da Comiss�o Extraordin�ria das Privatiza��es, instalada para debater benef�cios e malef�cios da venda de empresas p�blicas mineiras.

A privatiza��o de ativos como a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) foi bandeira de campanha de Romeu Zema.

Nesta quinta, os deputados se encontraram para eleger os l�deres do grupo. Escolhido vice-presidente, Engler ter� a companhia do tamb�m bolsonarista Coronel Sandro (PSL), que vai ocupar a presid�ncia.

Os deputados poder�o conversar, por meio de mecanismos como audi�ncias p�blicas, reuni�es com convidados e visitas, sobre viabilidade das desestatiza��es.

Al�m de abordar as consequ�ncias das privatiza��es, o colegiado vai discutir os mecanismos legais que possibilitam as vendas.

No caso de Cemig e Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Constitui��o Estadual prev� referendo popular para deliberar sobre neg�cios envolvendo as empresas.

Para que as consultas p�blicas sejam dispensadas, o governo precisa que a Assembleia aprove Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC).

Leia trecho do debate entre Bruno Engler e Bet�o:


Engler: Os governantes n�o est�o tirando essa agenda da sua cabe�a. Eles prometeram em campanha e querem cumprir o que prometeram. Quem decidiu foi o povo brasileiro e o povo mineiro. Cabe a n�s, como deputados, ajudar o governo de Minas a encontrar a melhor forma de cumprir uma promessa de campanha – que, querendo ou n�o, foi a vitoriosa.

Bet�o: A campanha do Romeu Zema tinha esse vi�s mais liberal, de tentativa de privatizar. Mas a de Jair Bolsonaro, n�o. Ele n�o disse nada na campanha dele. N�o apresentou programa, n�o foi a debate. N�o foi a lugar nenhum.

Engler: Ele n�o foi a debates porque tomou facada.

Bet�o: Mas rapidamente ele se recuperou e come�ou a ir aos com�cios.  

Engler: Voc� n�o se recupera rapidamente de uma facada, Bet�o.

Bet�o:
Debate, ele n�o foi. Porque n�o tem condi��es de debater.

Engler: Tomar uma facada no abd�men n�o � brincadeira.

Bet�o:
Ele n�o consegue debater nem com uma crian�a de 12 anos. S� lembrar isso.

Engler: Voc� n�o consegue desqualificar uma pessoa com uma facada, que foi eleita presidente do Brasil, e inclusive j� tinha anunciado como ministro da Economia o Paulo Guedes, que � um not�rio liberal. Teve respeito e apoio do mercado por causa disso. Isso era, sim, uma promessa de campanha. Jair Bolsonaro foi aos primeiros debates da campanha presidencial e n�o foi aos subsequentes porque foi esfaqueado por um ex-militante do Psol e estava se recuperando.

Bet�o: Essa narrativa � (inaud�vel) demais. 

Engler: O senhor, gra�as a Deus, nunca tomou uma facada no abd�men. O senhor n�o sabe como � a recupera��o de uma facada.

Bet�o: Ele rapidamente estava a plenitude.

Engler:
O senhor est� sendo leviano e desrespeitoso. O senhor, gra�as ao bom Deus, nunca tomou uma facada no abd�men e n�o sabe como � a recupera��o.

Bet�o: Ele estava recuperad�ssimo.


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