
Nesta segunda-feira, mais cedo, o governador de S�o Paulo participou de encontro do F�rum dos Governadores que reuniu gestores de 24 Estados e do Distrito Federal. No encontro, os governadores decidiram propor ao presidente e aos outros chefes de Poderes uma esp�cie de reuni�o de pacifica��o e de normaliza��o institucional do Pa�s. Entre os chefes estaduais, houve consenso de que o atual clima de instabilidade pol�tica � prejudicial para todos.
Segundo Doria, o presidente � refrat�rio e n�o gosta de di�logo. O governador de S�o Paulo disse tamb�m que o presidente � autorit�rio, negacionista e, ao seu ver, psicopata. "Sou a favor de gestos e di�logo, mas de Bolsonaro n�o espero nada."
Na entrevista, o tucano descartou a possibilidade de ser procurado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) em busca de apoio para as elei��es de 2022. "Lula n�o vai me procurar. N�o preciso me preocupar. Ele sabe minha opini�o sobre ele", disse Doria. "Luiz In�cio Lula da Silva cometeu roubo. Assaltou o dinheiro p�blico do pa�s", disse o governador.
Nesta segunda, Lula compartilhou foto ao lado do senador tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE) ap�s se reunir com ele. Segundo publica��o nas redes sociais, Lula disse que a conversa girou em torno da defesa da democracia. Em visita ao Nordeste, o ex-presidente tem se reunido com lideran�as pol�ticas em busca de apoio para o pleito do pr�ximo ano.
Durante a entrevista, Doria refor�ou elogios a Tasso, a quem chamou de "brilhante senador e brilhante governador", e, apesar das cr�ticas a Lula, atribuiu o encontro ao car�ter democr�tico do partido. O governador, que deve disputar as pr�vias da legenda em busca da indica��o para se candidatar � Presid�ncia, tamb�m disse que n�o depende de seu padrinho pol�tico Geraldo Alckmin, mas que o respeita. Alckmin, um dos fundadores do PSDB, deve deixar o partido por atritos com o governador paulista e aliados dele.
Guedes
O governador de S�o Paulo tamb�m disse que n�o v� o ministro da Economia, Paulo Guedes, com "autoridade que precisaria ter para conduzir a economia do Pa�s". Doria destacou que o ministro mudou de posi��o desde que assumiu o cargo, e disse que esperaria de Guedes coer�ncia que o ministro n�o teve.
Durante a entrevista no Roda Viva, o governador de S�o Paulo tamb�m criticou decis�es da equipe econ�mica do governo federal, entre elas a proposta de parcelamento de precat�rios para ampliar espa�o fiscal ou a possibilidade de furar o teto de gastos.
Doria atribuiu � reforma administrativa e de benef�cios fiscais que sua gest�o promoveu em S�o Paulo o espa�o or�ament�rio para a amplia��o de programas sociais no Estado. Segundo o governador, S�o Paulo nunca deu ou dar� calote, n�o ir� furar o teto de gastos ou desobedecer pol�tica fiscal. "S�o Paulo fez a reforma e por isso pode fazer pol�ticas sociais amplas", destacou sobre lei aprovada e sancionada que cortou benef�cios fiscais e reduziu o n�mero de estatais.
No in�cio do m�s, Doria anunciou a amplia��o de programas sociais estaduais por meio do Programa Bolsa do Povo, que re�ne diferentes tipos de benef�cios. Apesar das cr�ticas ao governo federal e � gest�o econ�mica, Doria disse que preferiria n�o falar mal de Guedes por causa da rela��o respeitosa entre ambos.