
Ao justificar a op��o, o deputado afirmou ser contra "segrega��es". "Se a gente continuar segregando a popula��o, diferenciando sexo, orienta��o sexual e cor, o que a gente gera � conflito na sociedade? Por que n�o ter uma Procuradoria do Homem, ent�o?", perguntou ele.
Colecionador de pol�micas, Bart� est� sem legenda desde junho, quando foi expulso do Novo. Ele perdeu a filia��o ap�s presenciar, em maio, a pris�o sem mandado de um homem acusado de atirar ovos em manifestantes bolsonaristas. Em 2019, j� havia ofendido uma correligion�ria em um grupo de WhatsApp do partido.
Desde 2015, a Assembleia tem uma comiss�o que atua em prol dos direitos da mulher. A avalia��o � que a cria��o da procuradoria vai ampliar as possibilidades de a��es contra qualquer forma de agress�o e discrimina��o.
"A procuradoria vai receber den�ncias, fazer an�lises e encaminhar aos �rg�os competentes. Ela tem uma funcionalidade pr�tica, de 't�te-�-t�te' com a popula��o. N�o vai ficar s� no campo da elabora��o dos projetos de lei e do debate. Vai ser uma forma de atuar articuladamente com outros �rg�os e a rede de apoio", disse Ana Paula Siqueira (Rede), presidente do colegiado de defesa da mulher, em entrevista ao EM nesta semana.
Al�m de uma parlamentar para ocupar a chefia, o �rg�o ser� composto por uma vice-procuradora. A participa��o das deputadas nas decis�es tomadas pelo Legislativo ser� uma das pautas. O fortalecimento da rede de prote��o �s mulheres e a busca por igualdade de g�nero tamb�m v�o estar em debate. A meta � tornar a Procuradoria da Assembleia uma esp�cie de "espelho", para que as C�maras Municipais interior afora deem forma aos seus pr�prios �rg�os.
O Projeto de Resolu��o (PRE) que institui a Procuradoria da Mulher tamb�m cria a Bancada Feminina, que vai juntar, em uma s� coaliz�o, todas as deputadas, independentemente das posi��es partid�rias. A l�der do grupo ter� prerrogativas das lideran�as das legendas e dos blocos partid�rios, como a utiliza��o de tempo estendido durante os debates em plen�rio.
Assim, durante a discuss�o de projetos de lei, por exemplo, haver� mais tempo para que o tema em debate seja abordado sob a perspectiva do impacto �s mulheres.
At� Maur�cio Souza � citado
Houve tempo ainda para que Bart� fizesse a defesa de Maur�cio Souza,
atleta demitido do time de v�lei do Minas T�nis Clube ap�s postagens homof�bicas nas redes sociais. O deputado protestou contra a decis�o da equipe e afirmou que a agremia��o fez uma "cagada".
Jo�o Leite, do PSDB, chegou a falar que o central, integrante da Sele��o Brasileira na Olimp�ada de T�quio, foi alvo de um "tribunal da inquisi��o". Ele sugeriu uma esp�cie de homenagem a Maur�cio por parte da Comiss�o de Seguran�a P�blica da Assembleia.
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Maur�cio foi punido pelo Minas por criticar, no Instagram, uma nova vers�o de quadrinhos do Super-Homem, na qual o her�i � bissexual. O jogador ironizou a escolha da empresa que desenha o personagem, a DC Comics. Depois, chegou a tentar se retratar pelo Twitter, onde tinha menos de 100 seguidores.
A rescis�o do contrato foi acelerada ap�s manifesta��es da Fiat e da Gerdau, principais patrocinadoras da equipe de v�lei do Minas. O afastamento e o pedido de desculpas do jogador na ter�a-feira n�o bastaram para as empresas, que pediram a��es mais efetivas.
Nesta quinta, Maur�cio chegou a publicar uma imagem do Super-Homem beijando a Mulher Maravilha, outra hero�na. Ele culpou a "turma da lacra��o" pela perda do emprego.
A equipe de Bart� entrou em c ontato com a reportagem nesta sexta-feira (29/10) para afirmar que o emprego do termo "Procuradoria do Homem" foi feito em tom ir�nico.