Durante longa explica��o em defesa do voto impresso sobre a utiliza��o das urnas eletr�nicas, sistema em vigor desde 1996, Bolsonaro diz que vai apresentar as provas de fraude em 2014, ano em que Dilma acabou reeleita como presidente ao vencer A�cio por 51,64% a 48,36% no segundo turno.
"Eu espero, na semana que vem, apresentar as provas de fraude, aqui nesta sala onde voc� est�. Para a gente falar que realmente estas elei��es, as elei��es que temos no Brasil, n�o s�o seguras. N�s vamos apresentar uma fraude de 2014, segundo turno de 2014, onde, segundo as pessoas que trabalharam em cima disso, o A�cio Neves ganhou as elei��es. Isso vai ser comprovado, qualquer pessoa vai notar essa realidade", afirmou, a princ�pio, Bolsonaro.
Posteriormente, Bolsonaro voltou a citar a poss�vel prova da fraude. Ele, que foi eleito presidente pelo mesmo sistema em 2018 ao vencer Fernando Haddad (PT) por 55,13% a 44,87% no segundo turno, diz que ganhou por ter conseguido muitos votos.
"Est�o. Acho, tenho certeza. O Datafolha mesmo, em 2018, dizia que eu n�o iria para o segundo turno e, se fosse, perderia para qualquer um. E aconteceu exatamente o contr�rio. Agora, eu s� consegui ser eleito porque tive muito voto, se fosse uma vota��o normal, bigode a bigode como diz na g�ria nossa, teria perdido as elei��es. Eu vou comprovar semana que vem que A�cio Neves ganhou as elei��es de 2014", afirmou Bolsonaro.
Recentemente, o pr�prio A�cio Neves declarou que n�o houve fraude na elei��o de 2014. E uma auditoria solicitada pelo partido do tucano, o PSDB, tamb�m n�o apontou nenhum tipo de fraude no pleito presidencial naquela ocasi�o.
Questionado sobre como vai comprovar a fraude das urnas eletr�nicas, Jair Bolsonaro repetiu o que j� havia dito no in�cio do m�s, mas que ainda n�o fez. Que vai se utilizar de um 'hacker do bem'. "Com hacker meu aqui, com gente que entende de inform�tica, hacker do bem, pessoal que entende de inform�tica, e mostrando. Quer ver uma coisa? Voc� tem uma moeda a�? Eu tenho uma moeda aqui. Se eu jogar essa moeda 231 vezes, imagina 231 vezes, ela d� cara, coroa, cara, coroa... � poss�vel acontecer isso? Por 231 vezes? Acho que n�o. Qualquer um que entende um pouquinho de probabilidade, estat�stica, n�o vai acontecer. E eu vou demonstrar aqui que a fotografia, minuto a minuto dos votos chegando no TSE no segundo turno de 2014, dava A�cio, Dilma, A�cio, Dilma, at� o final, e sempre com a Dilma um montante um pouco maior do que o A�cio em todas as vezes. Isso � imposs�vel de acontecer, isso � imposs�vel de acontecer".
Bolsonaro tamb�m afirmou que vai preparar uma apresenta��o de at� uma hora para mostrar o que coletou e, em segundo momento, refutou sobre o local da apresenta��o e disse que seria na Presid�ncia da Rep�blica, n�o no Pal�cio do Planalto. "N�o vai ser aqui n�o, vai ser l� na Presid�ncia. Vou convidar a imprensa, e com minhas m�dias sociais a gente vai transmitir. Eu acredito que em uma hora d� para demonstrar tudo isso a� e a gente desmonta essa teses do ministro Barroso, do TSE, que as urnas eletr�nicas n�o s�o fraud�veis".
Por fim, Bolsonaro disse que vai encaminhar o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para o voto impresso se tornar realidade, ele precisa passar pelo Congresso Nacional. Atualmente, o texto est� em uma comiss�o especial da C�mara dos Deputados e deve passar por ela para seguir a tramita��o.
"Com isso, tudo eu encaminho ao TSE. Agora, tem um corregedor que vai tomar provid�ncia. Agora, o que vale, mais do que todos n�s aqui, � a opini�o p�blica, que no meu entender n�o vai aceitar as elei��es sem uma forma de ser auditada. E temos tamb�m a contagem p�blica, n�o basta voc� ter o voto impresso, a contagem tem que ser p�blica tamb�m. Meia d�zia de t�cnicos contam os votos no Brasil. Quem ganha a elei��o? Em quem vota, ou quem conta os votos? Isso � um ditado popular, isso que n�s queremos demonstrar aqui, e dizer que n�s sim jogamos dentro das quatro linhas de condi��o e n�s defendemos as elei��es limpas. N�s queremos que em que votar o ano que vem este voto seja mandado para essa pessoa de verdade", completou Bolsonaro.