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Estado de Minas DESAFIO

Bolsonaro diz que STF cometeu 'crime' e ataca Barroso por voto impresso

A apoiadores, presidente criticou decis�o que deu autonomia a governantes locais para combater COVID-19; houve promessas de comprovar fraudes nas urnas


29/07/2021 17:23 - atualizado 29/07/2021 18:06

Presidente da República voltou a criticar Suprema Corte e, mais uma vez, pediu voto em papel(foto: Evaristo Sá/AFP)
Presidente da Rep�blica voltou a criticar Suprema Corte e, mais uma vez, pediu voto em papel (foto: Evaristo S�/AFP)
Um dia ap�s o Supremo Tribunal Federal (STF) desmentir a tese de que proibiu o governo de agir para conter a COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reacendeu, nesta quinta-feira (29/7), confrontos contra a corte por causa da decis�o que deu autonomia a governadores e prefeitos para tomar medidas ante a pandemia.

Segundo ele, os ministros cometeram "crime" ao dar aval � instru��o. O chefe do poder Executivo nacional voltou a dizer, mais uma vez sem provas, que houve fraude na disputa entre Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB), em 2014.

A apoiadores, em Bras�lia, Bolsonaro prometeu revelar as ditas provas da fraude na noite desta quinta, em sua live semanal. Ele aproveitou o tema para atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lu�s Roberto Barroso, que � ministro da suprema corte nacional.

"Queremos � voto democr�tico. Elei��es democr�ticas. Por que um ministro do Supremo vai para dentro do Congresso, conversa com lideran�as e, no dia seguinte, v�rias dessas lideran�as trocam integrantes de comiss�o. Qual o poder de convencimento do senhor Barroso? O que brilha nos olhos dele?", disse, emendando com uma de suas frases de efeito: "Eles n�o querem o voto democr�tico. S�o contra a democracia".

A fala de Bolsonaro faz men��o �s mudan�as nas posi��es de partidos sobre a viabilidade e a necessidade de aliar urnas eletr�nicas ao voto em papel. Diversas legendas, como MDB, PV e PSL, trocaram seus representantes na comiss�o que debate, na C�mara, Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) sobre o tema. A ideia do movimento � barrar a aprova��o do dispositivo.

No Acre, onde foi para participar de solenidade no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) daquele estado, Barroso voltou a afirmar que o voto impresso n�o pode ser elemento de confer�ncia do que est� na urna eletr�nica por, simplesmente, ser menos confi�vel que o mecanismo digital. "Voc� n�o cria um mecanismo de auditoria menos seguro que o objeto auditado", asseverou.

O ministro, que n�o ser� o presidente do TSE no pleito do ano que vem - o posto ficar� com Alexandre de Moraes - garantiu que a alega��o de fraude no confronto entre Dilma e A�cio, vencido pela petista, n�o se sustenta.

"Em 2014, o partido do candidato derrotado pediu auditoria do sistema, que foi feita, e o pr�prio candidato reconhece que n�o houve fraude. Isso n�o aconteceu. Nunca se documentou, porque o dia que se documentar, o papel da Justi�a Eleitoral � imediatamente apurar", lembrou.

At� 'Mega-Sena' � citada


O elemento que Bolsonaro prometeu apontar como prova da fraude �, segundo o presidente, "a mesma coisa que ganhar sete vezes consecutivas na Mega-Sena".

"Quando falam que sou ditador, estou fazendo exatamente o contr�rio. Sempre ouvi dizer que a democracia n�o tem pre�o, e o gasto (para o voto impresso) n�o chega a R$ 2 bilh�es. E, se chegasse, j� est� acertado (com o Minist�rio) da Economia: a gente paga", assinalou.

Barroso, embora tenha ressaltado que a decis�o sobre a implanta��o do voto impresso cabe ao Legislativo, alertou para os riscos de narrativas do tipo. "O discurso de que 'se eu perder, houve fraude' � de quem n�o aceita a democracia, porque a altern�ncia no poder � um pressuposto dos regimes democr�ticos. Assim � porque assim deve ser em toda parte".

'Mentira contada mil vezes n�o vira verdade'


Nessa quarta-feira (28), o Supremo postou, nas redes sociais do tribunal, v�deo esclarecendo o teor do decreto que confere autonomia aos governantes locais para enfrentar a pandemia conforme as necessidades de cada cen�rio epidemiol�gico.

"O STF n�o proibiu o governo federal de agir na pandemia! Uma mentira contada mil vezes n�o vira verdade!", exclamou a corte, em refer�ncia a pensamento similar propagado por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda durante o regime nazista alem�o.

Aos apoiadores na capital federal, o presidente da Rep�blica voltou a criticar o teor da decis�o. "O Supremo, na verdade, cometeu crime ao dizer que prefeitos e governadores, de forma indiscriminada, poderiam suprimir todo e qualquer direito previsto no inciso 5° da Constitui��o, inclusive o (de) ir e vir".


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