A rede social foi, durante os �ltimos meses, adotada por pol�ticos por n�o conter nenhuma regra de restri��o aplicada em outras plataformas, facilitando a distribui��o de not�cias para apoiadores.
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No Twitter, os ataques aconteceram quase todos no mesmo hor�rio, com diferen�a de minutos.
A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que o Telegram � a �nica ferramenta onde h� liberdade de express�o. “Moraes determinou o bloqueio do Telegram, a �nica ferramenta atual no qual temos liberdade de express�o. E nem sequer conto com imunidade parlamentar para que minhas palavras alcancem a profundidade da minha revolta. #MoraesTirano”, escreveu.
O @alexandre determinou o bloqueio do Telegram, a �nica ferramenta atual no qual temos liberdade de express�o.
%u2014 Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) March 18, 2022
E sequer conto com imunidade parlamentar para que minhas palavras alcancem a profundidade da minha revolta.#MoraesTirano
Em seguida, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) cr�ticou as a��es tomadas pelo ministro nos �ltimos meses. “Alexandre de Moraes determina a suspens�o do Telegram no Brasil. Depois de inqu�ritos inconstitucionais, pris�es ilegais e agora censura a m�dias sociais. O Brasil j� � oficialmente uma ditadura judicial!”, disse.
Em resposta a uma apoiadora, o filho 02 do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), disse que tem d�vidas sobre se a decis�o de Moraes foi motivada por fins eleitorais.
A deputada Bia Kicis (Uni�o Brasil-DF) declarou que o Brasil � “um pa�s inseguro para se investir e se viver”. “Usu�rios do Telegram que utilizam a plataforma para realizar cursos dos mais diversos temas, assim como donos de outros tipos de neg�cios, todos legais, est�o desnorteados com a decis�o de Moraes”, concluiu.
Perdendo seguidores
Um dos primeiros membros da ala pol�tica do Telegram, o presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu mais de 1 milh�o de seguidores com o bloqueio. Na p�gina do chefe do Executivo federal, apoiadores podiam acompanhar not�cias do governo.
A pol�tica no Telegram
A migra��o da pol�tica para o Telegram aconteceu depois que o movimento de direita decidiu boicotar Facebook, Instagram e Twitter. As redes v�m marcando ou suspendendo mensagens negacionistas durante a pandemia de COVID-19, apagando fake news, barrando perfis, alertando sobre discursos extremistas.
A ida dos pol�ticos para o aplicativo aconteceu depois que o Twitter apagou a conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que usou a rede social para incitar a invas�o ao Capit�lio, sede do Legislativo norte-americano.
O WhatsApp, que durante as elei��es foi usado como trunfo para a campanha de Bolsonaro, � administrado por Mark Zuckerberg, mesmo "dono" do Facebook e Instagram.
Com a entrada dos nomes da direita no Telegram, outros pol�ticos tamb�m adotaram a plataforma.
Bloqueio
O ministro Alexandre de Moraes determinou, nesta sexta-feira (18/03), que o aplicativo de mensagens Telegram seja bloqueado em todo Brasil.
A decis�o do magistrado ocorreu ap�s tentativas de contato do Judici�rio brasileiro com a empresa dona do aplicativo.
O Telegram n�o possui escrit�rio em territ�rio nacional, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou uma s�rie de of�cios solicitando reuni�es com representantes da empresa para tratar sobre o combate a fake news.
O ministro fixou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. "Por fim, a multa di�ria fixada em decis�o anterior ser� majorada em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), a partir da intima��o da empresa Telegram", diz o documento.
O ministro fixou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento. "Por fim, a multa di�ria fixada em decis�o anterior ser� majorada em R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), a partir da intima��o da empresa Telegram", diz o documento.
Moraes ainda decidiu que pessoas f�sicas ou jur�dicas que tentarem violar as regras poder�o ser multadas em at� R$ 100 mil.