O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Jo�o Pinheiro, no Noroeste mineiro, para conceder, nesta quinta-feira (14/4), t�tulos de terras a produtores rurais. Durante as entregas, o chefe do Poder Executivo municipal prometeu voltar a Minas Gerais ainda neste ano. O objetivo dele � visitar Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde levou uma facada em 2018, na campanha eleitoral.
O ataque a Bolsonaro ocorreu em seis de setembro, cerca de um m�s antes do �ltimo pleito presidencial. Ele precisou, inclusive, passar por um procedimento cir�rgico ainda em Juiz de Fora.
"Tenho uma d�vida aqui. Quero voltar a Juiz de Fora ainda no corrente ano. Aquela cidade marcou a minha vida. Boas lembran�as tenho, em grande maioria, daquele local. M�dicos e profissionais de sa�de salvaram a minha vida", afirmou.
Em novembro do ano passado, a Pol�cia Federal (PF) reabriu inqu�rito para saber se Ad�lio Bispo de Oliveira, autor do golpe, teve ajuda de algu�m. Nas duas apura��es anteriores, a corpora��o havia conclu�do que o homem agiu sozinho.
No evento desta quinta, Bolsonaro esteve ladeado por Carlos Viana (PL), l�der do governo no Senado Federal e pr�-candidato ao governo mineiro. O deputado federal Marcelo �lvaro Ant�nio, tamb�m do PL e nome do presidente para tentar assento no Senado pelo estado, foi outro a participar.
A ideia de Bolsonaro sobre voltar a Minas vai ao encontro dos desejos de Viana. Ao deixar o MDB e se filiar ao PL para ganhar, oficialmente, o status de pr�-candidato do presidente ao Pal�cio Tiradentes, o parlamentar reivindicou a expans�o do n�mero de agendas em solo mineiro. H� planos, por exemplo, para atividades em Uberaba, no Tri�ngulo, e em Montes Claros, no Norte.
"Quero uma agenda (de visitas ao estado). Vamos a Minas Gerais. Precisamos prestigiar mineiros", disse Viana ao Estado de Minas nesta semana.
Mulheres do campo ganham afago
Ao discursar aos presentes na solenidade, ocorrida no est�dio municipal de Jo�o Pinheiro, Bolsonaro elogiou as mulheres que atuam na produ��o rural. Os t�tulos de posse entregues hoje estavam, todos, em nome de pessoas do g�nero feminino. A decis�o, segundo o presidente, teve influ�ncia de Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, e Damares Alves, ex-ministra da Mulher, Fam�lia e Direitos Humanos.
"A mulher � quem mais fica na terra. � quem d�, na pr�tica, a maior contribui��o para a cria��o dos filhos. E, praticamente delas, [vai] a maior carga cultural para todos n�s", pontuou ele.
Dados do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra) apontam que, de 2019 a 2022, mais de 8 mil t�tulos de propriedades rurais foram emitidos em Minas.
O governo federal aponta entregar outros 2 mil documentos de posse at� o fim deste ano. "Quando a gente titula uma terra, aquele assentado, ao ter uma garantia de que aquela terra � sua e que as benfeitorias feitas ali ficar�o para filhos e netos, produz mais para todos n�s", explicou Bolsonaro. Houve tempo, ainda, para o presidente da Rep�blica criticar os governos de "bandeira vermelha", em men��o indireta aos petistas Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
O discurso serviu, tamb�m, para Bolsonaro cumprimentar o pai do cantor sertanejo Gusttavo Lima. O homem, de nome Alcino, chegou a ser chamado de "Ant�nio" pelo capit�o reformado.
Ministro mineiro comemora t�tulos de posse
Rec�m-empossado titular da Agricultura na vaga de Tereza Cristina, o ex-deputado federal mineiro Marcos Montes comemorou as entregas feitas a Jo�o Pinheiro. "Quando voc� prestigia a agricultura familiar e prestigia o assentado, estamos prestigiando o verdadeiro agro do Brasil, que est� nessa regi�o".
Edmar Xavier Maciel, prefeito da cidade de 47 mil habitantes, tamb�m foi s� sorrisos. Segundo ele, os t�tulos s�o essenciais para parte dos pinheirenses.
"Temos um assentamento com mais de 40 anos, o Fruta Dantas, al�m de v�rios outros assentamentos".
A agenda de Bolsonaro em Minas foi acompanhada por um s�quito de parlamentares aliados a ele, como os deputados federais Z� Vitor, Junio Amaral (ambos do PL) e L�o Motta, do Republicanos. Bateram ponto, tamb�m, os deputados estaduais liberais Bruno Engler e Coronel Sandro.