
O pr�prio presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), que tem a prerrogativa do cargo de n�o ser obrigado a votar, pressionou o 'sim' para ajudar o governo. Integrantes da base aliada reconheciam nos bastidores que havia perigo de a mudan�a no teto cair.
Em tr�s vota��es de destaques (mudan�as no texto), a base aliada conseguiu superar com folga os 308 votos. Mas em um destaque que tratava da regra de ouro, o governo s� obteve 303 votos e, portanto, essa parte do texto foi suprimida.
Sozinha, a mudan�a no teto de gastos ratificada pelos deputados abre um espa�o de R$ 47 bilh�es para gastos no Or�amento de 2022, sendo R$ 45 bilh�es para o Poder Executivo. Para este ano, o espa�o adicional seria de R$ 15 bilh�es.
O destaque do teto era o que mais preocupava o governo. O Minist�rio da Economia tamb�m monitorava o resultado com aten��o.
A mudan�a no teto � respons�vel por cerca de metade do espa�o de R$ 91,6 bilh�es com que o governo conta para tirar do papel o Aux�lio Brasil de R$ 400 at� dezembro de 2022, como determinou o presidente Jair Bolsonaro.
O destaque foi apresentado pela bancada do MDB, que j� havia ajudado a derrubar a mudan�a na regra de ouro. A bancada quer "preservar o legado" do governo Michel Temer, que criou o teto de gastos.
Ap�s a conclus�o de destaques, o texto da PEC dos precat�rios ainda precisa ser aprovado em 2º turno na C�mara dos Deputados e, depois, ser apreciado em dois turnos pelo Senado Federal.