Ciro Gomes vai a Uberl�ndia e tenta votos na cidade de maioria bolsonarista

Em seu �ltimo destino durante a semana em Minas Gerais, o pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica Ciro Gomes (PDT) tentou hoje (12/2) em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, reverter um quadro de maioria bolsonarista nas elei��es de 2018. Em coletiva com a imprensa local, ele voltou a comentar sua aproxima��o com Alexandre Kalil (PSD) e disse que o apoiaria ao Governo mineiro, mas n�o se sentiria confort�vel de o atrair para o PDT como nome para compor chapa para a presid�ncia.

 

O pr�-candidato considerou a cidade de Uberl�ndia importante para sua campanha e que para mudar o quadro de votos de 2018 � preciso entender os mais de 60% dos votos do Munic�pio do Tri�ngulo ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Em sua an�lise, ele � uma via alternativa para a dicotomia pol�tica atual, entre o atual mandat�rio e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

 

"Foi pela bela obra de Bolsonaro (a maioria em Uberl�ndia)? N�o foi. Foi uma proposta encantadora? Tamb�m n�o foi. Por qual motivo, ent�o? A raz�o foi um protesto justo, embora completamente equivocado, contra a contradi��o econ�mica e contra ladroeira generalizada que tomou o centro do modelo de poder do Lula e do PT", disse Ciro.

 

Ele complementou afirmando que, para conseguir os votos locais, � preciso que a popula��o entenda que n�o � poss�vel que exista a dualidade de votar em uma candidato em protesto a outro.

Dois setores, tamb�m importantes, que tendem a votar em candidatos mais conservadores, como o agroneg�cio e com�rcio locais, tamb�m foram comentados na passagem de Gomes pela cidade. Em sua vis�o, o agroneg�cio n�o estaria fechado com o presidente. “O que ele fez foi antagonizar o que o agroneg�cio considera, com raz�o, mal conduzidos na gest�o brasileira, tanto sob o ponto de vista de legisla��o quanto de gest�o da rela��o do Governo”, afirmou.

 

Sobre essas m�s gest�es ele citou cr�dito, mas sem privatiza��es que levariam a juros altos, e a alta depend�ncia de importa��es, que elevam custos � produ��o. A respeito da quest�o ambiental, para Ciro Gomes, foi desenvolvida uma corrente de opini�o correta, mas descuidada de quest�es com emprego e renda,  por n�o haver projetos.

 

Alexandre Kalil

Depois de visitar o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), na sexta-feira (11/2), Ciro Gomes voltou a ser questionado sobre a aproxima��o com o pol�tico mineiro. Ele disse que se sentiria honrado em t�-lo como vice em sua chapa, mas que existem articula��es do partido de Kalil para uma poss�vel candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD) � presid�ncia.

 

Mas, mesmo com v�rios elogios, Ciro Gomes n�o cravou que tenta levar Kalil para seu partido. “Isso eu n�o posso fazer, porque n�o seria delicado nem �tico. Respeito os partidos, respeito as pessoas e seu tempo”, disse.

Cr�ticas ao PT

Durante a passagem por Uberl�ndia, Ciro Gomes direcionou v�rias cr�ticas ao PT e aos governos Lula e Dilma. Ainda que tamb�m n�o tenha poupado Bolsonaro, ele apontou os mandat�rios petistas como aqueles que criaram uma crise pol�tica e econ�mica que foi aprofundada pela atual presid�ncia.

 

Relembrou que Bolsonaro se filiou ao PL, que tem como lideran�a Valdemar Costa Neto, citado por Gomes como “o cara que foi preso no mensal�o porque Lula deu a ele o DNIT para ele roubar. Ele (Neto) foi preso e condenado”.

 

Candidato que disputa boa parte de votos de bolsonaristas arrependidos, S�rgio Moro (Podemos) foi chamado de “meteoro que vai sumir j�, j�” ao apontar falta de experi�ncia administrativa e pol�tica do ex-ministro e ex-juiz. “� uma inconsist�ncia muito grave”, finalizou.