
Bras�lia - Em processo de fritura h� meses, o ministro da Economia, Paulo Guedes, j� � considerado um “ministro zumbi” at� por parlamentares aliados ao governo no Congresso. A n�o continuidade dele no caso de uma eventual vit�ria do presidente Jair Bolsonaro nas elei��es j� � dada como certa. A d�vida, agora, � at� quando o economista aguentar� “ser humilhado” por Bolsonaro.
Na �ltima quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializou o descr�dito de Guedes ao dar � Casa Civil, comandada pela principal figura do Centr�o, a palavra final sobre a execu��o do Or�amento federal. Ciro Nogueira � um �cone daquilo que Bolsonaro jurou combater: foi indicado pelo mandat�rio para a Casa Civil para conseguir manter o apoio do Centr�o. Enquanto isso, seu antigo Posto Ipiranga est� num tremendo “chove n�o molha”.
Na �ltima quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializou o descr�dito de Guedes ao dar � Casa Civil, comandada pela principal figura do Centr�o, a palavra final sobre a execu��o do Or�amento federal. Ciro Nogueira � um �cone daquilo que Bolsonaro jurou combater: foi indicado pelo mandat�rio para a Casa Civil para conseguir manter o apoio do Centr�o. Enquanto isso, seu antigo Posto Ipiranga est� num tremendo “chove n�o molha”.
Para o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), Guedes n�o deveria nem ter aceito fazer parte do governo Bolsonaro. “Ele entrou e � humilhado pelo governo, que sabe que ele n�o tem nenhuma criatividade que possa ser ben�fica eleitoralmente para o presidente Jair Bolsonaro, como levar um cr�dito mais barato, com juros baratos, prazo de car�ncia para o pequeno e m�dio empres�rio”, pontuou.
“Na reforma tribut�ria, n�o teve criatividade, n�o tem nenhum tipo de articula��o, ainda mais na execu��o do Or�amento, que � a bala de prata do presidente Bolsonaro, onde ele tem que fazer base nos estados e melhorar nas pesquisas”, prossegue Pinato. “Guedes, na verdade, est� ali para outra coisa, para aguentar humilha��o e para defender o interesse de algu�m. Eu acho que, diante dos fatos, talvez de banqueiros”, avaliou o parlamentar.
Para ele, faz sentido, no entanto, manter Guedes “se arrastando” at� o fim do governo, j� que o
Centr�o, liderado por Ciro Nogueira, tentar� ajudar o presidente a melhorar nas pesquisas, o que ele considera uma tarefa dif�cil, mas n�o imposs�vel para o grupo pol�tico que passou a mandar no governo. “Basta o presidente ficar quieto, deixar de entrar em pol�mica e tentar aglutinar o maior n�mero de desagregados que ele desagregou para juntar for�as contra a esquerda”, disse ele ao Correio Braziliense/Estado de Minas.
Outros parlamentares ouvidos pela reportagem v�o na mesma linha: acreditam que a ideia de passar para Nogueira a �ltima palavra no Or�amento � uma forma de “retomar o controle”, mesmo que isso signifique retirar poderes do ministro que conquistou apoio do mercado financeiro para Bolsonaro. Congressistas e analistas pol�ticos acreditam que � s� por isso, ali�s, que Guedes n�o � mandado embora, j� que parte da Faria Lima ainda nutre simpatia pelo economista.
“Por que Guedes n�o foi demitido ainda? Porque ele tem um discurso pr�-mercado. Esse discurso � baseado no controle fiscal, na execu��o de privatiza��es, em uma radicaliza��o de uma nova reforma trabalhista e no Estado m�nimo. Esse discurso � baseado no estado m�nimo. Esses quatro elementos atendem � demanda do mercado”, avalia Adriano Oliveira, cientista pol�tico da Universidade Federal de Pernambuco, que acredita que uma demiss�o agora poderia criar uma instabilidade pol�tica no governo.
J� Andr� C�sar, cientista pol�tico da Hold Assessoria, diz que n�o h� ningu�m que possa “assumir essa bomba” agora, por isso, Guedes continua no cargo. “O Posto Ipiranga virou um chaveirinho. [...] Ele est� sozinho e virou uma figura decorativa. Est� marcando presen�a, n�o tem outro nome que v� assumir essa bomba agora. ‘Se n�o tem tu, vai tu mesmo’. Nem o Bolsonaro espera algo do Guedes”, completa.