
Albuquerque � l�der do partido na cidade e publicou uma mensagem de �dio no dia 1º de mar�o de 2022, contra a chegada de Laura ao cargo que conduz a educa��o no munic�pio.
Segundo a PCMG, as investiga��es acerca dos ataques homof�bicos cometidos pelo pol�tico, em um v�deo e atrav�s de aplicativos de mensagem, questionavam a indica��o da secret�ria por ela ser l�sbica.
De acordo com a Pol�cia, ele foi indiciado pelo crime previsto no artigo 20, par�grafo 2º, da Lei 7.716/89 que fala de crimes e pr�ticas que induzem ou incitam a discrimina��o ou preconceito de ra�a, cor, etnia, religi�o ou proced�ncia nacional.
Atrav�s das redes sociais o presidente do PSC de Itabira alegou que estava sendo perseguido e pedia liberdade de express�o.
“Me sinto no dever p�blico de sinalizar aos pais o que seus filhos poder�o vivenciar em salas de aulas no munic�pio. Se voc� ama seu filho, defenda-o. Questione agora para n�o lamentar depois”, disse o indiciado.

Em fala no domingo (6/3), ele alegou que as portas das escolas agora estar�o abertas aos militantes com a nomea��o de uma militante LGBTQIA+, que seria
Laura Souza.
“Sou v�tima da ‘inquisi��o identit�ria’, ao n�o poder emitir minha opini�o”, fala o pol�tico.
A reportagem do Estado de Minas n�o conseguiu contato com Dalton Albuquerque – a prefeitura de Itabira foi questionada sobre o caso, mas ainda n�o retornou sobre o assunto. Caso haja retorno, a mat�ria ser� atualizada.
Investiga��o
Segundo a PCMG, o investigado foi interrogado e questionado sobre o fato de utilizar frases de ordem nas postagens “se voc� AMA seu filho, DEFENDA-O”. Para a Pol�cia, Albuquerque afirmou ter se baseado em uma reportagem jornal�stica para gravar um dos v�deos em que ele insulta a secret�ria e, que tamb�m, se usou de coment�rios que leu na internet para ataca-la.
Atrav�s de comunicado, divulgados no site oficial da Pol�cia Civil de Minas Gerais, o delegado respons�vel pela investiga��o, Diogo Luna Moureira, diss que a conduta do investigado, al�m de promover discurso de �dio incita a discrimina��o, a hostilidade e a viol�ncia contra pessoas em raz�o da orienta��o sexual ou identidade de g�nero.
“A incita��o da discrimina��o evidencia-se pelo uso de imagens e v�deos de manifesta��es sociais, representativas da luta por reconhecimento e por direitos pelas pessoas LGBTQIA+, associadas a frases de ordem e incitadoras de rep�dio social; tudo isso sob o som da m�sica I Will Survive, hit que al�m de ser usado como marca do empoderamento feminino na luta por igualdade na d�cada de 70, acabou sendo lema de resist�ncia da comunidade LGBTQIA+”, diz Moureira.
Segundo o delegado, o dissenso acerca do reconhecimento de direitos e dos alinhamentos de pol�ticas p�blicas pode existir em uma democracia madura e sadia “desde que ancorado no respeito pela diversidade constitutiva da comunica pol�tica”.