
A busca do grupo � por formas de ampliar a interlocu��o com a Uni�o e a Suprema Corte. A ideia � romper com os sinais de instabilidade pol�tica em solo brasileiro. Tr�s dias atr�s, o presidente da Rep�blica enviou ao Senado Federal um pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, que comp�e o STF e vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no pleito de 2022.
Al�m das pautas democr�ticas, o encontro tratou de temas ligados ao Meio Ambiente e da import�ncia da busca por alternativas financeiras aos cofres p�blicos estaduais. Aos colegas, Zema disse acreditar em di�logo em vez do ato de remeter cartas. Na semana passada, o filiado ao Novo n�o assinou documento em defesa do STF, enviado � Corte por 14 governadores.
"Temos muitos problemas para resolver em Minas e no Brasil. Os pol�ticos precisam focar no que � mais importante, como o combate � pandemia, a aplica��o de mais vacinas e a gera��o de empregos", afirmou ele.
O anfitri�o desta edi��o do F�rum Nacional dos Governadores, Ibaneis Rocha (MDB-DF), cr� que a conversa pode p�r fim ao acirramento.
"Temos de estabelecer que este � um pa�s que tem eleitores do PT, do PSB, do MDB. Mas todos n�s trabalhamos com uma �nica coisa: o bem-estar comum. O bem-estar da popula��o e em especial da mais carente. Ent�o, quando queremos levar essa conversa para o presidente � porque aqui n�o tem ningu�m nem contra, nem a favor dele. Somos a favor de um pa�s que merece, sim, um tratamento melhor das suas institui��es para que a gente entre numa normalidade", esperan�ou.
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), e o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), n�o participaram e tampouco mandaram emiss�rios. Eles t�m certo grau de alinhamento a Bolsonaro.
Sem 'silenciar', l�deres clamam por uni�o
Nos encontros com os presidentes da C�mara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo, os governadores querem tratar, al�m de eventuais riscos �s institui��es democr�ticas, de temas que possam gerar desequil�brios nas finan�as dos estados.
O governador ga�cho Eduardo Leite (PSDB) classificou o momento enfrentado pelo pa�s como grave e clamou por uni�o. O tom foi semelhante ao adotado pelo tamb�m tucano Jo�o Doria, de S�o Paulo.
"O que devemos fazer � defender a democracia e n�o silenciar diante das amea�as que estamos sofrendo constantemente", pediu.
Fl�vio Dino (PSB), governador do Maranh�o, recorreu ao golpe militar de 1964 para lembrar dos riscos que as unidades federativas brasileiras v�o correr em eventual ruptura do regime democr�tico.
"Passado o golpe, todos os governadores sofreram, sem exce��o. Inclusive os que haviam apoiado a ruptura antidemocr�tica. Sofreu toda a federa��o, uma vez que n�o houve mais elei��o para os governos estaduais", falou.
No segundo ano militar, passaram a vigorar os governos "bi�nicos", sem participa��o popular na escolha dos chefes dos Executivos estaduais. As elei��es regionais s� voltaram em 1980.
Coordenador do F�rum Nacional dos Governadores, Wellington Dias (PT-PI) ressaltou a import�ncia de ouvir as vozes que comp�em o regime democr�tico. "A ess�ncia � a busca de unidade. Primeiro, entre n�s, e essa integra��o com os munic�pios. A partir daqui, a busca de di�logo e integra��o (entre) C�mara, Senado, STF e Executivo", falou , citando tamb�m a necessidade de conversas com o setor empresarial e a sociedade civil.
Pacheco defende di�logo e fala em 'estabilidade'
Nesta segunda, durante evento do Secovi, sindicato patronal ligado ao setor imobili�rio, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comentou sobre o pleito de governadores por uma reuni�o entre os Poderes."A reuni�o � muito importante. Pedi ao ministro Luiz Fux (presidente do STF) que houvesse a iniciativa da reuni�o entre os poderes", declarou. "Precisamos dar o m�nimo de estabilidade nas rela��es", acrescentou.
H�, marcada para esta ter�a (24), reuni�o entre representantes de estados e munic�pios com o ministro Paulo Guedes. Em pauta, a reforma tribut�ria. Segundo Ibaneis Rocha, h� consenso contra a proposta