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Estado de Minas LEGISLATIVO FEDERAL

Bancadas e frentes parlamentares mostram sua for�a no Congresso

Grupos que re�nem evang�licos, agropecu�ria, servidores p�blicos e seguran�a mostram prioridades a presidenci�veis


24/04/2022 04:00 - atualizado 24/04/2022 07:42

Grupos temáticos na Câmara dos Deputados têm pautas de interesse que devem ter atenção dos candidatos à Presidência
Grupos tem�ticos na C�mara dos Deputados t�m pautas de interesse que devem ter aten��o dos candidatos � Presid�ncia (foto: Pablo Valadares/C�mara dos Deputados - 15/7/21)
Acima at� mesmo dos partidos no Congresso est�o as frentes parlamentares ou grupos tem�ticos. Ainda que n�o sejam as maiores, as bancadas Evang�lica, Agropecu�ria, Defesa do Servi�o P�blico e Seguran�a P�blica s�o as mais expressivas com rela��o aos pr�prios pleitos. A for�a dessas agremia��es suprapartid�rias � grande e essencial para defender as pautas que as acompanham. Assim, os presidenci�veis devem ter total aten��o para se articular com eles.

Conhecida pela pauta de costumes e defesa de mat�rias pol�micas, a maioria dos componentes da bancada evang�lica � pr�xima do presidente Jair Bolsonaro (PL). O presidente da frente, deputado S�stenes Cavalcante (PL-RJ), aponta que n�o � tradicional deles levarem demandas aos candidatos � presid�ncia justamente para n�o parecer um “toma l� d� c�”.

“A frente � mais ideol�gica, no que tange a valores crist�os, do que a outros interesses naturais e comuns da democracia e da pol�tica”, disse. Apesar disso, grande parte dos membros foram articuladores de quest�es como a aprova��o do nome do atual ministro do Supremo Tribunal Federal Andr� Mendon�a, o "terrivelmente evang�lico", como cunhou o chefe do Executivo.

Nas atuais pautas defendidas, o parlamentar afirma que a ideia dos evang�licos busca a valoriza��o da boa educa��o brasileira, em especial o “homeschooling”, a reforma tribut�ria “que a gente entende que vai devolver o poder de compra, o emprego e renda no pa�s”. Para o parlamentar, a quest�o de costumes � muito importante.

“At� a elei��o, acho que a �nica coisa que conseguiremos pautar � o 'homeschooling'. Depois, vamos ver os deputados que ganhamos, a composi��o do novo Parlamento, para buscar as prioridades. Uma reforma do Judici�rio tamb�m fica em segundo plano. Sem d�vidas o governo Bolsonaro, pelo alinhamento que tem conosco, � muito mais f�cil caminhar com nossas pautas. N�o temos a necessidade de ficar segurando pautas que afrontam nossos princ�pios e valores como aconteceu no governo do PT. Em caso de uma vit�ria de Lula, nosso trabalho ter� que ser redobrado, porque tenho certeza que vir�o com todo o conjunto de afronta a nossos valores, potencializado como nunca na hist�ria. N�s somos um pared�o de enfrentamento ideol�gico a eles, e eles n�o v�o aliviar em nada. O que esperamos que n�o aconte�a”, disse.

Criada em 2018, a bancada dos servidores tamb�m tem muita for�a. Mesmo que Bolsonaro tenha sinalizado aumento aos funcion�rios p�blicos, ele tende a puxar apenas para o lado que lhe compete, o da Seguran�a P�blica. Assim, as pautas mais complexas costumam ser ouvidas por partidos de esquerda ou progressistas.

Segundo a presidente da frente,  deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), assim que for consolidado o quadro dos presidenci�veis, "quais s�o e quem s�o", a frente deve marcar reuni�es com todos para apresentar as pautas. "Vamos agendar com todos. A tend�ncia dele (Bolsonaro) � n�o querer, mas, de qualquer forma, vamos tentar”, disse.

Atualmente, uma das principais bandeiras � impedir o avan�o da PEC 32, conhecida como reforma administrativa. “Queremos de imediato a retirada da PEC 32, � algo que precisa ser sepultado na C�mara dos Deputados.” Outro ponto � o reajuste dos servidores.

“O governo federal, na verdade, n�o apresentou proposta de reajuste para os servidores. A possibilidade de um reajuste linear de 5% foi ventilada, mas at� o momento nada foi oficializado. Da mesma forma outras possibilidades foram ventiladas de maneira informal. Aumento de R$ 400 no aux�lio-alimenta��o, que contemplaria servidores ativos, aumento pras carreiras na �rea de seguran�a e tamb�m ele descumpriu e traiu a sua pr�pria promessa. As �nicas entidades recebidas pelo governo at� agora foram as da Pol�cia Federal. Nenhuma outra categoria teve, nem a Pol�cia Rodovi�ria Federal. Ent�o, sem d�vida alguma a ventila��o dessa possibilidade de aumento gerou uma revolta muito grande entre os servidores p�blicos”, frisou.

Outra bancada bem alinhada com o governo Bolsonaro � a “da bala”. Segundo o presidente da frente, deputado federal Capit�o Augusto (PL-SP), conversar com presidenci�veis n�o est� no radar. "A prioridade nossa da bancada, da bala, este ano e no pr�ximo mandato, � eleger um integrante para presidente da C�mara dos Deputados, porque o controle da pauta � exclusiva do presidente da Casa. Ele pauta o que ele quiser. Assim como no Senado, que tem pautas nossas paradas”, apontou.

Segundo o parlamentar, a prioridade nas pautas s�o tr�s: A Lei Org�nica da Pol�cia Militar, o C�digo de Processo Penal e a Lei Org�nica da Pol�cia Civil. "Ent�o, s�o tr�s projetos que est�o prontos, uns at� com requerimento de urg�ncia aprovado, outro com comiss�o especial montada e com relat�rio pronto. S�o tr�s projetos que a gente pretende votar antes das elei��es e com o apoio do atual governo", disse.

No campo


Fundada oficialmente em 1995, a Frente Parlamentar Agropecu�ria (FPA), conhecida como “bancada do boi” ou “bancada ruralista", � composta por 280 deputados e 38 senadores. O grupo, que atua em defesa dos interesses dos propriet�rios rurais e latifundi�rios, costuma ser cr�tico a pautas como reforma agr�ria e legisla��es ambientais.

Entre os objetivos assumidos est�o o aprimoramento de legisla��es trabalhista, fundi�ria e tribut�ria, al�m da regulamenta��o da quest�o de terras ind�genas e �reas quilombolas, “a fim de garantir a seguran�a jur�dica necess�ria � competitividade do setor”. O grupo foi contatado pelo Estado de Minas para expor suas demandas, mas at� o fechamento da reportagem n�o houve retorno.

Segundo o cientista pol�tico Andr� C�sar, s�cio da Hold Assessoria, a pauta de costumes sempre faz barulho, mas a rigor, no Congresso, n�o saem do papel. De acordo com o especialista, faz eco no eleitorado bolsonarista, � mais para puxar o eleitor, mas n�o vai virar pol�tica p�blica. A principal quest�o, no entanto, � a governabilidade e isso acontece de qualquer lado que o presidente eleito possa estar – tanto na esquerda quanto na direita.

“O presidente tem que negociar e manter uma rela��o minimamente cordial. Quem ganhar vai sentar com todo mundo. Essas frentes, qualquer uma delas h� interesses, inclusive em comum. Ainda que haja mais espectro � direita, mas tudo � pass�vel de conversa num sistema pluripartid�rio qualquer voto � fundamental, at� pela sobreviv�ncia pol�tica, todas elas v�o buscar negocia��o. 80% do Congresso est� a�, de certo modo, e eles t�m mais peso que os partidos pol�ticos”, afirmou.



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