
O chefe do Executivo pontuou que a estimativa feita pelo governo � de que o Pa�s vai ter que conviver com o v�rus do coronav�rus e, 'infelizmente, ele veio para ficar'. Para isso, Bolsonaro afirmou que vai se encontrar com Queiroga para dar 'solu��o a esse caso'. A reuni�o, no entanto, n�o consta na agenda oficial do presidente.
Segundo ele, o Pa�s deve aprender a conviver com o v�rus e, por isso, ser� debatida, mais uma vez, a obrigatoriedade do uso de m�scara. Na semana passada, Queiroga afirmou que n�o defende o uso obrigat�rio do acess�rio. “Alguns pa�ses do mundo j� adotaram (a desobriga��o da m�scara), liberou geral. Eu pedi um estudo para o Minist�rio da Sa�de. Hoje, vamos reunir com o ministro (Marcelo) Queiroga para darmos uma solu��o para esse caso. A ideia � a seguinte: pela quantidade de vacinados, pelo n�mero de pessoas que j� contraiu o v�rus. Quem j� contraiu o v�rus, obviamente, est� imunizado tamb�m, como � o meu caso. N�s tornamos facultativo, orientamos que o uso da m�scara n�o precisa ser mais obrigat�rio, essa � a nossa ideia, que talvez tenha uma data a partir de hoje para essa recomenda��o do Minist�rio da Sa�de”, apontou. Por�m, a indica��o da pasta da Sa�de � de que mesmo aqueles que j� contra�ram a doen�a se vacinem, por conta do risco de reinfec��o e de novas cepas.
%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 Em entrevista a uma r�dio da regi�o do Vale do Ribeira, o presidente Jair Bolsonaro disse que pretende se reunir ainda hoje com o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, para tornar facultativo o uso de m�scaras no pa�s. pic.twitter.com/5pfYjlFF6h
— Eixo Pol�tico (@eixopolitico) August 23, 2021
Bolsonaro voltou a mentir ao dizer que o Supremo Tribunal Federal (STF) retirou seus poderes para agir durante a pandemia. “Voc�s sabem que o STF simplesmente deu poderes aos governadores e prefeitos para ignorar o governo federal. Ent�o, n�o basta a gente apenas orientar a ser facultativo. O governo pode simplesmente achar que para ele, n�, � bom ainda continuar usando m�scara, e eles continuarem nessa pol�tica”, acrescentou.
Coronavac
O presidente aproveitou o tema para fazer cr�ticas contra seu rival pol�tico, Jo�o Doria (PSDB), e a vacina da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. Segundo ele, pessoas que foram imunizadas com as duas doses do imunizante continuam morrendo pela doen�a. “Obviamente, a gente pede a Deus e torce pela efetividade das vacinas. Se bem que algumas vacinas n�o est�o dando certo. Tem uma chinesa, tem gente que tomou a segunda dose e est� se infectado, est� morrendo e n�o � pouca gente, n�o. A gente espera que a Anvisa (Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria) e o pr�prio (Instituto) Butant� de uma resposta que a popula��o tem o direito a saber a real efetividade da vacina que est� tomando”, alegou. O pr�prio presidente ainda n�o se vacinou, apesar de j� estar inclu�do h� meses pelo grupo de idade.
A CoronaVac apresenta efic�cia geral de 50,38% para prevenir casos da COVID-19. Um estudo de efetividade conduzido pelo Instituto Butantan na cidade de Serrana, no interior de S�o Paulo, vacinou cerca de 75% da popula��o adulta e observou quedas de 80% nos casos sintom�ticos da doen�a e de 86%, nas interna��es, al�m da redu��o de mortes em 95%.
Apesar da derrota da PEC do voto impresso na C�mara, o presidente Jair Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre a lisura das urnas eletr�nicas - novamente, sem apresentar provas. "N�s queremos elei��es, no ano que vem, limpas e democr�ticas. � pedir muito? Queremos transpar�ncia", afirmou o chefe do Executivo nesta segunda-feira na entrevista.
Emprego
O presidente defendeu que o Pa�s caminha bem na cria��o de postos de trabalhos da economia formal, mas "deixa a desejar" sobre a cria��o de empregos informais. Segundo ele, o governo federal conseguiu manter o n�vel de emprego formal, mas culpou os governadores pelo desemprego.
Ao refor�ar cr�tica �s medidas adotadas por governadores durante a pandemia da covid-19, o chefe do Executivo culpou os chefes de Executivos estaduais e disse que a popula��o "foi obrigada a ficar em casa e perdeu praticamente toda a sua renda", disse � R�dio Nova Regional. Mesmo com o cen�rio econ�mico, Bolsonaro defende que o Pa�s foi um dos que menos sofreu impactos. Segundo ele, o Brasil est� criando aproximadamente 250 mil novos empregos por m�s.
ICMS
Bolsonaro desafiou governadores a zerar o Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) incidente sobre o botij�o de g�s, para, em, seguida, permitir a venda direta do produto da refinaria ao consumidor. Apesar do potencial impacto sobre as contas p�blicas em um contexto de grave situa��o fiscal, o chefe do Executivo n�o descartou a cria��o do "vale g�s". "Se tiver que fazer, eu fa�o", declarou ele na mesma entrevista.
"Se o governo de S�o Paulo zerar o ICMS do g�s, podemos, juntos, baixar pela metade valor do botij�o", afirmou Bolsonaro. "Eu gostaria que pelo menos um governador fizesse o mesmo que fiz e zerasse o imposto (sobre o g�s)". O ICMS � um dos principais impostos dos Estados e a isen��o poderia comprometer o caixa.
De acordo com Bolsonaro, seria mais barato zerar o ICMS dos Estados do que criar um "vale g�s". O pre�o do botij�o j� ultrapassou os R$ 100 em diversas regi�es do Pa�s. A venda direta da refinaria ao consumidor, segundo o presidente, tamb�m seria uma boa ideia, nos moldes do que j� foi autorizado pelo governo federal com o etanol.
A cita��o ao governador paulista, Jo�o Doria (PSDB), vem no dia em que o tucano, presidenci�vel e seu rival pol�tico, se re�ne com outros 24 l�deres estaduais para discutir a manuten��o da democracia no Pa�s.