
- Opini�o sem medo: 'Para a Aids existe tratamento. Para Bolsonaro, n�o. � um caso perdido'
Esta � a primeira vez que a empresa tira do ar uma live do presidente. At� ent�o, a companhia derrubou apenas um post em que o presidente citava o uso de cloroquina para o tratamento de COVID-19.
Entenda o caso
Na �ltima quinta-feira (21/10), Bolsonaro leu, na live semanal, duas not�cias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relat�rios 'oficiais' do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imuniza��o completa contra a COVID-19 se tornavam mais vulner�veis � s�ndrome da imunodefici�ncia adquirida (Aids).
Ap�s divulgar a informa��o, que � uma inverdade, o presidente disse que n�o iria ler a �ntegra da not�cia para n�o sofrer san��es das redes sociais. "N�o vou ler para voc�s aqui, porque posso ter problemas com a minha live. N�o quero que 'caia' a live. Quero dar informa��es concretas", apontou.
A declara��o foi recebida com indigna��o por diversos atores da sociedade. O infectologista especializado em sa�de de pessoas LGBTQIA%2b Vin�cius Borges rebateu a desinforma��o e afirmou que o que causa a Aids � a desigualdade e a falta de acesso � informa��o.
"O que causa Aids � a desigualdade, o preconceito e o estigma, perpetuando mitos como este sobre o HIV, impedindo as pessoas de se testarem, se tratarem e viverem bem", disse.
J� o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID que enviasse as falas do presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que fossem anexadas no inqu�rito das fake news, administrado por Alexandre de Moraes.
A pol�tica e candidata a vice-presidente do Brasil em 2018, pelo PCdoB, Manuela D'�vila, classificou a postura de Bolsonaro como nojenta e que a desinforma��o fazia parte do "projeto de morte" do chefe do Executivo.