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Estado de Minas FURA-FILA DA VACINA

MP de Minas denuncia ex-secret�rio estadual de Sa�de e mais 4 por peculato

Eles s�o acusados de usar 5% de reserva t�cnica do estado para imunizar funcion�rios da pasta no caso conhecido como 'fura-fila' da vacina


11/02/2022 08:08 - atualizado 14/02/2022 08:02

O ex-Secretário de Saúde de MG Carlos Eduardo Amaral
Ex-Secret�rio de Sa�de de Minas, Carlos Eduardo Amaral diz que den�ncia � fruto de 'a��o orquestrada' por deputados para derrubar sua gest�o (foto: Gil Leonardi/Ag�ncia Minas)
O ex-secret�rio de Sa�de de Minas Gerais Carlos Eduardo Amaral, o-ex Secret�rio Adjunto Luiz Marcelo Cabral e mais tr�s servidores da pasta foram denunciados pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) por peculato. O crime consiste no uso de bens p�blicos para favorecimento pessoal. 


Al�m do ex-secret�rio e do ex-adjunto, a den�ncia cita o ex-chefe de gabinete do Secret�rio de Sa�de Jo�o M�rcio Silva de Pinho; a subsecret�ria de Vigil�ncia da Sa�de, Jana�na Passos de Paula; e a diretora de Vigil�ncia de Agravos Transmiss�veis da Sa�de, Jana�na Fonseca Almeida Souza. 

De acordo com a acusa��o, formalizada pela promotora de Justi�a Josely Ramos Pontes em 16 de dezembro, os gestores tomaram a vacina entre dias 18 de janeiro e 19 de fevereiro de 2021, mesma �poca em que autorizaram a vacina��o de outros 832 funcion�rios. Para tanto, "apropriaram-se dos 5% destinados � 'reserva t�cnica', e as usaram em proveito pr�prio", cita o MPMG. 

O ex-Secretário Adjunto de Saúde de MG Luiz Marcelo Cabral
O ex-Secret�rio Adjunto de Sa�de de MG Luiz Marcelo Cabral, tamb�m foi citado na den�ncida do MPMG (foto: F�bio Marchetto/Ag�ncia Minas)
Ainda de acordo com o documento, o ato caracteriza descumprimento dos crit�rios t�cnicos e temporais adotados no Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina��o contra a COVID-19 (PNO) para trabalhadores da sa�de naquele momento. 

"As doses desviadas representavam 5% das vacinas recebidas, que tinham sob guarda e dep�sito, cumprindo determina��o constante no Plano Nacional de Operacionaliza��o do Minist�rio da Sa�de, com vistas � reposi��o em casos de quebra, desvio, inconformidades ou furtos de doses enviadas aos munic�pios. (...) No entanto, os denunciados descumpriram essas orienta��es e desviaram vacinas, permitindo que servidores em atividades administrativas na SES, com risco sanit�rio compar�vel a ambientes comuns, sem contato com o p�blico, fossem vacinados em detrimento de outros profissionais de sa�de envolvidos com a assist�ncia e enfrentamento da Covid-19, inclusive servidores do pr�prio Estado e de Munic�pios, fazendo-o de forma velada", acusa a promotora. 

Em julho do ano passado, Carlos Eduardo Amaral e mais 13 servidores foram denunciados pelo MP por improbidade administrativa ap�s a conclus�o Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) dos Fura-Filas institu�da na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

A promotoria concluiu que Amaral e os demais denunciados aprovaram o uso de parte da reserva t�cnica para a imuniza�ao dos servidores estaduais. 

Outro lado

Procurados pelo Estado de Minas, o ex-Secret�rio Carlos Eduardo Amaral e o ex-adjunto Luiz Marcelo Cabral negaram as irregularidades a afirmaram que o Programa Nacional de Imuniza��o foi "rigidamente cumprido". 

Ambos enviaram a mesma nota � reportagem, na qual afirmam que as den�ncias foram "orquestradas por poucos deputados, para retirar da Secretaria de Sa�de de Minas Gerais os condutores do melhor combate � pandemia no pa�s". (Leia logo abaixo o comunicado na �ntegra). 

O EM tamb�m entrou em contato com a defesa da diretora de Vigil�ncia de Agravos Transmiss�veis da Sa�de, Jana�na Fonseca Almeida Souza. Por meio de nota, o advogado Daniel Evangelista negou supostas altera��es na ordem de prioridade de vacina��o em benef�cio de sua cliente. 

"O quantitativo de doses distribu�das pela Secretaria era suficiente para a vacina��o de 73% dos trabalhadores da sa�de totalizando quase 5 milh�es de doses (sendo que existem apensa 500 mil m�dicos no Brasil). Assim, n�o houve altera��o na ordem de prioridade, n�o havendo que se falar em fura-filas da vacina!", diz o texto encaminhado pelo defensor. (Leia abaixo na �ntegra)

O ex-chefe de gabinete do Secret�rio de Sa�de, Jo�o M�rcio Silva de Pinho, n�o respondeu as mensagens enviadas pelo jornal. 

J� a Controladoria-Geral do Estado (CGE) informou que instaurou Processos Administrativos Disciplinares (PAD) relacionados �s supostas irregularidades (Veja abaixo na �ntegra)

Veja a nota enviada por Carlos Eduardo Amaral e Marcelo Cabral

"O Programa Nacional de Imuniza��o foi rigidamente cumprido, a vacina��o como feita contou com anu�ncia da Assessoria Jur�dica da SES, da Controladoria-Geral do Estado, autoriza��o da CIB (Comiss�o Intergestora Bipartite), que conta com representantes de todos os munic�pios do Estado e do comit� gestor do COES (Centro de Opera��es de Emerg�ncia em Sa�de) que � a inst�ncia t�cnica m�xima do estado. 
 
Todas os vacinados, Servidores da Sa�de respons�veis pelo combate � pandemia no Estado de Minas Gerais, deveriam receber a vacina, estavam na ordem correta do PNI, al�m do direito pelo pr�prio SUS, que � do povo brasileiro e pago por impostos de todos.

Nesse sentido, o desvio apontado n�o existe e a propositura da a��o penal poder� ser caracterizada como abuso de autoridade. 

O que houve, na verdade, foi uma manobra pol�tica orquestrada por poucos deputados, para retirar da Secretaria de Sa�de de Minas Gerais os condutores do melhor combate � pandemia no pa�s, que sanearam as d�vidas da secretaria, retomaram os pagamentos aos Hospitais, UPAs e SAMU, al�m de regularizarem o fornecimento de medicamentos, que tinham o reconhecimento da popula��o pelos trabalhos prestados. Tal persegui��o exp�s a popula��o ao risco e demonstrou o descaso daqueles deputados com a sa�de p�blica, o que � de se repudiar veementemente."

Leia o comunicado enviado pelo defensor de Jana�na Fonseca

Quanto � vacina��o dos servidores da Secret�ria de Estado da Sa�de, n�o houve nenhuma irregularidade. Todos os vacinados s�o trabalhadores da sa�de, conforme conceito do Plano Nacional de Operacionaliza��o da Vacina contra o COVID. 

Quando da elabora��o do memorando 7, o quantitativo de doses distribu�das pela Secretaria, era suficiente para a vacina��o de 73% dos trabalhadores da sa�de totalizando quase 5 milh�es de doses (sendo que existem apensa 500 mil m�dicos no Brasil). Assim, n�o houve altera��o na ordem de prioridade, n�o havendo que se falar em fura-filas da vacina! 

Infelizmente, o desconhecimento da popula��o sobre o processo de vacina��o leva a uma interpreta��o err�nea da verdade.

Em nenhum momento os servidores da SES se vacinaram no lugar de m�dicos. A popula��o precisa saber que os servidores s� foram vacinados quando j� existiam mais de 5 milh�es de doses para a �rea da sa�de, que tem apenas 500 mil m�dicos. Se algum munic�pio deixou de vacinar m�dicos com as doses enviadas foi por seguir outra orienta��o que n�o a do PNO.

Al�m disso, � preciso entender como � a aplica��o de uma dose de vacina. N�o � uma m�gica! A aplica��o no bra�o depende de um processo longo e estruturado, que se iniciou com os servidores da SES, antes mesmo da chegada do COVID no Brasil!

Sem os trabalhadores da sa�de da SES a pandemia seria muito pior em Minas Gerais. Foram esses trabalhadores que trabalharam e ainda trabalham arduamente para que a condu��o das a��es contra a pandemia seja realizada baseada em evid�ncias cient�ficas.

Leia o comunicado do Governo de Minas na �ntegra

O Governo de Minas informa que foram instaurados, no �mbito da Controladoria-Geral do Estado (CGE), Processos Administrativos Disciplinares (PAD) relacionados �s supostas irregularidades a respeito da vacina��o de servidores da Secretaria de Estado de Sa�de (SES-MG). Os processos foram conclu�dos e aguardam emiss�o de parecer de julgamento. O Governo de Minas preza pela transpar�ncia na condu��o de suas a��es e, desde o in�cio das investiga��es, colabora com todas as autoridades competentes.


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