
A partir da�, os embates entre a ala pol�tica e a equipe econ�mica do governo subiram de temperatura.
A aproxima��o de Bolsonaro com o Centr�o come�ou com uma rodada de reuni�es no ano passado, quando a ideia era formar uma base de cerca de 250 parlamentares para blindar o chefe do Executivo contra o impeachment e aprovar projetos no Congresso. De l� para c�, uma sucess�o de crises e o avan�o de investiga��es aumentaram a depend�ncia do Planalto em rela��o ao grupo pol�tico, que adere aos mais diferentes governos.
Esc�ria
A rela��o entre Bolsonaro e Centr�o � bem diferente do que se via � �poca da campanha presidencial de 2018, quando o ent�o candidato do PSL prometia acabar com a "velha pol�tica" e o "toma l�, d� c�". Para conquistar os eleitores, ele chegou a dizer que o bloco era a "esc�ria da pol�tica brasileira" e "o que h� de pior no Brasil".
As conversas de Bolsonaro com representantes do grupo come�aram em abril do ano passado, em meio a um aumento expressivo do n�mero de pedidos de impeachment protocolados na C�mara por causa do comportamento do presidente na pandemia da covid-19.
A influ�ncia do Centr�o no governo se fortaleceu em maio de 2020, com o in�cio da distribui��o de cargos para indicados dos partidos em �rg�os importantes, como o comando do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE). � �poca, o Supremo Tribunal Federal (STF) tinha acabado de abrir inqu�rito para investigar uma suposta interfer�ncia pol�tica de Bolsonaro na Pol�cia Federal.
Os espa�os do Centr�o no governo se ampliaram ainda mais em junho de 2020, ap�s a pris�o do ex-assessor Fabr�cio Queiroz, acusado de envolvimento com o esquema de rachadinha no gabinete do senador Fl�vio Bolsonaro (Patriota-RJ), quando o pol�tico era deputado estadual no Rio de Janeiro.