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Estado de Minas 'TA ME CONFUNDINDO COM O QUEIROZ?'

Fl�vio diz que Renan persegue Bolsonaro e relator responde: 'Me erra'

De acordo com o senador, a oposi��o de Bolsonaro cria 'fake news' para acusar o pai de corrup��o


14/07/2021 16:45 - atualizado 14/07/2021 16:59

Senador Renan Calheiros (MDB-AL)(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (foto: Edilson Rodrigues/Ag�ncia Senado)
O senador e filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Fl�vio Bolsonaro (Patriota-RJ), acusou o relator da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID, senador Renan Calheiros (MDB-AL) de corrup��o.
 
Leia: CPI: acompanhe o depoimento de Emanuela Medrades  


Durante a fala, Fl�vio citou uma reportagem que diz que o dono da Precisa, Francisco Maximiliano, conversou com um “suposto operador” de Renan Calheiros. 

“Incrivelmente, os grandes ve�culos de comunica��o n�o d�o repercuss�o. Imagina se fosse algu�m ligado ao Bolsonaro? O mundo ia cair”, disse o senador.

Fl�vio acusou Renan Calheiros de ter um bunker em sua casa, para tentar arrumar alguma conex�o entre ele e esquemas de corrup��o.

Em seguida, Renan Calheiros pediu a fala na CPI. “Presidente, eu gostaria de pedir desculpas a todos, para ter que responder uma quest�o absolutamente inverdadeira”, disse o senador.

De acordo com Renan, ele nunca teve um operador na vida. “Quem � acusado de ter operador � Fl�vio Bolsonaro. Quando ele se dirige a mim, est� dirigindo a pessoa errada. Deve estar me confundindo com o Queiroz, o Adriano de N�brega”, disse o senador. “Me erra. Responda �s acusa��es contra voc�”, finalizou o relator.
 
 

O dia da CPI

 

A Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado, desta quarta-feira (14/7), escuta a diretora da Precisa, Emanuela Medrades.  


Ela conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecerem em sil�ncio nos depoimentos. Isso levou a CPI a pedir ao �rg�o explica��o sobre o alcance da decis�o, o que atrasou o depoimento de Emanuela que acabou sendo adiado para esta quarta (17/7).

O presidente da comiss�o, Senador Omar Aziz (PSD-AM), atendeu ao pedido de adiamento feito pela diretora da Precisa, que alegou estar ‘exausta’. Sua convoca��o foi requerida pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e aprovada pela CPI em 30 de junho, quando a transfer�ncia de sigilo telef�nico e telem�tico da convocada tamb�m foram admitidas pelos parlamentares.

Al�m disso, o pedido para que a Pol�cia Federal compartilhe com a comiss�o o depoimento da diretora ocorrido na �ltima segunda-feira (12/7) tamb�m foi aprovado. Segundo o Senado Federal, os membros das investiga��es j� receberam a maior parte desses documentos.

A Precisa Medicamentos � a representante no Brasil do imunizante Covaxin. As negocia��es da sua compra pelo Minist�rio da Sa�de se tornaram alvo de investiga��o da CPI da COVID.

Segundo den�ncia do servidor da pasta, Lu�s Ricardo Fernandes Miranda, e seu irm�o, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), h� ind�cios de irregularidade e de favorecimento na aquisi��o da vacina desenvolvida pela Bharat Biotech.
 
Instalada em 27 de abril deste ano, a comiss�o apura poss�veis a��es e omiss�es do governo federal no enfrentamento � pandemia e repasses de verbas a estados e munic�pios.

O que � uma CPI?

As comiss�es parlamentares de inqu�rito (CPIs) s�o instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relev�ncia ligado � vida econ�mica, social ou legal do pa�s, de um estado ou de um munic�pio. Embora tenham poderes de Justi�a e uma s�rie de prerrogativas, comit�s do tipo n�o podem estabelecer condena��es a pessoas.

Para ser instalado no Senado Federal, uma CPI precisa do aval de, ao menos, 27 senadores; um ter�o dos 81 parlamentares. Na C�mara dos Deputados, tamb�m � preciso aval de ao menos uma terceira parte dos componentes (171 deputados).

H� a possibilidade de criar comiss�es parlamentares mistas de inqu�rito (CPMIs), compostas por senadores e deputados. Nesses casos, � preciso obter assinaturas de um ter�o dos integrantes das duas casas legislativas que comp�em o Congresso Nacional.

O que a CPI da COVID investiga?


O presidente do colegiado � Omar Aziz (PSD-AM). O alagoano Renan Calheiros (MDB) � o relator. O prazo inicial de trabalho s�o 90 dias, podendo esse per�odo ser prorrogado por mais 90 dias.



Saiba como funciona uma CPI

Ap�s a coleta de assinaturas, o pedido de CPI � apresentado ao presidente da respectiva casa Legislativa. O grupo � oficialmente criado ap�s a leitura em sess�o plen�ria do requerimento que justifica a abertura de inqu�rito. Os integrantes da comiss�o s�o definidos levando em considera��o a proporcionalidade partid�ria — as legendas ou blocos parlamentares com mais representantes arrebatam mais assentos. As lideran�as de cada agremia��o s�o respons�veis por indicar os componentes.

Na primeira reuni�o do colegiado, os componentes elegem presidente e vice. Cabe ao presidente a tarefa de escolher o relator da CPI. O ocupante do posto � respons�vel por conduzir as investiga��es e apresentar o cronograma de trabalho. Ele precisa escrever o relat�rio final do inqu�rito, contendo as conclus�es obtidas ao longo dos trabalhos. 

Em determinados casos, o texto pode ter recomenda��es para evitar que as ilicitudes apuradas n�o voltem a ocorrer, como projetos de lei. O documento deve ser encaminhado a �rg�os como o Minist�rio P�blico e a Advocacia-Geral da Uni�o (AGE), na esfera federal.

Conforme as investiga��es avan�am, o relator come�a a aprimorar a linha de investiga��o a ser seguida. No Congresso, sub-relatores podem ser designados para agilizar o processo.

As CPIs precisam terminar em prazo pr�-fixado, embora possam ser prorrogadas por mais um per�odo, se houver aval de parte dos parlamentares

O que a CPI pode fazer?

  • chamar testemunhas para oitivas, com o compromisso de dizer a verdade
  • convocar suspeitos para prestar depoimentos (h� direito ao sil�ncio)
  • executar pris�es em caso de flagrante
  • solicitar documentos e informa��es a �rg�os ligados � administra��o p�blica
  • convocar autoridades, como ministros de Estado — ou secret�rios, no caso de CPIs estaduais — para depor
  • ir a qualquer ponto do pa�s — ou do estado, no caso de CPIs criadas por assembleias legislativas — para audi�ncias e dilig�ncias
  • quebrar sigilos fiscais, banc�rios e de dados se houver fundamenta��o
  • solicitar a colabora��o de servidores de outros poderes
  • elaborar relat�rio final contendo conclus�es obtidas pela investiga��o e recomenda��es para evitar novas ocorr�ncias como a apurada
  • pedir buscas e apreens�es (exceto a domic�lios)
  • solicitar o indiciamento de envolvidos nos casos apurados

O que a CPI n�o pode fazer?

Embora tenham poderes de Justi�a, as CPIs n�o podem:

  • julgar ou punir investigados
  • autorizar grampos telef�nicos
  • solicitar pris�es preventivas ou outras medidas cautelares
  • declarar a indisponibilidade de bens
  • autorizar buscas e apreens�es em domic�lios
  • impedir que advogados de depoentes compare�am �s oitivas e acessem
  • documentos relativos � CPI
  • determinar a apreens�o de passaportes

A hist�ria das CPIs no Brasil

A primeira Constitui��o Federal a prever a possibilidade de CPI foi editada em 1934, mas dava tal prerrogativa apenas � C�mara dos Deputados. Treze anos depois, o Senado tamb�m passou a poder instaurar investiga��es. Em 1967, as CPMIs passaram a ser previstas.

Segundo a C�mara dos Deputados, a primeira CPI instalada pelo Legislativo federal brasileiro come�ou a funcionar em 1935, para investigar as condi��es de vida dos trabalhadores do campo e das cidades. No Senado, comit� similar foi criado em 1952, quando a preocupa��o era a situa��o da ind�stria de com�rcio e cimento.

As CPIs ganharam estofo e passaram a ser recorrentes a partir de 1988, quando nova Constitui��o foi redigida. O texto m�ximo da na��o passou a atribuir poderes de Justi�a a grupos investigativos formados por parlamentares.

CPIs famosas no Brasil

1975: CPI do Mobral (Senado) - investigar a atua��o do sistema de alfabetiza��o adotado pelo governo militar

1992: CPMI do Esquema PC Farias - culminou no impeachment de Fernando Collor

1993: CPI dos An�es do Or�amento (C�mara) - apurou desvios do Or�amento da Uni�o

2000: CPIs do Futebol - (Senado e C�mara, separadamente) - rela��es entre CBF, clubes e patrocinadores

2001: CPI do Pre�o do Leite (Assembleia de MG e outros Legislativos estaduais, separadamente) - apurar os valores cobrados pelo produto e as diretrizes para a formula��o dos valores

2005: CPMI dos Correios - investigar den�ncias de corrup��o na empresa estatal

2005: CPMI do Mensal�o - apurar poss�veis vantagens recebidas por parlamentares para votar a favor de projetos do governo

2006: CPI dos Bingos (C�mara) - apurar o uso de casas de jogo do bicho para crimes como lavagem de dinheiro

2006: CPI dos Sanguessugas (C�mara) - apurou poss�vel desvio de verbas destinadas � Sa�de

2015: CPI da Petrobras (Senado) - apurar poss�vel corrup��o na estatal de petr�leo

2015: Nova CPI do Futebol (Senado) - Investigar a CBF e o comit� organizador da Copa do Mundo de 2014

2019: CPMI das Fake News - dissemina��o de not�cias falsas na disputa eleitoral de 2018

2019: CPI de Brumadinho (Assembleia de MG) - apurar as responsabilidades pelo rompimento da barragem do C�rrego do Feij�o
 
 
  


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