
Em maio, o secret�rio de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, disse a parlamentares estaduais que a d�vida do poder Executivo com o funcionalismo por causa de f�rias-pr�mio j� havia superado a casa dos R$ 582,7 milh�es. Apenas com o quadro de pessoal ligado � Secretaria de Estado de Educa��o, o d�bito era maior que R$ 234 milh�es.
Na semana passada, o Pal�cio Tiradentes anunciou o fim do parcelamento dos vencimentos mensais, pr�tica que vigorava desde 2016.
"O discurso de que falta recursos n�o parece mais ser uma justificativa plaus�vel para o atraso no pagamento das f�rias-pr�mio, um direito dos trabalhadores que dedicaram toda uma vida ao servi�o p�blico", diz Silveira, que preside o diret�rio estadual do PT.
Embora tenha admitido, em maio, o volume de restos a pagar em benef�cios e gratifica��es ao funcionalismo, Gustavo Barbosa recorreu a problemas de caixa para justificar os atrasos. "O estado tem dado prioridade para tentar regularizar e pagar os sal�rios em dia. Infelizmente, n�o tem capacidade de fazer, ao mesmo tempo, (o pagamento de) todas as d�vidas herdadas", alegou.
"Minas Gerais apresenta um quadro de melhora na arrecada��o, muito em raz�o de receitas extraordin�rias como transfer�ncias da Uni�o, suspens�o da d�vida, pagamentos da Vale e levantamento de valores do Banco do Estado de Minas Gerais - Bemge", afirma Cristiano Silveira.
O petista oficiou, em maio, requerimento solicitando ao governo informa��es sobre planejamento para quitar as d�vidas com o funcionalismo. Segundo ele, por�m, n�o houve retorno.
Sem saldo das contas, deputados interromperam reuni�o
No in�cio deste m�s, em outra ida � sede do poder Legislativo, Gustavo Barbosa foi sabatinado por deputados no �mbito do Assembleia Fiscaliza, ciclo semestral de audi�ncias com secret�rios de Estado.
� �poca, Ulysses Gomes, outro deputado do PT, pediu acesso aos saldos banc�rios dispon�veis nas contas mantidas pelo governo. Barbosa, contudo, argumentou que impeditivos legais n�o permitem a divulga��o dos valores.
A resposta deixou parlamentares insatisfeitos. Diante do impasse, a reuni�o acabou interrompida, e deve ser retomada depois do recesso legislativo de meio de ano.