
Ao ser informado de que a Precisa, empresa que intermediava as negocia��es, estava envolvida na Opera��o Falso negativo no Distrito Federal - que investiga a compra de testes de COVID-19 e equipamentos superfaturados -, Bolsonaro, segundo Miranda, demonstrou revolta. "Querem me foder", teria dito o presidente, ao saber do envolvimento de uma pessoa, que Miranda revelou, na CPI, ser o l�der do governo na C�mara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR).
A conversa com o presidente, segundo o parlamentar, durou cerca de 40 minutos. "Eu acho at� que o presidente n�o conhecia o caso. Um dos motivos de o presidente n�o ter esmiu�ado os documentos foi porque, quando o meu irm�o entregou o processo para ele e come�ou a explicar, claramente o presidente n�o sabia do que est�vamos falando. Ele estava perdido, n�o sabia nem de qual vacina est�vamos falando", detalhou.
Neste momento, a abordagem teria mudado. Os irm�os teriam decidido, ent�o, explicar objetivamente os supostos fatos. "Essa demonstra��o do presidente me mostra que ele n�o conhecia o caso especificamente. Talvez ele tenha d�vidas do que acontece no Minist�rio porque ele teve a rea��o de 'esse cara novamente?'", comentou Luis Miranda, em entrevista ao portal UOL.
"Eu admito que fiquei com certa d�vida, mas n�o imputaria o presidente hoje ou afirmaria que ele sabia do que acontecia no Minist�rio da Sa�de", completou.
Lira incentivou den�ncia
Miranda tamb�m reafirmou a conversa que teve com o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL). Ele disse que Lira o questionou: "Por que voc� est� me perguntando isso?". A rea��o, segundo Miranda, gerou estranheza. O parlamentar, ent�o, teria explicado que queria uma orienta��o sobre como proceder. Lira teria respondido: "Se voc� sabe de algo, ent�o detona".
Arthur Lira comentou, em entrevista � CNN no m�s passado, que a conversa com o deputado se deu em um aplicativo de mensagens e que se esquivou do assunto quando Miranda tentou dar mais detalhes do caso. "N�o sou �rg�o de controle", disse Lira, que negou que tenha mandado "explodir" a bomba - referindo-se ao caso. "Disse que eu n�o tinha nada a ver e que ele tocasse a bomba dele para frente. O respons�vel � ele", pontuou.
