
Mesmo assim, Ciro fez quest�o de dizer a Kalil que est� � disposi��o. E, para isso, fez uma analogia a Reinaldo, atacante que foi �dolo do Atl�tico - clube do cora��o do prefeito - nos anos 1970 e 1980.
"Eu n�o seria, por mais desejo que tenha, indelicado de constranger o Kalil tendo, o partido dele, uma [pr�] candidatura. Apenas disse que como Reinaldo, o Rei do Atl�tico, estou na �rea, pedindo a bola, para ver se a gente ajuda o Brasil a mudar de caminho", disse.
A pr�-candidatura do PSD citada por Ciro � a de Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional e eleito senador por Minas Gerais.
"Concordamos, eu e ele, que a hora da pol�tica n�o � essa. Porque delicadezas, a gente precisa cultivar - especialmente chegando a Minas Gerais, terra de Tancredo Neves e Juscelino Kubitschek. Temos que chegar com o respeito devido", pontuou.
Em que pese a possibilidade de Kalil entrar na disputa contra o governador Romeu Zema (Novo), Ciro relatou que o amigo permanece voltado �s demandas da prefeitura.
"Examinamos o quadro nacional e de Minas Gerais. Vi Kalil muito compenetrado de que sua grande tarefa, hoje, � governar Belo Horizonte. Preocupado com as chuvas. A gente conversando e ele perguntando a assessores se havia alguma quest�o de risco".
Tempo � aliado para fazer cen�rio 'amadurecer'
Como mostrou o Estado de Minas nesta semana, o PDT mineiro tem esperan�as de repetir, em Minas Gerais, a alian�a costurada com o PSD no Rio de Janeiro. L�, o trabalhista Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niter�i, e o pessedista Felipe Santa Cruz, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), s�o tidos como potenciais postulantes ao governo. Apesar disso, j� decidiram que v�o caminhar juntos.
Segundo Ciro, a alian�a feita em terras fluminenses n�o significa, necessariamente, uni�o PDT-PSD no quadro nacional ou em Minas Gerais. Por aqui, a ideia � manter o apoio pedetista � administra��o Kalil.
"Vamos ver se, aqui em Belo Horizonte e em Minas Gerais, mantemos o que j� � fato. Nossos vereadores apoiam e cooperam com Kalil. Participamos da administra��o dele, e achamos que merece ser apoiada. Fiz um apelo a ele para que continue prestigiando nossos companheiros. Vamos deixando o tempo amadurecer as coisas para ver como vai ser a elei��o nacional".
Ciro esteve na prefeitura acompanhado do presidente do PDT mineiro, o deputado federal M�rio Heringer. A comitiva da legenda teve, ainda, o deputado estadual Alencar da Silveira J�nior, presidente do Am�rica. Marcaram presen�a, tamb�m, Miltinho CGE, Bruno Miranda e Duda Salabert, vereadores de BH.
"Essa parceria � de longa data. Os dois, al�m de afinidade pol�tica, t�m afinidade afetiva. O partido � base do Kalil - e sinalizamos que querem continuar. Kalil agradeceu, e est� apoiando o PDT. Essas decis�es extrapolam a dimens�o municipal e desembocam na quest�o municipal. Kalil, Ciro e n�s n�o temos controle sobre isso. S�o decis�es partid�rias", pontuou Duda.
Entenda o cen�rio
Kalil ainda n�o bateu o martelo sobre concorrer ao Pal�cio Tiradentes. Apesar disso, dirigentes do PSD reiteram que ele tem total autonomia para participar da corrida eleitoral. Ainda nesta sexta, mas mais cedo, o senador Alexandre Silveira, presidente do diret�rio pessedista em Minas, afirmou que o prefeito de BH � o "caminho natural" da sigla no estado.
"Nosso caminho natural � o prefeito de Belo Horizonte, reeleito com 63% dos votos, aprovado. Algu�m com fala reta e franca e que muito tem de afinidade com o povo mineiro. O prefeito � o candidato natural do PSD. Desde que seja uma op��o dele, tem total e completo respaldo do partido - em n�vel estadual e nacional".
O prefeito belo-horizontino ainda n�o tem apoios formais. No PT, que negocia a forma��o de uma frente com PSB, PV e PCdoB, h� defesa por n�o descartar a ideia de apoiar Kalil.