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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Bolsonaro muda de tom e descarta golpe para se manter no poder

Em entrevista, Bolsonaro afasta a possibilidade de tentar permanecer na Presid�ncia por meios ileg�timos e diz que n�o "vai melar" pleito de 2022


25/09/2021 09:52 - atualizado 25/09/2021 10:56

Para Bolsonaro, a presença de militares na comissão do TSE para as medidas de segurança das urnas é garantia de que o resultado eleitoral será legítimo
Para Bolsonaro, a presen�a de militares na comiss�o do TSE para as medidas de seguran�a das urnas � garantia de que o resultado eleitoral ser� leg�timo (foto: Marcos Corr�a/PR - 10/8/21)

Em uma mudan�a de tom que coincide com a queda de popularidade e o descontentamento da popula��o por conta da infla��o em rota de subida, Jair Bolsonaro afirmou que a possibilidade de um golpe de Estado para permanecer no Pal�cio do Planalto � “zero”.


Ap�s Bolsonaro amea�ar golpe, Mour�o 'n�o v� clima' para impeachment


A declara��o foi dada em entrevista � revista Veja, publicada ontem e o presidente surpreende, sobretudo, por causa do tom do seu discurso, na �ltima ter�a-feira, nas Na��es Unidas — quando falou mais para a base eleitoral, tocando em assuntos caros aos radicais que o apoiam, do que para o grande p�blico interno e externo.

“Daqui pra l�, a chance de um golpe � zero”, assegurou, ao ser questionado sobre os est�mulos antidemocr�ticos que promoveu e em refer�ncia aos processos de impeachment que est�o na C�mara dos Deputados.

Ap�s cr�ticas reiteradas ao voto eletr�nico, Bolsonaro disse estar garantido o pleito de 2022 e que “n�o melaria” as elei��es, mesmo que o projeto de voto impresso defendido pelo governo n�o seja implementado — algo imposs�vel de acontecer, pois a proposta de emenda constitucional sobre a quest�o foi sepultada pelo plen�rio da C�mara.

“Vai ter elei��o, n�o vou melar. Fique tranquilo, vai ter elei��o. O que o (Lu�s Roberto) Barroso est� fazendo? Ele tem uma portaria deles, l�, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde tem v�rios setores da sociedade, onde tem as For�as Armadas, que est�o participando do processo a partir de agora. As For�as Armadas t�m condi��es de dar um bom assessoramento. Com as For�as Armadas participando, voc� n�o tem por que duvidar do voto eletr�nico. As For�as Armadas v�o empenhar seu nome, n�o tem por que duvidar. Eu at� elogio o Barroso, no tocante a essa ideia”, justificou, referindo-se ao grupo montado pelo ministro para a melhoria da seguran�a da vota��o eletr�nica.

Bolsonaro indicou, ainda, que concorrer� � reelei��o e deu a entender que procurar� um novo vice, apesar de n�o ter descartado o atual, Hamilton Mour�o, para compor a chapa. Mas disse que o general seria um “bom senador”.

Sobre um partido futuro, citou as legendas de centro, como o PP, PL ou Republicanos como op��es. “N�o vou fugir de estar com esses partidos, conversando com eles. O PTB ofereceu para mim tamb�m”, salientou.

O presidente aproveitou para comentar o peso da alta dos pre�os no or�amento do brasileiro, mas justificou que n�o poderia tabelar a gasolina e o g�s de cozinha. Reclamou, tamb�m, que “toda cr�tica cai no meu colo”.

Extrapola��o

A respeito dos atos do 7 de Setembro, Bolsonaro reconheceu “ter extrapolado em algumas coisas”. “Queriam que eu fizesse algo fora das quatro linhas (da Constitui��o). E n�s temos instrumentos dentro das quatro linhas para conduzir o Brasil. Agora, todo mundo tem que estar dentro das quatro linhas. O jogo � de futebol, n�o � de basquetebol. N�o vou mais entrar em detalhes porque, quanto mais pacificar, melhor”, disse.

Sobre a pandemia de covid-19, destacou que “n�o errou em nada” na gest�o da crise — que matou mais de 593 mil brasileiros. Assim como fizera no discurso nas Na��es Unidas, na �ltima ter�a-feira, voltou a questionar a efic�cia da vacina CoronaVac e reafirmou que n�o tomou nenhum imunizante.

“N�o errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa n�o era a solu��o. Eu falava que haveria desemprego, e foi o que aconteceu. Outra consequ�ncia disso � a infla��o que est� a�. Hoje, h� estudos que mostram que quem mais caminha para o �bito por coronav�rus � o obeso e quem est� apavorado”, observou.

Na pr�xima semana, Bolsonaro completa 1.000 dias de governo e, caso o exame de RT-PCR d� negativo para a covid-19, planeja viajar por cidades do pa�s entregando obras. Na tentativa de reagir a m� avalia��o da sua gest�o, divulgar um compilado de medidas tomadas em meio � pandemia, emprego, infraestrutura, al�m de bater na tecla de que seu governo n�o tem corrup��o.

Pesquisa: mais queda na aceita��o

Pesquisa feita pelo banco Modalmais e consultoria AP Exata aponta que a reprova��o do governo voltou a ultrapassar a marca dos 50 pontos porcentuais nesta semana.

Segundo a sondagem, enquanto o �ndice de pessoas que avaliam o governo como bom ou �timo � de 26,9% (uma queda de 1% em rela��o � semana anterior), as que consideram ruim ou p�ssimo somam 50,3% (0,9%. p.p. a mais) — as que dizem que o governo � regular ficaram em 22,8% (0,1% p.p. a mais).

Para a pesquisa, h� uma tend�ncia de piora na imagem da gest�o de Jair Bolsonaro. Um dos motivos pode estar relacionado � participa��o na Assembleia-Geral da ONU. A fala do presidente teve uma repercuss�o viral nas redes, mas apenas 34% das men��es foram positivas no dia em que discursou, enquanto as men��es negativas foram de 66%.

A semana termina ruim para ele: ontem, as cita��es negativas nas redes somam 64%, consolidando uma fase acentuada de impopularidade, diz o levantamento.


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