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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Pol�ticos criticam Fiemg por apoiar minera��o na Serra do Curral: 'Leviana'

Embora setor industrial questione postura de vozes contr�rias �s atividades da Tamisa, deputados estaduais continuam em busca de assinaturas para viabilizar CPI


04/05/2022 04:00 - atualizado 04/05/2022 16:46

A Serra do Curral vista a partir de Belo Horizonte
Defesa da Serra do Curral pauta deputados estaduais de Minas Gerais e vereadores da Regi�o Metropolitana de BH (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press - 3/5/22)
As declara��es do presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Fl�vio Roscoe, relacionando as cr�ticas � minera��o na Serra do Curral a motiva��es pol�ticas e a "fake news" repercutiram mal entre parlamentares. Ontem, o dirigente convocou entrevista para defender o licenciamento concedido pelo governo estadual � Taquaril Minera��o S.A (Tamisa).

 

Bella Gon�alves (PSOL), vereadora de Belo Horizonte, teme os efeitos da minera��o na Serra do Curral - como os poss�veis preju�zos ao abastecimento h�drico da capital. Ela chamou de "leviana" a posi��o expressada pela Fiemg. Apesar da presen�a de cactos amea�ados de extin��o e grutas com fauna ainda em estudos na �rea de influ�ncia das cavas e pilhas que ser�o instaladas pela Tamisa, como j� mostrou o Estado de Minas, Roscoe afirmou que os impactos ser�o m�nimos e compensados.

 

"A Fiemg, ao dizer que o empreendimento trar� poucos impactos para Belo Horizonte e para a Serra, est� sendo leviana. Isso porque sabemos que o empreendimento acontece em uma �rea cont�gua a outra mineradora, a Empabra. [A �rea] n�o foi recuperada e vai ser expandida a partir da Tamisa, colocando em risco de desabamento o Pico de Belo Horizonte", disse Bella.

 

Na Assembleia Legislativa, deputados estaduais articulam uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para apurar as circunst�ncias do processo que culminou na licen�a dada � mineradora. At� o in�cio da noite de ontem, segundo apurou o EM, os defensores da investiga��o j� haviam colhido 19 das 26 assinaturas necess�rias para instaurar o comit�.

 

Andr� Quint�o (PT), um dos signat�rios do pedido de CPI no Parlamento mineiro, cr� que o presidente da Fiemg trafega "na contram�o" do pensamento majorit�rio dos habitantes do estado.

 

"Ao que me consta, o Minist�rio P�blico, juristas, conselhos e entidades da sociedade civil n�o disputam cargos eletivos neste ano. O problema � que, em Minas, alguns setores econ�micos, sem generaliza��o, querem impor seus interesses sem um debate maior com a sociedade", protestou, em men��o a entes que ajuizaram a��es pedindo a suspens�o da certid�o dada pelo Conselho Estadual de Pol�tica Ambiental (Copam). 

 

 

A reuni�o do Copam que marcou a aprova��o dos planos da Tamisa terminou na madrugada de sexta para s�bado (30), ap�s 18 horas de debates. "Estamos cumprindo nosso papel. Independentemente de elei��o, nossos mandatos v�o at� 31 de janeiro de 2023. Somos parlamentares no exerc�cio de suas atividades e cumprindo obriga��es", corroborou Andr� Quint�o, que relatou a CPI criada h� dois anos e meio para investigar a trag�dia de Brumadinho.

 

As comiss�es de Minas e Energia e Meio Ambiente agendaram, para amanh� (5), �s 9h, uma audi�ncia p�blica a fim de debater o caso. O encontro foi pedido pelo deputado Noraldino J�nior, do PSC. Fl�vio Roscoe consta na lista de convidados, bem como Mar�lia Melo e outros secret�rios estaduais.

 

'Tumulto ambiental' � questionado

Ao defender o pleito da Tamisa, que deseja explorar uma �rea equivalente a 1,2 mil campos de futebol e com trechos de Mata Atl�ntica, Fl�vio Roscoe falou que h� uma esp�cie de "tumulto ambiental".

 

"Dizem, agora, nas redes sociais, que o processo de minera��o na Serra do Curral da Tamisa foi aprovado na calada da madrugada, mas n�o foi assim. Mais de 100 pessoas se inscreveram e falaram, muitos para protelar e tentar que se suspendesse a sess�o. N�o foi um ato escuso", pontuou.

 

"As informa��es que chegaram at� n�s s�o estarrecedoras. O projeto de minera��o na Serra do Curral vai produzir uma cava na qual caberia todo o Bairro Taquaril. O nosso trabalho de fiscaliza��o continuar� firme, com a coragem que exige um tema t�o importante como esse", rebateu Rafael Martins.

 

Para Bella Gon�alves, o processo favor�vel � Tamisa tem ilegalidades. "As mineradoras e a Fiemg precisam compreender que, para produzir o desenvolvimento econ�mico do estado, devem respeitar a legalidade, o direito e a opini�o das pessoas. Eles precisam respeitar o meio ambiente e ter escr�pulos na hora de construir as coisas".

Mais uma a��o para barrar a Tamisa

Em meio � profus�o de a��es judiciais que buscam suspender a autoriza��o dada � Tamisa - houve, inclusive, ida da Prefeitura de Belo Horizonte � Justi�a Federal -, outra pe�a surgiu ontem: Juliana Sales (Cidadania), vereadora de Nova Lima, tamb�m provocou os tribunais.

 

"� urgente anular a licen�a miner�ria para que a serra n�o seja alvo de mais destrui��o. Os danos irrevers�veis � serra s�o danos irrevers�veis � vida", salientou.

 

 


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