A expuls�o de Bart� foi definida pelo Comit� de �tica do Novo ap�s a apura��o do caso. "O processo seguiu todos os ritos previstos no Estatuto do partido, com direito a ampla defesa do deputado no Comit� de �tica Partid�ria. Mas, infelizmente, o julgamento resultou com a pena de expuls�o", disse o presidente da seccional mineira da legenda, Ronnye Antunes.
Na Assembleia Legislativa desde 2019, Bart� foi eleito com 31.991 votos. Embora tenha participado das primeiras atividades do Novo em Minas Gerais, o deputado deixou a legenda tecendo cr�ticas a ex-correligion�rios.
"Durante os tr�s anos de mandato, tenho trabalhado incansavelmente pela defesa de nossos valores e, com isso, lutas foram travadas, entre elas, infelizmente, com pessoas ligadas ao pr�prio partido Novo", l�-se em trecho do comunicado de sa�da distribu�do por ele.
Citando Winston Churchill, primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Grande Guerra, Bart� alegou ter sofrido persegui��es de dirigentes do Novo ap�s participar do ato que defendeu, em 1° de maio, pautas como o voto impresso e, nas palavras dele, a "defesa da liberdade de trabalho".
"Ap�s isso, fui perseguido pelo Diret�rio Nacional do partido, que a meu ver, � um �rg�o que n�o representa em nada o partido e seus filiados", reclamou.
No protesto, al�m das bandeiras citadas por Bart�, apoiadores de Jair Bolsonaro (sem partido) defenderam interven��es antidemocr�ticas sob o lema "eu autorizo".
Entenda o caso
Bart� presenciou a pris�o de Filipe da Fonseca Cezario, acusado de atacar, com ovos, participantes de ato pr�-Jair Bolsonaro (sem partido). O deputado estava na passeata e, ao lado de policiais militares, subiu ao apartamento do homem, de 32 anos, acusado de atirar ovos em manifestantes que passavam pela Avenida Afonso Pena, no Centro.
Filipe foi levado pelos agentes de seguran�a e ficou sob cust�dia at� a noite daquele 1° de maio. No v�deo que mostra o momento da pris�o, � poss�vel ver o acusado e seus amigos solicitarem - sem serem atendidos - mandado justificando a a��o e a suposta grava��o citada pelos agentes como justificativa para o flagrante.
O parlamentar do Novo acompanhou a opera��o do corredor do 11° andar do pr�dio em que Filipe reside. Em determinado momento da grava��o, os colegas do rapaz pedem aos policiais a identifica��o da delegacia respons�vel pelo caso. Ap�s muita insist�ncia, um agente s� d� a informa��o depois de pedido expresso de Bart�.
Em 2019, o deputado ofendeu, em um grupo interno de WhatsApp, a vereadora belo-horizontina Marcela Tr�pia, ent�o assessora do deputado Guilherme da Cunha na Assembleia Legislativa.
� �poca, ele recebeu advert�ncia p�blica da agremia��o. Nos prints das conversas, h� diversos ataques. Ele chegou a acus�-la de ter "furado a camisinha".
Rela��o distante com colegas e proximidade com bolsonaristas
Com a sa�da de Bart�, o Novo passar� a ser representado no Legislativo, al�m de Guilherme da Cunha, por Laura Serrano. Embora seja tenha sido companheiro de legenda do governador Romeu Zema, Bart� n�o � um dos deputados mais afeitos ao atual gestor do estado.
Em dezembro do ano passado, o pol�tico chamou de "mentiroso" o ent�o secret�rio de Planejamento e Gest�o, Otto Levy Reis. Nos bastidores da Assembleia Legislativa, a postura altamente cr�tica de Bart� �s a��es de Zema n�o surpreende. Ele foi o �nico deputado estadual a votar contrariamente ao projeto que concede bolsa de R$ 600 a fam�lias de Minas em situa��o de extrema pobreza.
Bart� tem mais tr�nsito com figuras extremamente alinhadas ao bolsonarismo que com ex-colegas de partido. Ele mant�m boa rela��o com Bruno Engler, do PRTB, que o acompanhou � delegacia no dia da deten��o de Filipe Cez�rio.