
O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu que a democracia brasileira � resiliente, mas argumentou que por vezes h� excessos dos agentes e que n�o � normal chamar o presidente Jair Bolsonaro de genocida. "Tem gente morrendo na Argentina aqui do lado, muito mais, e ningu�m chama o presidente da Argentina de genocida. Ent�o, �s vezes, h� excesso de alguns atores, mas as institui��es continuam avan�ando".
"A m�dia est� revendo as cr�ticas que faz, as construtivas e as destrutivas. O Executivo tamb�m, quando algum ator comete um excesso tem de reavaliar", afirmou, tamb�m citando excessos eventuais do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso.
O ministro argumentou que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) era considerada terrorista e de extrema esquerda pelo regime militar. "Ora, foi presidente, fez o trabalho dela com muita dignidade. A extrema esquerda entre aspas j� foi testada de um lado, agora a extrema direita est� sendo testada. H� muito barulho. Prefiro o barulho da democracia versus o sil�ncio da ditadura."
Segundo o ministro, o problema � o desrespeito. "Quando um desrespeita o outro, o outro devolver e entramos em uma escalada." Guedes afirmou que quem foi o eleito tem o direito de cumprir o mandato se "jogar dentro das quatro linhas da Constitui��o" - repetindo express�o usada por Bolsonaro.
"Estou muito confiante que a nossa democracia � resiliente. Falta um ano para as elei��es. Apesar desse nervosismo todo vamos chegar l�."
Guedes participa nesta quinta-feira de audi�ncia na Comiss�o de Educa��o da C�mara, onde presta esclarecimentos sobre a falta de destina��o de recursos para a Lei 14172/21, que garante o acesso � internet, com fins educacionais, a alunos e a professores da educa��o b�sica p�blica.