
Ele citou os nomes de Marcelo Bento Pires, coronel e ent�o Diretor de Programa da pasta, Alex Lial Marinho, ex-coordenador do setor de log�stica, e Roberto Ferreira Dias, diretor do mesmo departamento.
Os nomes foram informados por Luis Ricardo ao presidente Jair Bolsonaro em 20 de mar�o deste ano. Nesta sexta-feira (25/6), ele voltou a listar os servidores em depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID-19. Os acusados tamb�m foram citados em depoimento de Luis Ricardo ao Minist�rio P�blico Federal (MPF).
Segundo os conte�dos mostrados pelo depoente � CPI, o coronel Pires, que hoje j� n�o consta mais nos quadros do Minist�rio da Sa�de, pediu, por mensagens enviadas em mar�o, agilidade no processo de importa��o da Covaxin, produzida na �ndia.
A nomea��o do militar para a Diretoria de Programas do Minist�rio da Sa�de consta no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) de 5 de janeiro. O ato tem a assinatura de Walter Braga Netto, ent�o chefe da Casa Civil. Quando foi admitido, o ministro da Sa�de era Eduardo Pazuello. O cargo est� ligado � secretaria-executiva do minist�rio, que durante a era Pazuello foi ocupado por �lcio Franco, outro militar.
Em 21 de abril deste ano, por�m, j� sob a gest�o de Marcelo Queiroga, o Pal�cio do Planalto oficializou a exonera��o de Pires. O cargo exercido pelo militar era de Dire��o e Assessoramento Superior (DAS). Ele foi nomeado no n�vel DAS 101.5, o que proporciona sal�rio mensal de R$ 13.623,39, segundo patamar mais alto da tabela de cargos comissionados de dire��o e assessoramento ligados ao governo federal.
Pazuello tamb�m foi o respons�vel por nomear Alex Lial Marinho. Ele assumiu a coordenadoria-geral de Log�stica de Insumos Estrat�gicos para Sa�de em 9 de junho do ano passado.
Tenente-coronel, Lial deixou o governo em 8 de junho deste ano, 364 dias ap�s ser admitido. Seu cargo, o DAS 101.4, d� direito a R$ 10.373,30 de remunera��o.
Diretor citado por servidor tem acusa��o de corrup��o
Tamb�m acima de Luis Miranda no organograma do setor de Log�stica, o diretor citado pelo denunciante, Roberto Ferreira Dias, assumiu o cargo p�blico em 28 de janeiro de 2019. Sua nomea��o foi assinada pelo ent�o ministro da Sa�de, Luiz Henrique Mandetta. Em outubro do ano passado, Bolsonaro chegou a indicar Dias para compor a diretoria colegiada da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).
O exame de um contrato assinado por ele no Minist�rio da Sa�de, por�m, acabou fazendo o presidente recuar. O trato, de R$ 133,2 milh�es, levantou suspeitas do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Firmado em agosto do ano passado, o acordo tratava de insumos para testes de COVID-19.
Na edi��o desta sexta do DOU, Dias est� presente assinando ata de registro de pre�o para preg�o eletr�nico do Minist�rio da Sa�de. O documento trata da compra de Tobramicina, antibi�tico usado para enfermidades como a conjuntivite.
Quando nomeado, Roberto tamb�m ganhou cargo de n�vel DAS 101.5.
Segundo Luis Ricardo, Bolsonaro, ao ser comunicado dos nomes suspeitos de exercer press�o, prometeu apresentar a lista � Pol�cia Federal para investiga��o.
Hist�rico
O documento para o pagamento antecipado dos cerca de R$ 221 milh�es est� em nome da Madison Biotech. A indiana Bharat Biotech, respons�vel por fabricar a Covaxin, afirmou que a empresa, sediada em Cingapura, comp�e seu grupo econ�mico.
O neg�cio entre o governo brasileiro e o laborat�rio da �ndia tratava de 20 milh�es de exemplares da vacina ao pre�o total de R$ 1,6 bilh�o.
Fiscal permitiu prosseguimento da opera��o
Ainda conforme Lu�s Ricardo, a continuidade do processo de compra, envolvendo a empresa em Cingapura, foi aprovada pela fiscal do contrato, Regina C�lia Silva Oliveira.
O aval permitiu a abertura de processo de importa��o, posteriormente negado pela Anvisa.
Regina foi designada para o cargo de assistente t�cnica da Secretaria de Vigil�ncia em Sa�de do minist�rio em 19 de fevereiro de 2018, sob a gest�o de Ricardo Barros.
O posto � uma das Fun��es Comissionadas do Poder Executivo (FCPEs).