
O governo do Distrito Federal j� destacou 5 mil policiais militares para a seguran�a da Esplanada dos Minist�rios. A prepara��o para o feriado da Independ�ncia sem desfile militar, e com atos por todo o pa�s, promete tomar conta de mais uma semana tensa e travar parte da pauta do Congresso, uma vez que a energia ser� dedicada a tentar arrefecer os �nimos e evitar estragos para o p�s-dia 7.
No STF, al�m de uma intensa atua��o nos bastidores, os ministros v�o se dedicar ao marco temporal para demarca��o de terras ind�genas, tema que mobilizou l�deres nativos de todo o pa�s e, tamb�m, os outros Poderes. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, tem dito que se os demais ministros acompanharem a posi��o do ministro Edson Fachin, contr�rio ao desejo dos agropecuaristas de estabelecer a Constitui��o de 1988 como ponto de partida para as demarca��es de reservas, ser� o fim do agroneg�cio. At� para reduzir a tens�o na Esplanada dos Minist�rios, a ideia � concluir a an�lise antes do feriado para que os �ndios deixem o centro de Bras�lia, dando lugar aos bolsonaristas, patrocinados por aliados do presidente.
O marco temporal promete ser o tema mais pol�mico da semana. No Congresso, a expectativa � a de dias mais calmos, at� para preparar o terreno para o dia seguinte ao Sete de Setembro. "Esta semana est� tranquila. O p�s � que vai depender dos desdobramentos das manifesta��es", diz o l�der do DEM na C�mara, Efraim Filho (PB). De mais pol�mico, s� mesmo o C�digo Eleitoral, que pretende estabelecer, a partir de 2024, uma quarentena para ju�zes, militares e bombeiros terem direito a disputar um mandato. A vota��o est� prevista para quinta-feira.
Sem acordo
J� a pol�mica reforma tribut�ria s� voltar� ao plen�rio quando houver a acordo, e, embora Arthur Lira tenha dito que pretendia vot�-la esta semana, ainda n�o h� uma maioria assegurada. Al�m disso, a tens�o pol�tica tem evitado que se crie o clima favor�vel para as discuss�es. A semana passada, que era para fechar um acordo, terminou sem atingir essa meta e os deputados n�o acreditam que seja poss�vel votar a proposta de emenda constitucional agora, pois faltam os 308 votos necess�rios para a aprova��o.
Os governadores t�m d�vidas em rela��o � PEC e, esta semana, em vez de encontros para tratar especificamente desse assunto, se reunir�o com os comandantes da C�mara e do Senado em nome da defesa da democracia. Isso significa, na avalia��o de muitos, que as declara��es de Bolsonaro escantearam as reformas.
Enquanto os pol�ticos tentam dar uma "esfriada" na semana, a �rea econ�mica tenta explicar ao mercado que nem tudo est� perdido. A negocia��o na Justi�a - e n�o via Congresso - para resolver a crise dos precat�rios ser� vendida como algo positivo. O governo trabalha, ainda, para obter um tom mais ameno do manifesto dos empres�rios e de parte do setor financeiro do pa�s em defesa da democracia - documento que deve ser apresentado nas pr�ximas horas. Por causa dele, atores do Executivo amea�aram tirar a Caixa Econ�mica e o Banco do Brasil da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban) - (leia mais na p�gina 5).
Em conversas no Congresso, os governistas tentam aliviar as manifesta��es. O l�der do governo, deputado Victor Hugo (GO), tem feito quest�o de frisar que os atos do Dia da Independ�ncia s�o em defesa da liberdade de express�o e n�o uma amea�a aos Poderes. "Ningu�m est� descumprindo decis�o judicial, mas pessoas t�m que ter liberdade para question�-las", defende.