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Estado de Minas ARTICULA��O

PT, PCdoB, PSB e PV costuram uni�o em Minas; ideia � candidatura anti-Zema

Em meio � federa��o, partidos costuram agenda para o estado; propostas v�o basear apoio a candidato alheio ao grupo ou � constru��o de nome pr�prio ao governo


07/02/2022 18:44 - atualizado 08/02/2022 07:28

Dirigentes de PT, PCdoB, PSB e PV reunidos
Reuni�o na sede do PSB, nesta segunda (7), debateu caminhos do campo progressista em Minas Gerais (foto: Kerison Lopes/PT de Minas)
Partidos da centro-esquerda � esquerda em Minas Gerais se valem da boa rela��o que forjaram ao longo do tempo para debater a forma��o de uma frente capaz de derrotar o governador Romeu Zema (Novo) na elei��o de outubro. Representantes de PT, PCdoB, PSB e PV no estado se reuniram nesta segunda-feira (7/2), em Belo Horizonte, para conversar sobre a possibilidade de uni�o das siglas. No plano nacional, as legendas negociam a forma��o de uma federa��o partid�ria. Em terras mineiras, h� articula��es para afinar as ideias e, assim, definir os pr�ximos passos.

A partir do consenso sobre a necessidade de se opor a Zema, h� duas possibilidades sobre a mesa: a primeira � a constru��o, dentro do grupo formado por petistas, comunistas, pessebistas e verdes, de uma candidatura pr�pria. Outra hip�tese � apresentar, a um postulante de fora da federa��o, as propostas da coaliz�o. L�deres do PT, por exemplo, defendem que o partido n�o descarte apoiar o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD).

Os partidos ainda n�o discutem nomes, mas sabem que a estrat�gia em Minas precisa passar por garantir palanque e espa�o a Luiz In�cio Lula da Silva (PT), candidato da alian�a � federa��o. Durante as conversas desta segunda, o l�der da bancada do PT na C�mara dos Deputados, Reginaldo Lopes, reiterou a disposi��o de disputar assento no Senado Federal (Leia mais ainda neste texto).

"H� a compreens�o de que, em Minas Gerais, � poss�vel que esses partidos estejam juntos. A federa��o seria uma forma de formalizar a parceria, mas independentemente disso, temos muita identidade na proposta para Minas", disse, ao Estado de Minas, o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do PT mineiro.

"Consolidada a federa��o, entendemos que temos todas as condi��es de apresentar uma candidatura ao governo do estado e ao senado, que seriam palanque para Lula. Sem que, com isso, a gente descarte a possibilidade de di�logo com outras for�as que estejam no campo progressista e, especialmente, alinhadas com o projeto Lula presidente", projetou o dirigente, mencionando tamb�m que o nome escolhido pelo grupo precisar� marcar posi��o contr�ria ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

A reuni�o desta segunda-feira ocorreu na sede do PSB mineiro, na Regi�o Centro-Sul de BH. Um dos mais simp�ticos � ideia da federa��o partid�ria � o deputado federal Vilson da Fetaemg, presidente pessebista no estado.

"Precisamos de um nome para disputar, combater e derrotar o governo Zema. � preciso ter uma alternativa, mas temos que construir isso atrav�s do di�logo", afirmou.

Osvander Valad�o, presidente do PV em Minas Gerais, diz que o grupo tem procurado, primeiro, entender os impactos locais da federa��o nacional. Depois, nomes eleitorais passar�o a dar o tom das conversas.

"Isso [a federa��o] avan�ando a gente pode construir, dentro de um projeto, a possibilidade de receber uma candidatura que vocalize as propostas desse campo. Se isso n�o for poss�vel, a gente deve, e j� � consensual entre os partidos, construir uma candidatura ao governo dentro da federa��o".

Embora reiterem n�o discutir nomes, os partidos sabem que, no PT, h� quem encampe a pr�-candidatura de Daniel Sucupira, prefeito de Te�filo Otoni, no Vale do Jequitinhonha.

Partidos j� t�m novo encontro agendado

PT, PSB e PCdoB j� se programaram para enviar emiss�rios � sede do PV no pr�ximo dia 21, para nova reuni�o a respeito do arranjo partid�rio. No fim do m�s passado, petistas e pessebistas pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a prorroga��o do prazo para a oficializa��o da federa��o, que venceria em 1° de mar�o.

A expectativa � que, at� a pr�xima reuni�o, a corte eleitoral j� tenha se manifestado sobre isso. At� l�, os dirigentes mineiros esperam que haja consenso para superar entraves em outros estados. PT e PSB precisam aparar arestas para viabilizar a federa��o. Em S�o Paulo, o "13" quer emplacar Fernando Haddad na disputa pelo Pal�cio dos Bandeirantes, mas o "40" tem M�rcio Fran�a.


Independentemente do desfecho nacional, os mineiros se fiam na boa rela��o entre os partidos. "Talvez Minas Gerais seja o estado em que esses partidos t�m o melhor n�vel de interlocu��o e conversas, j� h� mais de dois anos", analisou o ex-deputado federal Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB.

Reginaldo Lopes reitera disposi��o de disputar o Senado


Aos presentes, Reginaldo Lopes se disse dispon�vel para representar o grupo na disputa pela vaga de senador em jogo neste ano. Apesar disso, destacou que a candidatura precisa ser constru�da coletivamente. "� para um amplo debate, levando em considera��o todo o cen�rio nacional", falou.

Segundo o deputado, o ponto central, neste momento, � dar forma � agenda do grupo para o estado. Ele � um dos defensores da uni�o a partidos fora do espectro da federa��o.

"Tenho simpatia por uma alian�a mais ampla em Minas Gerais, mas isso tem o seu tempo para ser debatido. Primeiro, temos que consolidar a federa��o. Depois, o PT deve, junto com os futuros federados, discutir a posi��o de cada partido para termos uma posi��o unit�ria sobre a candidatura ao governo do estado e ao Senado."

Entenda a federa��o

Desde 2017, partidos n�o podem se unir para montar chapas conjuntas de candidatos �s C�maras Municipais, �s Assembleias Legislativas e � C�mara Federal. A federa��o de legendas "resgata" a possibilidade de alian�as do tipo, mas com a obrigatoriedade de manuten��o da alian�a por, no m�nimo, quatro anos - diferentemente das coliga��es, onde a uni�o era, via de regra, meramente eleitoral.

Se a federa��o � esquerda sair do papel, as siglas precisar�o redigir um estatuto �nico. O grupo vai precisar atuar como um s� partido - tendo, inclusive, uma dire��o central, com representantes de todas as agremia��es incorporadas ao bloco.

Na C�mara e no Senado, por exemplo, os eleitos pela coaliz�o ter�o de formar uma bancada �nica.

A possibilidade de institui��o das federa��es foi regulamentada no ano passado, quando o Congresso Nacional aprovou uma esp�cie de minirreforma pol�tica.


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