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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Esquerda encontra dificuldades para costurar alian�as federais e estaduais

Ao mesmo tempo que Lula se mostra o �nico candidato capaz de rivalizar com Bolsonaro, nenhum partido quer voltar � condi��o de sat�lite do petismo


03/04/2022 11:02

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
(foto: AFP / Carlos Reyes)


N�o foi somente por causa do avan�o do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de opini�o que acendeu a luz amarela na pr�-campanha do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). A dificuldade de agregar as esquerdas em torno de uma �nica lideran�a, as resist�ncias internas de setores petistas � presen�a do ex-governador Geraldo Alckmin na chapa e o desejo de outros partidos de esquerda serem tamb�m protagonistas na corrida eleitoral atrapalham alian�as tanto a n�vel federal quanto nos estados.

Com o impeachment das ex-presidente Dilma Rousseff, entre os partidos do campo da esquerda formou-se a convic��o de que n�o se podia mais gravitar em torno do PT. Apesar da proximidade e das simpatias m�tuas, PSol, PDT e PSB trabalharam para construir trajet�rias distanciadas dos petistas. Com a volta de Lula ao cen�rio eleitoral, todo esse entendimento ficou mais complexo, pois, ao mesmo tempo que reconhecem ser o ex-presidente o �nico, por ora, capaz de rivalizar com Bolsonaro, nenhum desses partidos quer voltar � condi��o de sat�lite do petismo.

"Por parte do PSB, h� uma dificuldade porque s�o advers�rios do PT em muitos estados, como Pernambuco", explicou o analista pol�tico da consultoria Arko Advice Carlos Borenstein. "Isso impede uma alian�a maior com Lula, pois haver� impacto disso nas elei��es municipais de 2024. E se Bolsonaro se reelege, como ser� o posicionamento da oposi��o? Por isso, a representa��o regional pesa", observou.


Passivo eleitoral


J� para o cientista pol�tico Leandro Gabiati, o PT traz um passivo pesado: o das den�ncias de corrup��o do Mensal�o e do Petrol�o, que, inclusive, contribu�ram para que se formasse a onda de antipol�tica que resultou na elei��o de Bolsonaro, em 2018. Para o especialista, a campanha de Lula ter� de trabalhar intensamente para desviar o foco desse tema — que vem sendo usado pelo atual presidente nos eventos de que participa, quando diz que, no governo dele, n�o tem corrup��o.

"Essa elei��o traz temas como crise econ�mica, infla��o e redu��o do poder de compra do consumidor. Entretanto, Bolsonaro tem trazido em cada ato e em cada fala, a lembran�a da corrup��o do PT e que, no governo dele, supostamente n�o h� corrup��o. A lembran�a disso ser� frequente ao longo dos pr�ximos seis meses, at� fim do primeiro turno", previu.

Um dos que mais tem explorado essa fraqueza do PT � o pr�-candidato do PDT, Ciro Gomes. Nas redes sociais, tem atacado frequentemente tanto Bolsonaro quanto Lula na expectativa de ser contrapor ao atual presidente e de tirar votos do petista. As pesquisas eleitorais, por�m, n�o endossam o acerto dessa estrat�gia: na mais recente pesquisa Ipespe, divulgada em 25 de mar�o, o ex-governador do Cear� est� em quarto lugar, com 7% dos votos — atr�s do ex-juiz Sergio Moro, com 9%.

A presen�a do ex-tucano Alckmin tamb�m � um fator de resist�ncias dos partidos em entregar o protagonismo eleitoral ao PT. Mas, mesmo assim, os analistas consideram que foi uma manobra acertada trazer algu�m com um perfil de centro-direita — apesar de filiado ao PSB, teve toda uma trajet�ria constru�da no PSDB —, a fim de conquistar um eleitorado mais conservador, por�m, reticente em depositar o voto em Bolsonaro.

"Alckmin � uma sinaliza��o ao centro para evitar o isolamento da legenda como ocorreu na elei��o em 2018", salientou Borenstein.


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