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Estado de Minas TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Nova promessa pode acabar com tr�s d�cadas de entraves para o metr� de BH

Bolsonaro diz que licita��o para amplia��o do sistema ser� lan�ada em mar�o do ano que vem


01/10/2021 04:00 - atualizado 01/10/2021 07:25

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Desde a sua inaugura��o, em 1986, o metr� de Belo Horizone permanece com as 19 linhas iniciais e j� atravessou os governos FHC, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer sem que as promessas saiam do papel (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A. PRESS)
Tr�s d�cadas de promessas, diversos entraves e constantes mudan�as nas propostas de expans�o.

Agora, a t�o aguardada amplia��o do metr� para outras regi�es de Belo Horizonte finalmente poder� se tornar realidade com a visita do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) � capital para sancionar o projeto de lei 15/2021, aprovado pelo Congresso Nacional, com a privatiza��o da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) – empresa que administra o metr� de BH – e libera��o de R$ 2,8 bilh�es para melhorias.

Mas ainda n�o h� or�amento de obras nem se sabe ao certo se o dinheiro ser� o suficiente.

Ainda que haja muita expectativa, ao longo dos anos, a moderniza��o dos trens ficou somente no sonho. A promessa feita por Bolsonaro � de que at� mar�o de 2022 ocorra o edital de licita��o para amplia��o da linha 1 (Eldorado/Vilarinho) e constru��o da 2 (Barreiro/Calafate). Ser�o liberados R$ 3,2 bilh�es pelo governo federal, por meio da privatiza��o da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Al�m disso, outros 428 milh�es vir�o do governo do estado, cedidos em acordo com a Vale.

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), disse que as melhorias poder�o se estender com a parceria com a iniciativa privada: “Ser� muito mais f�cil continuar� a expans�o, uma vez que ser� de interesse da concession�ria expandir as linhas, o que significar� aumento de usu�rios”.

Desde a inaugura��o, em 1986, at� hoje, o metr� conta com as mesmas 19 esta��es da linha 1 inauguradas, com extens�o total de 28,1 quil�metros. Nesse caminho, v�rios presidentes – Fernando Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer – usaram o empreendimento como propaganda pol�tica, sem nada de concreto.

Segundo a CBTU, os projetos da linha 2 (Barreiro/Hospitais) e linha 3 (Savassi/Pampulha) existem desde os anos 2000. As �ltimas obras da linha 1, de fato, foram entregues somente em 2006, tamb�m com muitos atrasos envolvidos, com t�rmino das esta��es 1º de Maio, Waldomiro Lobo, Floramar e Vilarinho. Enquanto isso, os projetos das demais linhas foi se modificando com o tempo, com trajetos, or�amentos e prazos diferentes.

As primeiras a��es em torno da moderniza��o do transporte tiveram in�cio em 1999, com um estudo encomendado pela CBTU em parceria com o Banco Mundial, diante da expans�o demogr�fica da capital mineira. Dois anos depois, come�aram os primeiros planos de constru��o da linha 2 Calafate/Barreiro, quando a pr�pria CBTU liberou verba para projetos, terraplanagem e indeniza��es. Mas as obras foram paralisadas em 2004 por falta de recursos do governo federal.

O tema voltou � tona em 2008, quando um novo sonho de expandir o metr� at� a Copa do Mundo de 2014 foi posto no ar pelo ent�o governador A�cio Neves. Durante evento em Paris, ele prometeu ampliar o n�mero de passageiros transportados de 150 mil para 800 mil diariamente at� o Mundial, gra�as a uma parceria p�blico-privada, com investimento de R$ 4 bilh�es. O projeto tamb�m n�o foi executado.

Em 2011, no governo Dilma, a obra de expans�o foi aprovada no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) das Grandes Cidades, com previs�o de investimentos de mais de R$ 4 bilh�es na constru��o das linhas 2 (que ent�o ligaria o bairro Nova Su��a a regi�o do Barreiro) e 3 (que ligaria a esta��o da Lagoinha � Savassi).

Os projetos come�aram a ser feitos em 2012, com cerca de R$ 60 milh�es gastos pela prefeitura de BH com estudos de solo. No entanto, a partir de 2014 a obra saiu do or�amento federal e nenhum investimento foi feito na constru��o de novas linhas desde ent�o.

LACERDA

O ent�o prefeito de Belo Horizonte, M�rcio Lacerda, prometeu expandir o metr� caso fosse eleito em 2012. O candidato disse que lutaria para a constru��o de duas linhas, uma ligando a Esta��o Lagoinha, na Regi�o Central de Belo Horizonte, � Savassi, e outra de l� at� o Belvedere, ambos na Zona Sul da capital.

A promessa de investir R$ 20 bilh�es em mobilidade urbana n�o chegou at� o metr�.  Sem obter parcerias com a iniciativa privada, o projeto saiu de cena ao fim do mandato, quatro anos depois.

Dilma voltou a falar no tema em 2014, na campanha da reelei��o. Ela anunciou que liberaria R$ 2,5 bilh�es para interven��es de mobilidade, incluindo o metr� da capital. Em maio de 2015, o ent�o secret�rio nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana, Dario Raiz, voltou a anunciar recursos, dessa vez de R$ 1,75 bilh�o, que viriam do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS).

No entanto, equipes t�cnicas da Caixa Econ�mica Federal, que participaria dos investimentos, barraram o projeto. Segundo a institui��o, a iniciativa n�o tinha detalhamentos do or�amento e faltava documenta��o necess�ria para a libera��o dos recursos. Em  2017, o ent�o presidente Michel Temer (MDB) foi o �ltimo a anunciar a disponibiliza��o de R$ 157,7 milh�es para a amplia��o da linha 1. Mais uma vez, a expectativa ficou s� no papel.

No governo Bolsonaro, as primeiras tentativas deampliar o metr� come�aram em abril de 2019, quando foi cogitada a libera��o de R$ 1 bilh�o para a amplia��o da linha 1 at� o Novo Eldorado e a 2 at� o Barreiro. Inicialmente, havia a proposta de estatiza��o da CBTU, mas a ideia n�o foi conclu�da.

Naquele ano, o Minist�rio da Infraestrutura at� assinou acordo com a Ferrovia Centro-Atl�ntica S/A (FCA), administrada pela VLI S/A, para pagamento de uma multa de R$ 1,2 bilh�o aos cofres da Uni�o, com . parte do dinheiro sendo destinado para ampliar o metr�. No entanto, os recursos n�o vieram para Minas.



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