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Estado de Minas ELEI��ES

Pesquisas embalam o xadrez partid�rio na disputa pelo Planalto

Desempenho na inten��o de voto pesa na avalia��o das legendas em conversas para composi��o de chapa eleitoral


06/02/2022 04:00 - atualizado 06/02/2022 11:31

Montagem de fotos com Ciro Gomes e Sergio Moro
Ciro Gomes e Sergio Moro est�o na briga pra representar terceira via (foto: Ag�ncia Brasil/Reprodu��o)
A oito meses das elei��es, os candidatos que buscam um lugar entre a polariza��o Lula-Bolsonaro se empenham em superar a peneira eleitoral. Nesse momento, o desempenho nas pesquisas de inten��o de voto � o term�metro mais utilizado nas conversas para definir candidaturas, bem como a forma��o de coliga��es e federa��es.

“As pesquisas eleitorais com taxas de inten��o de voto e principalmente os �ndices de rejei��o de poss�veis candidatos s�o o que conta. A partir desses n�meros, os partidos come�am a avaliar quais pr�-candidatos s�o considerados vi�veis politicamente, ou ent�o aqueles que poderiam servir at� mesmo como moeda de troca por apoios e substitui��es eleitorais”, explica o professor de ci�ncia pol�tica Valdir Pucci.

Mas h� outros fatores a serem considerados. O fundo eleitoral e o tempo de propaganda na televis�o e no r�dio, definidos a partir da bancada de cada partido no Congresso, tamb�m pesam nas negocia��es eleitorais. Completam o filtro de candidaturas, ainda, o acesso a palanques regionais, definido pela quantidade de governadores e prefeitos eleitos por cada partido, bem como alian�as pactuadas por esses pol�ticos.

No c�lculo das urnas, o cientista pol�tico Andr� Rosa observa que a disputa presidencial puxa votos para os candidatos das legendas ao Congresso Nacional. Esse aspecto � determinante para a sigla ter mais recursos e poder de barganha dentro do Legislativo. Ele cita a elei��o de 2018 como exemplo.

“Em 2018, o Ciro teria possibilidade de vencer o Bolsonaro no segundo turno, mas o PT n�o abriu m�o de sua candidatura porque precisava aumentar o n�mero de congressistas do partido. Ent�o, muitas vezes uma candidatura � Presid�ncia visa tamb�m captar votos para o Congresso Nacional”, avalia.

O especialista lembra que, apesar do antipetismo e da derrota na disputa ao Planalto, o PT elegeu em 2018 a maior bancada da C�mara, com 54 deputados federais. Em segundo ficou justamente o PSL, antigo partido do eleito Bolsonaro, com 52 membros.

Apesar de as pesquisas indicarem a vantagem de Lula e Bolsonaro, ainda � cedo para cravar um segundo turno entre os dois. O cientista pol�tico Leandro Gabiati, diretor da Dominium Consultoria, avalia que cerca de um ter�o do eleitorado ainda n�o decidiu em quem votar. Para ele, o cen�rio real surgir� somente ap�s as conven��es partid�rias, marcadas para agosto.

Terceria via 


� com essa expectativa que muitos candidatos da terceira via tentam justificar a viabilidade de suas candidaturas para conquistar alian�as e at� mesmo apoio dentro do pr�prio partido. O governador Jo�o Doria (PSDB-SP) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) vivem situa��es semelhantes em suas agremia��es. Ambos enfrentam dissens�es nos partidos. A vit�ria do governador de S�o Paulo nas pr�vias tucanas n�o apaziguou os �nimos, a ponto de Leite j� ser cogitado para concorrer pelo PSD ao Planalto.

J� a emedebista sofre com a pulveriza��o pol�tica dentro de seu partido, que lan�ou apenas duas candidaturas � presid�ncia desde a Constitui��o de 1988. A �ltima delas foi Henrique Meirelles, em 2018, que ficou isolado por falta de apoio da pr�pria legenda. Recentemente, um dos caciques do MDB, Renan Calheiros, encontrou-se com o ex-presidente Lula, em uma demonstra��o de que o partido n�o est� coeso em rela��o � candidatura de Tebet.

Com o melhor desempenho nas pesquisas entre os candidatos da terceira via, Sergio Moro e Ciro Gomes devem levar a candidatura at� o final, mas enfrentam problemas para conseguir acesso a palanques estaduais. Com as demais siglas de esquerda se organizando para formar uma federa��o entre PT, PSB, Cidadania, Rede, PCdoB, PV e Psol em favor da candidatura de Lula, Ciro e o PDT ficaram isolados. As buscas por federa��o com a Rede, PSB e Cidadania s�o pouco promissoras. O partido tamb�m tem o Avante como op��o.

A possibilidade de trocar o Podemos pelo Uni�o Brasil (UB) era vista como uma solu��o para os problemas de Moro com os palanques eleitorais. O novo superpartido ter� receita bilion�ria do fundo eleitoral e um dos maiores tempos de televis�o e r�dio. No entanto, a fus�o entre PSL e DEM vem se aproximando do MDB, o que resultaria numa chapa entre Simone Tebet para presidente e Luciano Bivar, que comandar� o UB. Al�m de isolar Moro, a solu��o afastaria a senadora de Jo�o Doria. O xadrez pol�tico pode aproximar Doria e Moro, chapa que chegou a ser especulada no ano passado.


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