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Estado de Minas ARTICULA��O

Mar�lia: prefeitos se unem contra COVID para 'n�o esperar o leite derramar'

Cons�rcio de munic�pios cobrou apoio do Minist�rio da Sa�de por testes, antigripais e aten��o prim�ria; governo federal vai enviar exames


07/01/2022 14:42 - atualizado 07/01/2022 15:09

De máscara, Marília Campos, prefeita de Contagem, dá entrevista em Belo Horizonte
Mar�lia Campos, prefeita de Contagem, defende articula��o intermunicipal para se antecipar ao avan�o da �micron (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press.)
As cobran�as de prefeitos ao Minist�rio da Sa�de por mais testes de COVID-19, ajuda para ampliar a rede de atendimento e expans�o do estoque de antigripais come�am a ganhar respostas. Prova disso � que o governo federal j� acenou com o envio de seis milh�es de exames na semana que vem. A articula��o dos l�deres municipais foi pensada para se antecipar ao avan�o da variante �micron, que combinada ao crescimento dos casos de Influenza, come�a a pressionar a rede assistencial.

O of�cio de governantes locais � Sa�de Federal foi articulado pelo Cons�rcio Conectar, que re�ne representantes de mais de 2 mil prefeituras. Mar�lia Campos (PT), prefeita de Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, � suplente do Conselho Fiscal da alian�a. Nesta sexta-feira (7/1), ao Estado de Minas, ela explicou a estrat�gia adotada pelo grupo.

"� n�o esperar o leite derramar. � a gente tomar medidas antes que a gente tenha casos de agravamento da gripe e da contamina��o por COVID. � uma articula��o pol�tica. Para que os prefeitos n�o fiquem pressionando solitariamente, a gente se articula para exigir ajuda do governo federal para podermos cuidar bem da popula��o", disse.

O pedido de ajuda � pasta chefiada pelo m�dico Marcelo Queiroga foi oficializado anteontem. Nessa quinta-feira (6), prefeitos se movimentavam, inclusive, para fazer um apelo p�blico em busca de respostas. Vieram, ent�o, sinal emitido pelo secret�rio-executivo da Sa�de federal, Rodrigo Cruz.

Em c�lculo que inclui os testes previstos para a pr�xima semana, o Minist�rio da Sa�de projeta remeter 30 milh�es de exames de ant�geno at� o fim de janeiro. O antigripal Tamiflu, outra reivindica��o, est� sendo viabilizado junto ao Instituto de Tecnologia em Imunobiol�gicos (Bio-Manguinhos), ligado � Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"� fundamental essa articula��o dos prefeitos para que a gente possa aticular, nas nossas unidades de sa�de, os investimentos necess�rios em termos de pessoal e medicamentos para tratar a popula��o", afirmou Mar�lia.

Aten��o prim�ria em pauta


Outro pleito do cons�rcio, liderado por Gean Loureiro (DEM), prefeito de Florian�polis (SC), � o fortalecimento da aten��o prim�ria. Em Contagem, segundo Mar�lia, essa � a principal lacuna do momento. De acordo com a petista, unidades de sa�de sofrem com o congestionamento de pacientes em virtude do coronav�rus e da gripe.

"N�o temos problema de Tamiflu e de testagem, mas temos problema para aumentar o n�mero de profissionais. Essa � a quest�o central", observou. "Existe o compromisso de ajudar financeiramente para colocar mais equipes no atendimento", emendou a prefeita.

Autoridades preveem dias cr�ticos


Aos prefeitos, Rodrigo Cruz projetou 15 dias cr�ticos no Brasil em virtude da subida da curva de contaminados pela Influenza e pela COVID-19, potencializada pela �micron. At� ontem, a nova cepa havia infectado ao menos 166 pessoas em Minas Gerais, segundo dados da Secretaria de Estado de Sa�de (SES). Os casos da doen�a viral cresceram 323% no estado em 24 horas.

F�bio Baccheretti, titular da pasta estadual, � outro a crer em aumento dos casos por causa da �micron, que ganhou for�a com as aglomera��es de Natal e Ano Novo.

"Temos uma tend�ncia de diminui��o de �bitos em rela��o � COVID-19 e continuamos com menos paciente internados. No entanto, h� uma tend�ncia de aumento de casos novos por conta das aglomera��es de final de ano e a expans�o da variante �micron. Al�m disso, houve um relaxamento das medidas de prote��o como distanciamento e uso de m�scara, o que pode provocar um grande aumento no n�mero de casos".


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