A sa�da de ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL) para disputar as elei��es de outubro marcar� o maior esvaziamento da Esplanada com a desincompatibiliza��o dos cargos nesse mesmo per�odo, proporcionalmente, em quase 25 anos.
Se confirmada a troca em 10 minist�rios no pr�ximo dia 31, quase metade das 23 pastas passar� por reestrutura��o. As substitui��es v�o ocorrer no momento em que o presidente precisa reverter �ndices econ�micos desfavor�veis para refor�ar a campanha pelo segundo mandato.
Os minist�rios que v�o perder titulares por motivos eleitorais controlam, juntos, um or�amento de R$ 20 bilh�es, somente para investimentos. Bolsonaro aposta na elei��o de um time de ministros para ter mais aliados nos governos estaduais e no Congresso, principalmente no Senado, onde o Planalto enfrenta dificuldades na articula��o pol�tica.
Na lista dos futuros candidatos est�o Tarc�sio de Freitas (Infraestrutura), que vai disputar o governo de S�o Paulo; Rog�rio Marinho (Desenvolvimento Regional), postulante ao Senado pelo Rio Grande do Norte; e Fl�via Arruda (Secretaria de Governo), que tamb�m concorrer� a uma cadeira no Senado, mas pelo Distrito Federal.
As 10 substitui��es previstas e admitidas por Bolsonaro s�o superiores �s realizadas desde 1998, nos respectivos anos de elei��es gerais, pelos ent�o presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). No caso de Bolsonaro, as sa�das dos ministros para a campanha atingir�o 43% das pastas. Os �ndices de substitui��es em governos anteriores, nesse per�odo, variaram entre 22% e 30%.