A filia��o de Miguel, de longa trajet�ria no PT, ocorreu em uma boate na Regi�o Oeste de Belo Horizonte. Ciro, ali�s, era esperado na solenidade, mas cancelou a participa��o de �ltima hora em virtude de problemas pessoais. A vereadora Duda Salabert (PDT) tamb�m n�o compareceu.
A ideia dos trabalhistas de ter Miguel Corr�a como pr�-candidato ao Pal�cio Tiradentes foi antecipada ontem pelo Estado de Minas. Conforme apurou a reportagem, a legenda ainda n�o descarta se aliar a Alexandre Kalil (PSD) caso o prefeito de Belo Horizonte resolva disputar o governo. A possibilidade dele caminhar ao lado de Luiz In�cio Lula da Silva, por�m, fez os pedetistas se movimentarem para ter, na manga, uma op��o pr�pria para dar sustenta��o a Ciro em Minas.
"Uma campanha a governador s� acontece quando envolve um conjunto de for�as pol�ticas – o que mant�m a gente aberto para qualquer discuss�o", afirmou o agora pr�-candidato, que n�o poupou cr�ticas a Zema.
Corr�a explicou que a ideia priorit�ria �, mesmo, potencializar a campanha presidencial de Ciro. Ele revelou que, em caso de eventual acordo com Kalil ou outro potencial candidato ao governo, pode se mover para outra vaga, como uma posi��o estrat�gica na t�tica eleitoral de Ciro em Minas.
Corr�a afirmou que n�o deixou de ser simp�tico a Lula, mas apontou Ciro como a melhor alternativa nacional.
"Para o momento atual do pa�s, Ciro tem uma oportunidade muito grande de n�s levar a uma pr�xima gera��o de oportunidades – pela sua modernidade. Tenho certeza que Ciro vai convidar Lula para governar juntos", projetou.
Carta na manga evitar "trauma" de 2018
Os planos do PDT de ter uma reserva pr�pria para garantir um palanque a Ciro remontam � elei��o de 2018, quando os trabalhistas esperavam ter espa�o na chapa de M�rcio Lacerda, ent�o no PSB. Uma articula��o nacional envolvendo petistas e pessebistas, no entanto, tirou Lacerda do p�reo ao governo mineiro. O PDT, ent�o, ficou sem palanque formal – apesar de Ciro ter conseguido conquistar o apoio de Kalil.
"Quem nos garante que n�o vai acontecer conosco o que aconteceu em 2018?", afirmou o deputado federal M�rio Heringer, presidente pedetista no estado.
Heringer reiterou que, se preciso for, abre m�o de tentar novo mandato na C�mara para compor a chapa cirista em Minas.
"O que estamos dizendo para a sociedade mineira � que sozinhos e dependentes n�o estamos. Vamos fazer o palanque para o Ciro custe o que custar".
Nesta quinta, a agremia��o filiou outros novos quadros. Uma das caras novas � Daniela Corr�a, que foi prefeita de Ribeir�o das Neves pelo PT.
Corr�a pode ser novo elemento em disputa polarizada
Miguel Corr�a foi eleito vereador de Belo Horizonte em 2004. Depois, em 2007, chegou � C�mara dos Deputados, de onde saiu em 2018.
No �ltimo pleito federal, ainda pelo PT, ele tentou ser eleito para o Senado Federal, em chapa com a ex-presidente Dilma Rousseff, mas perdeu a contenda.
No m�s passado, o Instituto F5 Atualiza Dados, a pedido do EM, mostrou que Romeu Zema tem 46,8% das inten��es de voto, contra 17,4% de Kalil. O terceiro colocado � o deputado Andr� Janones, do Avante, com 7,3%. O senador Carlos Viana (MDB) soma 3,7%.